Chapter 1: all for you
Chapter Text
Namjoon acordou consciente demais sobre cada parte do seu corpo. Sentia dor em quase tudo, especialmente em sua cabeça, que parecia despertar de um nocaute.
Sua boca estava seca e os lábios rachados pela desidratação.
Quem diria que uma noite de bebedeira poderia deixá-lo em um estado pós-guerra?
Demorou demais para reunir coragem e sentar-se na cama, antes, com o celular em mãos, tentou achar rastros dos eventos da noite anterior. Tudo o que lembrava era de estar sorrindo demais junto aos seus amigos, eles estavam comemorando algo, mas Namjoon ainda não estava desperto o suficiente para lembrar o quê.
Seus pés encontraram as pantufas ao lado da cama junto ao grunhido que deixou sua boca, a dor em sua cabeça era pulsante e intensa, como se seu cérebro recusasse retornar ao funcionamento.
Devolvendo o celular para a mesa de cabeceira, Namjoon notou o copo d'água acompanhado de comprimidos e um bilhete. A caligrafia desleixada de Yoongi dizia algo sobre Namjoon nunca mais beber daquele jeito porque o amigo não tinha forças para carregá-lo uma segunda vez, no final, Yoongi pedia para que ele se cuidasse e tomasse o remédio para dor assim que estivesse acordado.
Namjoon permaneceu na cama por metade do dia, medicado e hidratado, ele se sentia minimamente melhor, mas ainda havia uma coisa o perturbando: o que diabos aconteceu na noite anterior?
Pelas fotos nas redes sociais, Namjoon só conseguia descobrir o óbvio, ele dançou, riu, bebeu, bebeu e bebeu. A cada postagem dos amigos, ele parecia mais embriagado e sua única reação era rir de si mesmo. Ao menos não havia acordado na casa de um desconhecido, era um alívio.
Para Namjoon, aquela era provavelmente a pior coisa que poderia acontecer. Não gostava da ideia de passar a noite com alguém que havia acabado de conhecer, o resultado era, de forma geral, frustração e arrependimento. Namjoon tinha expectativas muito claras sobre sexo, mas tinha dificuldade em expressá-las, o que resultava em relações entediantes que não conseguiam lhe satisfazer por completo, era sempre deixado ansiando por mais.
A consequência disso era a privação sexual, enquanto não encontrasse alguém que soubesse exatamente o que ele queria, não estava disposto a fazer sexo apenas por fazer. E Namjoon sabia o quão era idiota por isso, havia um caminho simples para obter o que queria, bastava abrir a boca e expressar suas vontades, mas não conseguia reunir coragem. Havia sempre uma sensação sorrateira que esquentava suas bochechas e fazia brotar gotículas de suor em suas palmas, como se seus desejos fossem devassos demais para saírem do campo do pensamento.
Ele vinha tentando lutar contra aqueles conflitos internos há muito tempo, queria se convencer de que não havia nada de errado em fantasiar, mas a culpa e vergonha já estavam entrelaçadas à sua sombra. Era um sentimento que fazia Namjoon bufar e agarrar os próprios cabelos, ele era um adulto independente, seguia suas próprias regras e poderia fazer o que bem quisesse com sua vida, mas ainda se via preso a algumas amarras morais.
Algumas vezes, quando seus pensamentos viajavam para muito longe, essas amarras o mantinham são, mas em outras, apenas atavam suas mãos e o mantinham distante do próprio prazer.
Apesar de tudo, Namjoon achava que conseguia lidar bem com tudo aquilo. Encontrava satisfação em outros aspectos da sua vida e quando o sexo — a falta dele — realmente se tornava um tormento, suas mãos faziam o trabalho muito bem.
Até certo ponto, Namjoon tinha tudo sob controle.
Mas, as coisas mudaram, tão lentamente que Namjoon não saberia dizer quando. A atração proibida sempre esteve ali, disso Namjoon sabia, e era algo que se acumulava em sua pilha de remorso, cada vez mais pesada em seu peito.
A curiosidade também era uma companheira fiel, Namjoon estava sempre buscando os momentos oportunos para observar, mergulhando em um mundo que não o pertencia. Se atentava aos toques discretos, aos olhares que ele precisava decifrar e talvez acabasse por criar sua própria tradução para cada um deles — a que melhor agradasse sua imaginação.
Namjoon vivia o peso de estar consciente sobre cada transgressão sua, sempre torcia para que continuasse passando despercebido — parar não era uma opção — mas, em alguma parte desse caminho, seu disfarce provavelmente caiu por terra.
Era algo que Namjoon não gostava sequer de contemplar: se tornar uma presa diante dos olhos que ele caçava.
Uma parte de si temia por aquilo, poderia significar a quebra de uma relação que Namjoon se orgulhava de possuir. Outra parte, a maior, ansiava para ser pego no flagra, para que sua ânsia de querê-los o fizesse ser devorado.
Namjoon sentia o estômago revirar com o pensamento, seu sangue corria com mais velocidade, colidindo em culpa e tesão por todo o seu corpo.
O desejo sempre ardia em seu peito, voraz, ameaçando tomar o controle e o pôr sua moral de joelhos, extravasando em um derramar sem fim de tudo que Namjoon tentava conter com suas meras mãos.
Tinha medo de escancarar-se e receber o que esperava: desprezo, repulsa. A confissão poderia ter um preço alto para Namjoon, um que ele não estava disposto a pagar.
Talvez tenha deixado passar o momento exato em aconteceu, só caindo em consciência quando se tornou impossível de ignorar aquelas coincidências, as atitudes descaradas e que não deixavam qualquer margem para uma interpretação diferente da intencionada.
O que antes ele assistia com furtividade, por vezes se esgueirando por paredes e cômodos apenas para ter um relance do que acontecia, agora, parecia estar em exibição apenas para sua apreciação. Namjoon não conseguia aceitar nada daquilo, irreal demais para abraçar, tinha medo de que escorresse entre seus braços e deixasse para trás apenas arrependimento e mágoa.
Aceitar que seus melhores amigos, aqueles que namoravam há um par de anos e cujo relacionamento ele assistiu todo o desenrolar, estavam flertando e tocando um ao outro diante dos seus olhos como uma forma de provocação, isso era algo que Namjoon definitivamente não podia aceitar.
Mas, foi como aconteceu.
Na primeira vez que Namjoon foi afetado pelos atos alheios, os sete amigos estavam no apartamento de Hoseok, pois era aniversário dele. Na sala de estar, Yoongi assistia futebol, compartilhando o sofá com Jimin, petiscos e suas cervejas, enquanto os demais se aglomeravam na pequena varanda, uns em pé, outros acomodados em cadeiras de praia dobráveis, todos em volta da churrasqueira que preenchia o lugar com o delicioso cheiro de carne.
Em meio a risadas estridentes, Namjoon era desatento demais para perceber que, enquanto ele se levantava para ir até a cozinha, Seokjin e Jungkook observavam cada um de seus passos e os seguiam quase que imediatamente depois.
Jungkook enlaçou seus braços ao redor da cintura do namorado, repousando a cabeça em seus ombros largos enquanto caminhavam para dentro, compartilhando, até aquele momento, sussurros baixos e risadas cúmplices. Namjoon mal notou a aproximação.
"Eu vou morrer se não te chupar agora" Jungkook disse, sua voz ainda tinha a intenção de um sussurro, mas estavam próximos o suficiente de Namjoon.
Namjoon fingiu não ouvir, estava tranquilamente enchendo seu copo com água e colocando arroz frito em um bowl para voltar para a varanda e comer mais churrasco. Com o ruído dos dois cada vez mais próximo, ele estava determinado a fazer isso rápido.
"Ah, é? E onde pretende fazer isso? No banheiro do Hoseok?" Seokjin tinha um tom quase zombeteiro, como quem duvidava da determinação do namorado.
"Se você preferir" Jungkook lambeu o pescoço de Seokjin, suspirando as palavras contra a pele dele. "Mas meu plano mesmo era te chupar bem ali, atrás daquele balcão. A ideia de te engolir no meio da cozinha é muito excitante."
Namjoon, de costas para os dois, parou de se mover e até de respirar. Ele não deveria estar ouvindo aquilo. Sentiu a nuca aquecida, as mãos vacilaram e ele quase derrubou a comida.
"Você vai engasgar na minha rola bem aqui?" O olhar de Seokjin estava fixo nas costas de Namjoon, estavam a apenas alguns passos de distância e Seokjin quase conseguia sentir a tensão exalando dele. "E se alguém ouvir, hm? Vai gostar mais ainda, não vai?"
"Hmm, com certeza" Jungkook estalou um beijo no pescoço do namorado "Só quero que saibam o quanto eu sou safado com você, o quanto eu adoro um pau fodendo minha garganta”
Namjoon deixou um talher cair no chão, o tilintar atraiu a atenção até de quem estava na sala de estar. Seu coração estava disparado, era um misto de susto e excitação que fazia seus ouvidos zumbirem, a mente fora de sintonia.
Ele pôde ouvir tudo. Tudo. A lascívia nas vozes, o som da boca beijando a pele — macio, quente, molhado —, o desafio, a provocação. Porra, tudo!
Namjoon nunca ouviu Jungkook dizendo palavras como aquelas, nunca quis ouvir, também.
Não apenas porque ele era namorado do seu melhor amigo, mas porque sabia do quão perigoso e irreversível poderia ser se enchesse sua mente com um Jungkook desinibido, preferia continuar cultivando a imagem de maknae inocente, era o melhor para sua sanidade.
Então, a voz de Jungkook dizendo palavras sujas que expressavam seus desejos de igual natureza trazia um sentimento de desespero. Era algo que causava um pulsar proibido diretamente em seu pau, fazia Namjoon se sentir errado demais. A exata mesma medida que o excitava.
"Ah, Namjoon-ah, é claro que tinha que ser você!" Seokjin exclamou, afastando-se de Jungkook, que ria.
Os demais rapazes acompanharam Seokjin ao caçoar de Namjoon e sua falta de jeito. O homem estava vermelho como não costumava acontecer, sua pele caramelada sendo enfeitada pelo tom rosado em suas bochechas. Mal eles sabiam que nada tinha a ver com o pouco arroz espalhado no chão.
Depois daquele evento, Namjoon fez o máximo para tirar de seu peito a culpa. Seu corpo reagiu contra sua vontade ao quase gerar uma ereção e aquilo era errado em níveis absurdos. Não deveria estar ouvindo aquela conversa particular, não deveria ser afetado por ela. Não, não e não.
Felizmente, houve um longo intervalo até que Namjoon encontrasse Seokjin e Jungkook novamente, tempo suficiente para ele quase esquecer o ocorrido e suas consequências.
Quase.
No segundo evento marcante, se encontraram em uma balada, o pior dos cenários. Seokjin e Jungkook chegaram um tanto atrasados, cumprimentando Namjoon e Taehyung assim que os avistaram próximos ao bar. A noite teve início de forma tranquila, eles conversavam sobre coisas banais e viravam doses com responsabilidade, dançaram juntos algumas vezes até decidirem voltar ao bar.
Seokjin se sentou e puxou Jungkook para se acomodar entre suas pernas, Taehyung não demorou para voltar a dançar com uma pessoa que estava flertando há alguns minutos. A um banco de distância, Namjoon tinha um cotovelo apoiado no balcão de vidro e brincava com o copo em sua mão, girando o uísque e gelo. Ele não tinha qualquer intenção de iniciar um assunto com os amigos, não naquele estado de leve embriaguez.
Namjoon tinha aprendido sua lição depois de acordar sem lembranças concretas do que ocorreu na última vez em que estiveram em uma casa noturna, então, além de evitar beber em demasia, também iria controlar a própria língua.
Conhecendo muito bem a si mesmo, Namjoon sabia a extensão do que poderia deixar sua boca, desde conhecimentos aleatórios e específicos até confissões muito pessoais.
Ele estava determinado a apenas bebericar seu uísque barato e aproveitar a companhia dos próprios pensamentos. Era exatamente o que faria.
Até ouvir um gemido.
Alto, exageradamente alto, e manhoso na mesma medida. Namjoon travou o maxilar e levou o copo até seus lábios, molhando a língua com mais do líquido que parecia inflamar toda sua boca e a extensão da garganta.
Não era assim tão incomum, as pessoas tendiam a tornarem-se um pouco mais livres em ambientes como aquele, então Namjoon não precisava pensar demais.
Até o gemido ser acompanhado de uma voz característica que chamava por um 'hyung'.
Namjoon ousou olhar para o lado, apenas de canto de olho, sem mover um centímetro do seu corpo. A visão que encontrou era mais uma daquelas que lhe causava o misto de culpa e, porra, muito tesão. Por aquele súbito calor na região da virilha, Namjoon culpava a sua abstinência sexual nem um pouco voluntária, a sensação crescente enquanto o seu olhar capturava a boca pecaminosa de Jungkook entreaberta, as pálpebras quase fechadas, pesando sobre seus olhos ao que a língua de Seokjin percorria seu pescoço.
Era o que Namjoon conseguia enxergar, mas não era só o que acontecia. A mão que Seokjin mantinha em seu bolso controlava a intensidade do vibrador muito bem preso à cabecinha do pau de Jungkook, sua ereção marcava a calça extremamente apertada e a pressão era deliciosamente dolorosa.
“Hyung... Vou gozar na minha calça…” Jungkook disse, os olhos baixando para a figura imóvel de Namjoon, sua mente se alimentando das fantasias com aquele homem, do prazer causado por saber que ele estava ouvindo aquilo, que ele sabia detalhes íntimos do que acontecia entre o casal.
Namjoon agarrou seu copo com força e o levou a boca, virando todo o conteúdo como se o ardor fosse distraí-lo do que acontecia ao seu lado e do quanto ele gostava daquilo. Sentia-se tão sujo, tão terrivelmente safado, degenerado ao ponto de causar vergonha e tudo isso apenas fazia seu pau endurecer mais rápido.
“Vai gozar aqui igual um desesperado? O que você é além de uma puta, hein, JK?” O escárnio na voz de Seokjin deveria ser considerado ilegal.
Namjoon não gostaria de lembrar do rumo daquela noite, não gostaria de recordar a forma que levantou daquele banco e avançou para a pista de dança, desnorteado e bêbado de tesão, esfregou-se em todos os corpos que lhe demonstravam atração e deixou que a bebida o levasse para um estado de inconsciência.
No fim da noite, sozinho em seu quarto — Namjoon realmente não era do tipo que gostava de sexo casual — ele até tentou resistir a todas as vontades que o rodeavam, gritando em sua mente de forma insuportável. Ele lembrava da voz do Jeon, dos seus gemidos e do jeito que Seokjin o provocava, tão terrivelmente sujo e sem vergonha.
Namjoon adorava daquele jeito.
Convenceu a si mesmo de que não estava punhetando seu pau com o pensamento de Seokjin o chamando de puta em mente, não era aquela sua motivação, de forma alguma.
Jamais se tocaria pensando no amigo socando o pau no seu cu enquanto o chamava de cachorro safado.
A imagem de Seokjin batendo com o caralho grosso em sua cara jamais cruzou sua mente e ele definitivamente não imaginou Jungkook no canto de um quarto, com o pau em uma mão, assistindo enquanto o namorado comia seu hyung.
Não. Namjoon não pensou nada daquilo.
Gozou ferozmente sobre o próprio colchão pensando em absolutamente nada relacionado a Seokjin e Jungkook. E quando, mesmo após o orgasmo, seu corpo continuava clamando por mais alívio, ele não se fodeu nos próprios dedos enquanto imaginava seu maknae fazendo aquilo.
Ele não seria sujo daquele jeito, não teria a coragem de gozar pela segunda vez naquela noite com os seus dedos pressionando sua próstata e o corpo tremendo sobre a bagunça de porra empoçada logo abaixo de si. Não deixaria o nome de Jungkook escapar de seus lábios, não fecharia seus olhos e veria o corpo imponente o pegando de quatro e metendo na mesma velocidade que os seus dedos. Nunca.
Namjoon então dormiu tranquilamente, como qualquer homem dormiria após uma noite de punhetas inocentes e que não provocavam qualquer tipo de culpa.
Entretanto, na manhã seguinte, Namjoon estava determinado a manter uma distância segura dos seus amigos até que pudesse esquecer mais aquele episódio, até que sua mente voltasse ao estado em que uma ereção não estava condicionada à presença dos dois.
Evitou qualquer ocasião que poderia resultar em Jungkook e Seokjin a sós juntos a ele, e isso incluía quase todos os eventos entre seus amigos, então o afastamento de Namjoon foi rapidamente percebido. A pior parte era não poder explicar coisa alguma, porque ele não deveria estar ouvindo as conversas do casal ou espiando o que faziam, muito menos se deixar ser afetado por aquilo.
Namjoon apenas disse que precisava de um tempo para si, o que seus amigos aceitaram de bom grado, sempre compreensíveis e atenciosos. Seokjin até lhe mandou uma mensagem privada, dizendo que Namjoon poderia contar com ele para qualquer coisa. Ele sabia disso e apreciava aquela disposição para ajudar, porém, Seokjin era, naquele momento, o maior causador de seus problemas.
Namjoon conseguiu sobreviver às longas 3 semanas sem comparecer a qualquer evento em grupo, ocupou-se vendo vídeos de receitas culinárias, lendo muitos livros, pintando alguns quadros e trabalhando nos beats que lhe garantiam o sustento.
Porém, quando Taehyung iniciou uma chamada de vídeo, mostrando o seu apartamento recheado por aqueles outros 5 rostos familiares e reunidos ao redor de uma mesa repleta de salgadinhos e cervejas, Namjoon não conseguiu recusar.
Calçou o melhor par de chinelos e apenas vestiu um casaco sobre a bermuda que usava, caçou as chaves de casa e logo estava deixando-a, pedalando em sua bicicleta para o apartamento que ficava a cerca de 30 minutos dali.
Ao chegar, foi recebido por um Taehyung de braços abertos e um grande sorriso quadrado no rosto, aceitou o abraço apertado e ele até mesmo teve a audácia de lhe roubar um beijo na bochecha.
O olhar de Namjoon passeou pela sala de estar com avidez, sua mente tentava mais uma vez se convencer do contrário daquilo que cometia, não estava procurando por Seokjin e Jungkook, não queria saber que tipo de olhar eles iriam o direcionar, não queria cruzar com os olhos sedutores de Seokjin ou com os inocentes de Jungkook. Não, não e não.
Cumprimentou a todos com um aceno e sorrisos de covinhas, Jimin foi o próximo a lhe agarrar em um abraço sem qualquer intenção de deixá-lo fugir, apertou Namjoon entre seus braços e disse que sentiu sua falta, Namjoon só soube rir e retribuir o abraço de forma desajeitada.
Após as recepções calorosas, Namjoon finalmente se acomodou junto aos demais, sentou-se no chão, ao lado de Jimin e, infortunadamente, de frente para Jungkook e Seokjin, também sentados no chão.
Ao primeiro momento, não trocaram olhares, apenas Seokjin mantinha seu os olhos passeando entre todo o ambiente, para acabar sempre repousando em Namjoon, que usava toda sua motivação para não encarar o lugar bem a frente de si, para não deixar que aquela curiosidade sobre como o casal poderia estar se tocando naquele momento o dominar.
Beberam cervejas, comeram porcarias, riram e jogaram conversa fora até todos estarem levemente alterados. E foi nesse momento de fragilidade que os orbes escuros de Namjoon encontraram o brilho quase ofuscante do sorriso de Seokjin, que era direcionado para Jungkook e os dois pareciam imersos em um mundo só deles.
Jungkook tinha o braço enroscado ao do namorado, as palmas repousando uma sobre a outra e ele fazia carinhos suaves sobre a pele do outro, conversavam sobre algo que provocava riso nos dois, completamente perdidos na conexão dos seus olhares.
Namjoon sentiu um gosto amargo tomar sua boca, um que não vinha da cerveja que havia acabado de tomar. Era a culpa se esgueirando por sua pele feito um parasita, obrigando-o a lembrar de seus atos, da forma que se entregou a cada sensação causada pela própria obscenidade.
O pior era que não havia uma gota sequer de arrependimento ocupando seu coração, sentia-se sujo, com toda certeza, mas não havia como remover de si a satisfação que cada orgasmo lhe concedeu, o prazer gostoso causado unicamente por seus pensamentos condenáveis.
Ele levantou a tempo de ver Seokjin inclinando-se para selar os lábios de Jungkook. Seu subconsciente gritava que queria descobrir aquela sensação, sentir o calor dos lábios do seu maknae, provar da boca carnuda de Seokjin. Como se não fosse errado o suficiente desejar um de seus amigos, Namjoon desejava os dois, era ambicioso naquele único quesito, pois a visão do casal era algo a se admirar.
Fazia Namjoon arder em raiva e desejo. Raiva por sentir-se daquela forma, por nutrir aqueles pensamentos ainda que fossem tão ilícitos, o desejo era autoexplicativo a cada vez que sua mente traiçoeira lhe lembrava das coisas que presenciou.
Namjoon foi para o banheiro, molhou o rosto em busca de um despertar do transe causado por Jungkook e Seokjin, mas durou apenas o curto tempo em que ficou trancado naquele cômodo, pois, assim que o deixou, precisou passar pelo espaço que o casal ocupava e foi impossível não ouvir a conversa que se seguia.
"Já quer ir embora, Kook-ah?" Seokjin questionou.
"Sim, hyung, quero transar com você" Jungkook respondeu com um tom tão adorável que deveria ser proibido.
"Safado..." Foi a última coisa que Namjoon ouviu Seokjin dizer.
Namjoon acelerou seus passos, o ar quase ficou preso em seus pulmões e ele precisou tossir duas vezes para voltar a respirar como uma pessoa normal. A rapidez com que sua mente trabalhou para criar os piores — melhores — cenários possíveis era de se espantar.
Jungkook arrancando as roupas do namorado de forma desesperada assim que os dois chegassem em casa. Seokjin beijando-o vorazmente, as línguas se encontrando de forma desajeitada e molhada, corpos se chocando, inflamando desejo.
Ele gostava da ideia de Jungkook sendo manuseado livremente por Seokjin, tendo as calças empurradas para o chão junto com sua cueca, o corpo sendo virado contra a parede enquanto Seokjin arrastava o pau entre a bunda dele. Gostava de pensar em Seokjin ajoelhado, enfiando a cara naquele cu que devia ser largo do tanto que era fodido, a imagem de Seokjin chupando o cu do namorado era uma perturbação para os pensamentos de Namjoon.
Quase podia ouvir os sons molhados da boca carnuda ao beijar a entrada do outro, chupando a pele enrugada e enfiando a língua ali, forçando-a a penetrar Jungkook e levando-o a loucura.
É claro que aqueles pensamentos iriam causar uma ereção em Namjoon, ele estava cada vez mais inconsequente quando se tratava daqueles dois. Sentiu o pau pulsando sob suas roupas, semiduro, o sangue quente circulando ali e lembrando Namjoon a cada segundo da sua falta de decência.
Decidiu ir para a cozinha, beber um copo de água bem gelada na tentativa de esfriar o próprio corpo. O ritmo da conversa entre os amigos era calmo, todos bastante alterados pela cerveja em excesso, letárgicos e distraídos demais para notar a ausência de Namjoon.
"Namjoon-ah" Namjoon estava levando o copo de vidro aos seus lábios quando o chamado por seu nome lhe interrompeu. É claro que conhecia aquela voz, ela ocupava seus sonhos e pesadelos, seus desejos e angústias, serpenteava pela mente do Kim feito um assombro.
Era quase um dejavú, suas mãos agarraram a bancada da cozinha de Taehyung da mesma forma que fez na casa de Hoseok, há uma distância maior que um mês, quando tentava não imaginar Jungkook engasgando em um pau grande e grosso demais para aquela boquinha.
Namjoon virou devagar, soltando o ar em igual velocidade, e encontrou Seokjin o observando, com os braços apoiados na ilha de mármore que os dividia, as duas palmas sustentando seu rosto e Seokjin parecia uma bela flor, adornada pelos próprios dedos longos, as pétalas vermelhas que eram seus lábios faziam Namjoon sentir-se como uma abelha ansiando pelo néctar escondido naquela boca, pelo sabor méleo e todo o calor.
"Jin-hyung" respondeu, acenando com a cabeça de leve, simples e sem deixar muito transparecer em sua voz, tomou um gole da sua água e fingiu que o assunto era só aquele, meros cumprimentos.
Entretanto, Seokjin não estava contente com o súbito distanciamento de Namjoon, temia ter ultrapassado os limites e, mais que tudo, temia afastar Namjoon de forma definitiva. Precisava, então, garantir que estava tudo bem entre os dois. Ou três.
"Eu vou levar o Kook pra casa..." Seokjin voltou a falar e Namjoon odiou o único rumo possível para o seu pensamento. "Mas, antes... Joonie, eu queria saber se sua ausência tem alguma coisa a ver com o que aconteceu na última vez."
A princípio, Namjoon não soube o que pensar, encarava a água em seu copo e tentava assimilar uma palavra sequer para que pudesse usar de resposta, porém nada lhe vinha à mente. Estava Seokjin falando mesmo sobre aquele acontecimento? O que desencadeou um comportamento diferente em Namjoon, que provocou seus instintos e desejos até o insuportável?
Sim, é claro que era exatamente sobre aquilo que Seokjin falava.
Mas, temeroso, Seokjin decidiu amenizar as coisas, talvez fosse só uma paranoia sua e Namjoon estava mesmo apenas querendo um tempo a sós.
"Sabe, eu nunca vi você se soltando daquele jeito, dançando daquele jeito... Então eu só... Pensei que poderia ter ficado um tanto... tímido?" Seokjin deu o melhor de si para sua mentira soar convincente e, mesmo que Namjoon não acreditasse naquilo tanto assim, era preferível que fosse tudo sobre Namjoon e seu comportamento irracional, sem mencionar as causas dele.
"É... Quase isso" Namjoon riu baixo e bebeu mais um gole de sua água, quase esqueceu do pau desperto entre suas pernas. "Bebida demais"
Seokjin acompanhou o sorriso tímido de Namjoon, observando atentamente aqueles olhos pequenos que evitavam contato a todo custo, mas Namjoon não era capaz de disfarçar o esforço que fazia para isso. Uma mão continuava agarrada à bancada com uma força que embranqueceu suas juntas, enquanto a outra fazia tremer a água no copo.
"Eu e o Kook vamos nos mudar em breve, sabe, morar juntos, finalmente" Seokjin ficou de pé ao perceber a aproximação do namorado. Jungkook, como de costume, abraçou Seokjin pela cintura e apoiou a cabeça no ombro largo. "Oi, bebê, estava contando pro Joon sobre o jantar"
"Ah! O jantar pra comemorar nossa mudança?" Jungkook perguntou com aquele sorriso enorme, de orelha a orelha, e Seokjin acenou, confirmando. "Você vai, né, hyung?" Jungkook perguntou para Namjoon.
Namjoon estava com a boca seca mesmo após mil goles de agua, tudo estava acontecendo rápido demais em sua mente, em um piscar de olhos, Seokjin e Jungkook pareciam ter se materializado a sua frente e Namjoon se via diante de mais uma questão para a qual não tinha resposta.
"Os outros também vão?" Namjoon não conseguiu fingir que estaria tudo bem estar a sós com o casal, mas fez o possível para a pergunta soar natural.
"Ninguém deu certeza, ainda..." Jungkook fez um bico e rolou os olhos "mas disseram que vão fazer o possível!"
Jungkook era tão terrivelmente adorável que Namjoon não podia evitar de sorrir, concordando sem pensar demais. Era difícil dizer não para qualquer coisa acompanhada daqueles olhos tão doces.
"Então vou me esforçar também."
"Espero que consiga ir, hyung, sua presença é importante"
Namjoon não conseguiu analisar inteiramente o olhar que Jungkook lhe lançou, que tipo de olhar era aquele, o que significava ou o que deixava a entender? Namjoon não soube dizer por pelo menos 3 horas, o tempo que levou para finalmente se desvencilhar da companhia dos amigos e chegar em casa, tomar um banho, vestir roupas aconchegantes e esparramar o corpo sobre a cama king size.
Grande demais, vazia demais.
Enquanto respirava fundo e puxava o cobertor para cobrir seu corpo largo, Namjoon fechou os olhos por uma fração de segundos e o olhar de Jungkook voltou a encher sua mente. Olhos grandes, redondos, brilhantes e negros. Escuros feitos a noite e estrelados como um céu aberto, mas, quando proferia aquelas últimas palavras, pareceram ser encobertos por uma nuvem tempestuosa, forte e devastadora, que ameaçava cada sentido de Namjoon.
Namjoon desejava estar naquele maldito jantar, desejava que Seokjin e Jungkook falassem mais falas eróticas em sua presença, desejava se tocar pensando nos dois, pensando em Jungkook lhe chupando enquanto Seokjin enterrava o pau no seu cu molhado, ele desejava tanto, tanto, que quase não sobrava espaço para sentir-se errado.
Naquela noite, permitiu que aquela versão de Jungkook dominasse seus pensamentos sem deixar muita margem para a culpa lhe dominar, só queria sentir prazer, só queria aproveitar aquele desejo sujo e errado, do segredo gerado pela própria luxúria.
Torcia para que Seokjin estivesse fodendo Jungkook bem, muito bem, que estivesse fazendo-o gemer alto, gritando o nome do namorado para que todos os vizinhos soubessem o quão bem ele era comido. Namjoon gostaria de assistir enquanto Jungkook se tornava uma bagunça, enquanto o pau grosso de Seokjin afundava entre aquela bunda musculosa e os tapas na carne estalavam alto, combinando com a intensidade que Namjoon movia a palma ao redor do próprio pau.
Namjoon só pretendia bater uma e gozar, mas, a cada vez que pensava em empurrar o pau no cu apertado do seu maknae, enchendo seus olhos de lágrimas, ou em quão bem seu pau seria engolido quando Jungkook já estivesse largo e melado de porra, Namjoon sentia a necessidade de mais.
Buscou por um dos seus brinquedos na gaveta, encontrando seu masturbador favorito, aquele que não se orgulhava tanto do valor pago, mas que valia cada centavo. Voltou para a cama com lubrificante e mãos e logo estava despejando o líquido na entrada do brinquedo, assim como no próprio pau.
Namjoon estava sentado, as costas apoiadas na cabeceira, o corpo quente e suado, a pele dourada reluzia ainda mais daquele jeito e ele nem fez questão de ligar o ventilador, gostava assim. Com a mão coberta de lubrificante, Namjoon envolveu o pau grande, deslizando a palma ao redor da cabecinha e descendo para suas bolas, ele gostava molhado e barulhento.
Ele apertou um botão do brinquedo e o encaixou na cabeça do seu pau, sentindo o material apertar ao seu redor, melado em excesso e Namjoon quase podia dizer que estava quente. O brinquedo tinha o formato de uma buceta e mesmo que gostasse muito, Namjoon fechava os olhos e imaginava o cuzinho do seu maknae, apertando ao seu redor, rebolando e sentando no seu pau.
Ele movia o brinquedo para cima e para baixo, pensando em Jungkook quicando sobre seu corpo, a bunda redonda e bem malhada enchendo sua visão. Apostava que Jungkook, com aquelas pernas deliciosas, poderia sentar por longos minutos e sem se cansar, gemendo o nome de Namjoon, chamando por Seokjin, contando ao namorado quão bem seu hyung também era capaz de lhe comer.
Namjoon grunhiu e gemeu ao que o brinquedo apertava cada vez mais ao seu redor, tensionando e relaxando ao redor do comprimento grosso do Kim. Ele movia a mão sem parar, fodendo o próprio pau naquele buraco sintético, mas que dava muito para o gasto. Cada som molhado da penetração fazia Namjoon tremer, queria foder Jungkook. Queria arrombar aquele cu como Seokjin jamais foi capaz de fazer, queria mostrar pro seu hyung que também era bom naquilo, que os dois podiam causar prazer naquele maknae safado.
Com aquela imensidão de desejos em mente, Namjoon gozou, enfiou-se no brinquedo uma última vez antes de libertar seu pau e cobrir todo seu peito com a porra quente, tremendo e ofegando, mas satisfeito ao extremo.
Já não se importava mais com a própria consciência, com o que poderiam pensar. Afinal, ninguém saberia daquilo, então pra quê se preocupar?
Namjoon aprendeu a conviver com aquele desejo escondido, com a vastidão da sua imaginação, toda noite, todo dia, nos intervalos do trabalho, quando testava novas receitas, a qualquer momento, Namjoon lembrava dos toques e palavras indecentes, então precisava se tocar, precisava do alívio que não tinha há tanto, tanto tempo.
Sua abstinência sexual não voluntária estava pouco a pouco sendo esquecida, ele só precisava da coisa de verdade para consumar o fim daquele período de carência sexual, de desejo extremo e pouca satisfação. A perversidade de seus atos trazia alívio imenso, mas Namjoon só ficaria totalmente satisfeito ao realizar ao menos uma de suas fantasias.
Precisava ser assistido, observado em toda a glória de sua luxúria.
Então, quando, duas semanas à frente, Seokjin lhe enviou uma mensagem a fim de confirmar a presença do Kim no tal jantar, Namjoon aceitou sem hesitar, respondendo quase de imediato, o que era algo incomum. Estava um tanto ansioso e receoso, mas tentava manter em mente que tudo daria certo e que não havia muito com o que se preocupar.
Não existia muita garantia de que todos os outros iriam, então, Namjoon poderia ficar um pouco mais a vontade na presença do casal, poderia ao menos tentar.
Namjoon começou a se preparar desde muito cedo naquele dia, saiu de bicicleta rumo a sua floricultura favorita, onde comprou um kit com 3 belos cactos para presentear a casa que o casal passaria a dividir. Escolheu a roupa que vestiria com antecedência — e os brinquedos também.
Assim, às 19h, Namjoon já estava pronto, vestindo um par de calça jeans tipicamente larga, camiseta preta justa e de gola alta, um cinto grosso enfeitando o seu quadril e um sobretudo marrom claro finalizando o look com elegância, em seus pés um simples tênis preto para garantir seu conforto. Estilizou o cabelo castanho em um topete discreto, bem arrumado e classudo.
Borrifou seu melhor e mais caro perfume, aquele reservado para ocasiões especiais, e aquela em que ele saia com um plug vibrador enfiado na bunda certamente era bem especial.
Namjoon pegou uma bolsa pequena, o suficiente para guardar carteira, lipbalm e o controle do seu brinquedo. Pegou também a sacola de papel com os 3 cactos e chamou um uber, o novo apartamento dos amigos ficava distante demais para ir de bicicleta e Namjoon também não queria suar.
Entretanto, era esse o estado de suas mãos enquanto conversava alegre e calmamente com o motorista do seu veículo, gotículas acumuladas em suas palmas ao que pensava e repensava o que estava planejando fazer.
Estimular a si mesmo durante um jantar com amigos era uma boa opção? Certamente não, mas quando pensava em Seokjin e Jungkook e seus toques indiscretos, algo lhe impulsionava a prosseguir com aquele plano louco.
Foi uma viagem quase tortuosa, mas, após encerrar a corrida e estar finalmente de pé diante do prédio ligeiramente mais moderno que o seu, Namjoon descobriu que aquela era a tortura que enfrentaria, suas mãos tremiam enquanto tocava o interfone e avisava o número do apartamento do casal. Estava incerto, ansioso e excitado.
Seguiu para o elevador espelhado, encarando o próprio reflexo atraente demais, fez questão de deixar os lábios brilhantes e chamativos, as arestas marrons destacadas pelo lip balm que cobria a boca carnuda.
Namjoon mordeu um daqueles lábios quando vasculhava a bolsa em busca do pequeno controle, ligou o vibrador, na menor das intensidades, e agradeceu mentalmente por Seokjin ter escolhido um dos últimos andares, aquilo lhe dava tempo para adaptar-se ao tremor em seu interior.
As portas se abriram com um som mínimo e Namjoon encarou o corredor de porcelanato perolado e bem polido, suspirou e deixou que o sapato tocasse aquele chão imaculado, parecendo caro demais para seus pés.
Quando encarou a porta de número 1005, então, sentiu como se estivesse em outro mundo. Os números brilhavam em dourado sobre a porta brilhante de tão branca e Namjoon hesitou em tocar a campainha, o dedo repousando ali por alguns segundos antes de finalmente pressionar, ouvindo o ding dong elegante abafado pela porta.
"Um momento" Seokjin avisou de longe, em sequência os passos firmes acompanharam sua voz e o som da fechadura sendo destrancada intensificou o nervosismo de Namjoon, que apertou ao redor do brinquedo, uma péssima ideia.
A vibração obrigou suas paredes a relaxarem mais uma vez, no exato momento em que Seokjin abriu a porta, e Namjoon precisou morder o lábio para conter um gemido.
"Joon-ah!" Seokjin estava surpreso com a presença do Kim, ergueu aquelas sobrancelhas bem desenhadas e muito expostas devido ao cabelo que estava perfeitamente arrumado em um topete. "Boa noite, entra" Seokjin mostrou seu mais belo sorriso.
Namjoon precisou de certo esforço e muita motivação para deixar seu lugar sobre o tapete da porta de Seokjin que dizia um simples "Bem-vindo". Tirou seus sapatos, mantendo apenas a meia branca, e deixou o tênis ao lado da porta, logo adentrou o apartamento que exalava riqueza, no ambiente inteiro.
O pequeno corredor da entrada era iluminado por três lâmpadas acopladas ao teto, redondas e de luz amena e amarelada, o ambiente estava mais frio lá dentro e Namjoon agradeceu a escolha do sobretudo.
Passaram pela sala de estar muito bem decorada, banhada apenas pela luz da lua que invadia o cômodo pela grande janela de vidro, o ambiente era bem acompanhado por um jazz suave e o tilintar de talheres, Namjoon não era o único ali, ainda bem.
Não sabia se seria capaz de sobreviver a uma noite a sós com o casal, mas também não gostaria de encontrar a casa cheia, não quando tinha um plug no meio da bunda. Mesmo que devagar, a vibração era constante e não permitia que Namjoon a esquecesse por um segundo sequer.
"Jungkookie que escolheu toda a decoração" Seokjin explicou ao que eles caminhavam para o que parecia ser a sala de jantar, separada por um único degrau e escondida por uma divisória que imitava uma parede de bambu, tudo muito orgânico e clean, diferente do que Namjoon esperaria de Jungkook.
"Ele tem um ótimo gosto."
"Não é? O apartamento ficou incrível, não poderia ter me agradado mais!" Seokjin estava extremamente animado e parecendo muito satisfeito. Como não estaria? Ele estava finalmente morando com seu namorado, seu companheiro, que escolheu para amar.
Aquele tipo de pensamento causava sentimentos mistos em Namjoon. Mistos e contrastantes. Sentia tesão, sim, real e verdadeiro tesão, ao pensar no quanto os amigos realmente eram apaixonados um pelo outro, ao pensar na forma que se encaravam, se tocavam, na forma que trocavam aquele sentimento sem temer.
Ao mesmo tempo, sentia inveja, a mais pura inveja, pois queria ter aquele tipo de olhar direcionado a si, queria ouvir as palavras sujas que Seokjin tinha a dizer, queria descobrir quão mais adorável Jungkook conseguia ser. Queria sentir o que eles sentiam, queria que sentissem aquilo por si.
Eram pensamentos e sentimentos que lhe traziam aquela típica culpa, mas, estava cansado de sentir-se errado.
Que surpresa foi chegar na sala de jantar e encontrar ninguém além de Jungkook, muito bem vestido por sinal, organizando talheres e taças, mas que abandonou a tarefa facilmente ao ver Namjoon e seu namorado.
Com um sorriso enorme, brilhante e carregado de doçura, Jungkook correu para abraçar Namjoon, envolvendo-o com seus dois braços e apertando forte. Jungkook tinha aquela mania de repousar a cabeça nos ombros alheios, e assim fez com o Namjoon, tomando o tempo para inspirar o perfume amadeirado e refrescante dele. Também encarou Seokjin dali, ele sorriu em aprovação ao que erguia uma sobrancelha, provocante.
"Você veio, hyung" Jungkook parecia aliviado ao dizer aquilo, e ele estava. Antes, temia que o único convidado dos dois não fosse aparecer, mas, felizmente, Namjoon era incapaz de se manter longe.
"Só eu vim" Namjoon comentou com um riso leve, o cu piscando o levou a morder o lábio inferior para retrair um suspiro que o entregaria. "Os outros não vão chegar?"
"Hm, eu acho que não. Yoongi-hyung e Jiminie estão juntos, você sabe..." Jungkook dizia enquanto voltava a sua tarefa de arrumar a mesa minuciosamente, dispondo os três pratos. "Tae precisou refazer um trabalho da faculdade e o Hoseok-hyung tá cuidando do Mickey. Então, hyung..." Ele ergueu os olhos de corça, encarando Namjoon com uma intensidade estritamente calculada. "Parece que seremos só nós essa noite."
Namjoon precisou engolir em seco, balançou a cabeça em afirmação, esboçando um sorriso mínimo. Não estava preparado, não estava nem perto desse estado, ele queria se exibir, sim, com toda a certeza, mas não queria estar diante daqueles dois pares de olhos que pareciam tão atentos a Namjoon.
"Senta, Namjoonie, eu vou trazer o jantar! Eu que cozinhei, espero que goste."
Seokjin desapareceu pela sala de estar, deixando apenas Namjoon e Jungkook sob a luz amena que iluminava parcialmente a sala de jantar, banhando os pratos de porcelana e os talheres de prata com aquele brilho suave. A luminária que enfeitava o centro da mesa, vinda do teto, atribuía uma sofisticação magnífica ao ambiente.
"Vem, hyung" Jungkook tomou os ombros de Namjoon em suas mãos, guiando-o para uma cadeira. "O Seokjin-hyung disse que preparou samgyeopsal, eu fiz arroz frito de kimchi e uma sopa levinha, espero que o hyung goste."
Jungkook tagarelava enquanto Namjoon se acomodava em um dos assentos, ele encarou o prato impecavelmente branco a sua frente, assim como algumas cumbucas de mesma cor, os hashis metálicos estavam dispostos dentro de um recipiente afunilado e até mesmo um guardanapo estava bem arrumado ao lado da louça.
"Você caprichou na decoração, Jungkook-ah" O Kim decidiu elogiar, o empenho do seu maknae merecia ser reconhecido. "Ah, eu trouxe um presente!" Namjoon lembrou-se da sacola de papel em seu pulso e estendeu-a na direção do Jeon. "Não é nada demais, só não queria vir de mãos vazias" Riu baixo.
Jungkook encarou a sacola marrom com olhos cheios de estrelas, os orbes negros pareciam brilhar ainda mais sob a iluminação baixa.
"Hyung! Muito obrigada!" O mais novo pegou a sacola e tomou o próprio assento, de frente para Namjoon e a esquerda da cabeceira, onde provavelmente Seokjin se sentaria. Jungkook colocou a sacola sobre a mesa e com todo o cuidado do mundo desembalou os 3 belos e pequenos cactos. "Namjoon-hyung!" Ele disse, um sorriso estendendo-se em seu rosto.
Seokjin voltou para a sala de jantar, arrastando um carrinho metálico, daqueles que lembravam o serviço de quarto de um hotel luxuoso, o cheiro delicioso invadiu o cômodo e logo Jungkook estava ao lado do namorado, ajudando-o a encher a mesa com panelas e caçarolas.
"Jagiya, olha o que o Joonie-hyung trouxe pra gente" Namjoon sentiu o rosto esquentar ao que Jungkook pronunciou seu apelido de forma tão carinhosa, tentou não se afetar pela forma que ele se referiu a Seokjin, mas seu corpo já estava longe de obedecer a sua razão. O peito esquentou e esse calor seguiu por todo tronco até se instalar na virilha de Namjoon.
"Eles são lindos" Seokjin sorriu enquanto Jungkook exibia os três cactos em seus respectivos potinhos. "O Kook tem me falado sobre querer cactos desde que viu aqueles na sua casa, ele até disse que queria um bonsai, mas eu sei que ele não teria tempo pra cuidar, nem o carinho que você tem" A voz do Kim mais velho era tranquila e cheia de afeto, ele tinha uma mão enlaçando a cintura do namorado e finalizou a fala deixando um beijo no topo da cabeça do garoto.
Engataram em um assunto sobre plantas e cuidados ao que Seokjin dava a volta na mesa e se sentava, ele posicionou a chapa elétrica no centro dos pratos dos três para em seguida começar a fritar a barriga de porco. Namjoon e Jungkook comiam arroz frito enquanto ainda conversavam sobre os cactos, Seokjin estava satisfeito por Namjoon estar confortável ali.
"Fiquei realmente feliz por você vir, Namjoon-ah" O mais velho disse após engolir um pedaço de carne de porco. "Você foi importante, sabe, sem você nós nem estaríamos aqui."
O rosto de Namjoon esquentou, recordando de como ele foi responsável pela aproximação daqueles dois e do quanto torceu para Seokjin ter seus sentimentos correspondidos pelo garoto de olhos brilhantes e sorriso inocente. Namjoon respirou fundo, o que não foi uma boa ideia, recordou-se do vibrador em seus anus, aquele cuja intensidade já havia se tornado casual para Namjoon, mas, quando ele tensionou ao redor do plug, sentiu cada vibração em suas paredes.
"Quem diria que uma foda boa renderia tudo isso?" Namjoon quase se engasgou com o arroz após ouvir a fala de Jungkook. Ele tossiu algumas vezes, tentando fingir que aquilo não havia o afetado tanto assim, que mentira descarada.
"E que foda!" Seokjin complementou, rindo. Pareciam totalmente alheios à reação de Namjoon. "Foi no primeiro encontro, né? Aquele que Namjoonie arranjou pra nós dois, foi bem romântico."
Namjoon ponderou por alguns instantes, tentando recordar-se do tal encontro de ao menos dois anos atrás. Então a memória o atingiu.
"O encontro no parque?! Não acredito que já dormiram juntos naquele dia!" Ele perguntou, cobrindo a boca ainda um tanto cheia, mas seu choque era tamanho. Planejou uma tarde tranquila e romântica para os amigos, para que se conhecessem melhor, e ainda que Seokjin já estivesse muito apaixonado, não esperava aquele desfecho para o encontro.
O casal trocou risadas contidas enquanto Namjoon bebia um gole de seu soju, servido por Seokjin pouco depois que começaram a comer. A bebida ajudava os três a se tornarem um pouco mais soltos, o que não parecia ser a melhor das ideias.
"Naquele dia eu descobri algo sobre o Jungkookie que só fez eu me apaixonar por ele ainda mais" O olhar terno que Seokjin direcionou ao namorado fez Namjoon arrepiar-se, sedento por aquilo, por aquela atenção. "Descobri que esse coelhinho fofo é um puto exibicionista"
O sorriso contido de Jungkook irrompeu em seu rosto, fazendo o nariz franzir e formar rugas ao redor dos seus olhos, adorável demais para o tópico em questão.
Namjoon não queria dedicar seu pensamento àquele assunto, mas como fazer isso? Os dois estavam escancarando detalhes da relação diante de Namjoon. Enquanto o calor em sua virilha se tornava mais intenso, Namjoon só conseguia pensar sobre aquele fato, sobre Seokjin gostar de Jungkook e seus hábitos exibicionistas, sobre os dois terem transado no meio de um parque, sobre a infinidade de momentos não tão íntimos assim que os dois haviam compartilhado.
Seokjin e Jungkook estavam minimamente distraídos se servindo mais comida, Namjoon aproveitou para abrir sua bolsa, que repousava em seu colo, e encarou o controle do seu brinquedinho. Incerto e excitado, ele apertou o botão de '+', quase saltando em seu lugar ao sentir a vibração se tornando mais intensa.
Bebeu mais um gole da sua bebida alcoólica, mastigou mais um pedaço de carne de porco e encheu a boca com arroz, fazendo o máximo para evitar seus suspiros e possíveis gemidos. Aquilo estava mais perigoso, Namjoon já sentia seu pau pressionando contra a cueca, inchado e duro, pedindo por qualquer atenção.
"E você, Joon?" Seokjin iniciou, o copo de soju em mãos, girava o líquido devagar enquanto o olhar quase provocante passeava pelo rosto de Namjoon. Ele se esticou sobre a mesa, levando o polegar para o canto da boca do Kim, limpou um grão de arroz dali e voltou com aquele mesmo dedo para os seus lábios, chupando-o brevemente. "Como vai sua vida amorosa?"
Namjoon manteve todo o ar bem preso em seus pulmões, com medo de se mover de forma brusca ao simplesmente respirar. Estava atônito, seu cérebro precisou do dobro de tempo para decodificar a pergunta de Seokjin, pois todas as suas funções corporais estavam dedicadas à sensação quente deixada pelo dedo de Seokjin.
Jungkook, do outro lado da mesa, quase gemeu alto com o gesto do namorado — e talvez pelo vibrador controlado por Seokjin que acelerava dentro do seu cu. Seokjin gostava tanto de situações como aquela, gostava de estimular Jungkook de todas as maneiras que podia, de humilhá-lo sutilmente, apenas para que ele soubesse e sentisse.
Seokjin gostaria de sempre observar aquele tipo de olhar no rosto de Namjoon, perdido e parecendo completamente sem ideia do que acontecia, mas um brilho ali no fundo mostrava o quanto ele estava afetado. Não que Namjoon estivesse se esforçando para esconder coisa alguma, não depois daquele toque tão subitamente íntimo, não depois da visão da língua de Seokjin circulando seu próprio polegar.
Namjoon limpou a garganta e cruzou as pernas, levou uma mão para a marca grossa em sua virilha e acariciou sua ereção devagar, tentando apaziguar as próprias sensações para que pudesse dar uma resposta coerente a Seokjin.
"M-Minha vida amorosa... Hm... Não tem muito o que contar" Namjoon tentava sorrir, mas sabia que acabava parecendo um lunático, sem saber como estender os lábios de forma normal, sem saber como disfarçar o tesão crescente. "Ela é inexistente, pra dizer a verdade"
"É... Eu meio que sei disso..." O mais velho encarava a bebida transparente ao que dizia com um sorriso preso no canto de seus lábios carnudos. "Você costuma falar muito quando tá bêbado, sabia?"
"Huh?" Namjoon juntou as sobrancelhas, confusão estampada em seu rosto, mas Seokjin fingiu não perceber, apenas virou seu copo de soju e pegou mais uma garrafa do balde de gelo sobre a mesa.
"Mais?" Ele perguntou aos dois outros, apenas Jungkook acenou. "Você não pode, já bebeu o suficiente, se continuar, não vamos nos divertir mais tarde. Joon-ah, não vai querer?"
"N-Não, eu tô bem." Namjoon tentava ao máximo recordar a última vez em que esteve bêbado e na presença do casal, em uma ocasião diferente daquela, porque ele sabia que se descontrolava, sabia que perdia a noção de suas palavras, por isso os evitou no evento da boate.
Mas, pelo visto, Namjoon já havia sido imprudente muito antes daquilo e a possibilidade de ter falado algo errado ou feito algo errado se alojou em sua mente como um martírio, levando-o a um pensamento atordoado, um tanto desesperado.
Jungkook estava inexplicavelmente quieto, os olhos focados na própria comida e a mão que não segurava o hashi parecia impaciente em seu colo. Namjoon não estava muito longe daquele estado, mas ainda era capaz de se controlar, estava habituado a levar a si mesmo até a margem do seu prazer, gostava daquilo da mesma forma que gostava de se exibir.
"Hyung" O Jeon chamou quase em um murmúrio, Seokjin e Namjoon ergueram o olhar ao mesmo tempo e Namjoon sentiu-se estúpido, ele não era aquele hyung. "Será que pode trazer a sobremesa?"
"Claro, amor"
Seokjin deixou um beijo na testa do namorado antes de levantar-se, exibindo suas pernas longas e bem adornadas pela calça social, Namjoon tentou não o acompanhar com o olhar, mas foi um esforço em vão. Engoliu a imagem de Seokjin e sua camisa social bem passada, emoldurando os ombros largos e que Namjoon gostaria de encher com as marcas de suas unhas.
Voltou o olhar para Jungkook, que apoiava o rosto contra a própria palma, os olhos cerrados e os dentes grandes mordiscavam seu lábio inferior. "Hyung" Ele murmurou, baixo e quase choroso "Seokjin-hyung tá sendo malvado comigo" soprou um riso entre a fala sôfrega. "Eu não aguento mais..."
Namjoon tentou entender de onde aquilo estava vindo, do que Jungkook falando, mas, quando pensou em perguntar, Seokjin surgiu detrás da divisória, com uma bela torta equilibrada em uma mão enquanto na ponta de um dedo da outra ele girava algo parecido com um chaveiro. Quando Seokjin deixou a torta sobre a mesa, deixou também o objeto que tinha em mãos, que chocou Namjoon pela familiaridade.
Era um controle quase idêntico ao que Namjoon carregava em sua bolsa.
Mais uma vez, Namjoon usou de toda sua razão na tentativa de não deixar o seu pensamento ir longe demais. Jungkook não estava usando um vibrador, de novo não. E Seokjin não o faria gozar em suas roupas, de novo não. O homem queria acreditar naquilo na mesma medida em que queria convencer-se do contrário, de que a realidade era aquela diante dos seus olhos.
A realidade de que os amigos estavam, mais uma vez, exibindo para a Namjoon, e somente Namjoon, toda a intimidade do casal.
"Você quer que eu te sirva, Kook-ah?" A pergunta de Seokjin veio serena e doce, casual.
"Sim, hyung, por favor."
"E você, Joon-ah?" Seokjin virou-se para o outro enquanto cortava um pedaço da torta de chocolate. "Quer que o hyung sirva você também?"
Namjoon, ao primeiro instante, não soube o que dizer. Não era como se houvesse uma vastidão de opções de respostas, mas, Namjoon se recusava a crer que aquela fala significava apenas o que intencionava. Respirou fundo e mordeu o lábio, a mão alcançou o controle em sua bolsa e pressionou o botão só mais uma vez. Precisou fechar os olhos para se adaptar à súbita sensação, mas encontrou a concentração suficiente para responder de forma calma.
"Sim, hyung... Por favor." Ele sussurrou a última parte, como se implorasse por algo vergonhoso demais para dizer em voz alta e clara. Seokjin sorriu tranquilo, com apenas um quê de malícia naquele leve erguer de lábios.
Seokjin voltou ao seu lugar na cabeceira da mesa, sentou-se de lado, as pernas cruzadas enquanto apenas observava seus dois dongsaengs comerem — quase — tranquilamente. A mão do Jeon estava completamente instável e ele não conseguia se manter parado, cruzou e descruzou as pernas, apertava as coxas, mordia os lábios, tudo na tentativa de ignorar o vibrar intenso e constante em seu interior.
Namjoon se encontrava em um estado muito parecido, o corpo inteiro estava sensível e quente, o pau marcava sua calça jeans e Namjoon sentia a ponta molhada contra a sua cueca, o incomodava, mas não havia o que fazer. Comia devagar, apreciava o doce delicioso e evitava olhar para Seokjin a todo custo, tinha medo do que o homem poderia causar em si.
"Gostaram? Decidi colocar em prática meus dotes de confeiteiro." Os dois apenas balançaram a cabeça e murmuraram em resposta. Seokjin estalou a língua. "Você gostou da torta, Jungkook-ah?"
Namjoon viu o momento em que Seokjin largou o celular sobre a mesa e tomou o controle em mãos. Jungkook congelou, apressando-se para engolir e dar uma resposta para o namorado.
"Sim, hyung, t-tá ótima, você cozinhou bem." O garoto respondeu quase em desespero, Namjoon compreendia.
"Realmente muito boa, hyung." Namjoon respondeu em seguida, mesmo que Seokjin não pudesse brincar com Namjoon, ele queria ser bom.
"Bom... Jungkook-ah sabe como eu faço qualquer coisa pra agradar meus dongsaengs..." O mais velho exibiu um grande sorriso enquanto apoiava o queixo em sua palma.
Assim que os pratos de Jungkook e Namjoon estavam limpos, Seokjin apressou-se para retirá-los da mesa, junto com as demais louças sujas. Pediu — ordenou — que Jungkook ficasse ali e Namjoon achou melhor fazer o mesmo, não confiava muito na ideia de deixar aquela cadeira.
Quando Seokjin voltou, com as mãos levemente molhadas e segurando uma garrafa, convidou-os para a sala de estar.
"Quero beber esse vinho velho e caro, é uma ocasião especial"
Jungkook acenou positivamente e respirou fundo antes de levantar-se. O mais novo vestia uma calça preta e muito apertada, então, é claro que seu pau estava completamente evidente sob o tecido, a marca modesta fez Namjoon tremer inteiro, o cu piscando em desejo e o pau pulsando como se ele estivesse no cio. Jungkook andava devagar, esforçando-se para não perder o equilíbrio. Namjoon o acompanhou não muito depois, cobriu a própria ereção — não tão evidente devido a calça larga — com o seu sobretudo e conseguiu completar o trajeto com sucesso.
Acomodou-se no sofá grande e lilás, agora podia observar os detalhes da sala de estar, as luzes estavam acesas e davam aquela sensação limpa ao lugar, tudo muito branco e brilhante, desde a mesa de centro, em vidro translúcido, até o belo lustre no teto, feito de belos cristais coloridos em tons pastéis.
Seokjin abriu a garrafa de vinho e serviu as duas taças dispostas na mesa de centro, Namjoon esticou-se para pegar uma e Seokjin deixou a garrafa ali para pegar a sua, então foi para a bela poltrona igualmente lilás e cujo formato lembrava o de uma concha, Jungkook esperava, de pé ao lado do estofado, enquanto Seokjin se sentava.
"Vem cá, amor" Seokjin bateu na própria coxa com a mão livre e Jungkook acatou a ordem de prontidão. Fez o colo de Seokjin de assento e Namjoon engoliu em seco com aquela visão, aquela bela visão, os dois combinavam tanto, eram tão bonitos juntos que Namjoon se sentia errado por desejar fazer parte do que eles tinham.
"Joon-ah" Seokjin chamou e Namjoon, que levava a taça aos lábios, ergueu o olhar na direção dos dois. Jungkook estava com as duas pernas sobre o corpo do namorado, os braços ao redor do pescoço dele enquanto Seokjin acariciava as costas do mais novo com sua mão livre.
"Sim, hyung?"
"Você acha que o Jungkookie é um bom garoto?" O mais velho encarava o namorado ao questionar, olhar doce sendo direcionado a pessoa que amava. "Sem pressa pra responder, bebe seu vinho, relaxa"
Namjoon deu o primeiro gole na bebida avermelhada e bastante doce, deixou que o sabor da uva preenchesse sua boca, o álcool queimando levemente enquanto descia por sua garganta.
"Creio que sim, Jin-hyung..." O homem tentou responder da forma mais indiferente possível. Remexeu-se em seu assento, o frio na barriga se intensificando ao que observava a mão de Seokjin subir e descer a coluna de Jungkook.
"Certeza? Então acha que ele merece gozar mais tarde?"
"O quê?!" Namjoon deixou a taça sobre a mesa, tentando assimilar o que estava ouvindo.
"Pergunta fácil, Joonie-ah. O Jungkook merece que eu deixe ele gozar mais tarde, sim ou não?" Jungkook tremeu no colo do namorado quando aquela palma grande alcançou a base da sua coluna, arrastando os dedos sobre o cós do Jeans apertado e tocando a pele nua minimamente.
"E-Eu..."
"Namjoon" Seokjin inclinou-se para deixar sua própria taça sobre a mesa. "Somos todos adultos aqui e eu tô cansado pra caralho de fingir que não sei de nada."
Namjoon foi quem tremeu ao ouvir aquela voz tão séria sendo direcionada a si, Seokjin tinha um olhar predatório em seu rosto, o suficiente para fazer Namjoon encolher-se em seu lugar.
"Eu sei que você ouviu e viu tudo" Seokjin segurava a taça entre seus dedos, seu olhar demonstrava uma indiferença sexy sobre o que estava falando. Namjoon franzia a testa em confusão. "Sei, porque foi tudo proposital, tudo pra você"
"F-Foi de propósito?" Namjoon tinha lágrimas acumulando-se em seus olhos. Sentia raiva, tesão e um quê de tristeza. Esteve angustiado com os próprios sentimentos por tanto tempo. "Por quê? Por que fariam isso?"
"Por você, Joonie-hyung" Jungkook olhou na direção de Namjoon com os olhos de corsa também umedecidos, mordeu o lábio, apreensivo. "A gente pensou que você ia gostar."
"Por que eu..." Namjoon se perdeu em sua fala, deixando a frase morrer antes de completá-la. Por que eu iria gostar? Era o que Namjoon planejava perguntar, mas, para ser honesto, havia um milhão de motivos para ele gostar de tudo aquilo.
"Foi fácil deduzir que você iria gostar, Joon-ah" A voz de Seokjin retomou o tom doce ao que ele explicava, os dedos desenhando círculos imaginários nas costas do Jeon, tão carinhoso e delicado. Namjoon se perguntou como seria... "Sabe, você reclamou tanto na outra vez que saímos pra beber, a gente queria te satisfazer, deu pena"
"Eu reclamei? Sobre o quê?" Namjoon deixou o choque tomar conta de seu rosto enquanto o leve deboche de Seokjin lhe causava frio na barriga. Namjoon mal lembrava daquela noite, tudo que recordava era de acordar em sua cama com dor de cabeça e remédios o aguardado na mesinha ao lado da cama.
"Sobre o quanto sua vida sexual estava chata" Jungkook confessou de uma só vez, falando com uma trivialidade em seu tom, como se aquilo não fosse nada. "Você disse que sentia falta de se divertir, de ter alguém para satisfazer todas as suas fantasias." Jungkook tinha aquele olhar sério, escuro e tentador. E Namjoon, já tão próximo da borda, aceitou cair naquele abismo negro. "Você disse que é um exibicionista. E também um voyeur." Jungkook enumerava em seus dedos.
Namjoon estava em choque. O olhar estava perdido na mesa de centro, concentrado no líquido avermelhado que ocupava a taça de vidro, era como se estivesse olhando para si mesmo, o vinho simbolizava seus pecados, seus desejos mais secretos, e agora, diante do olhar do casal, era nada além de uma taça de vidro, transparente, com todo o vermelho de seu ser aparente, gritando para alguém toma-lo.
"Eu realmente fiz isso? Eu realmente disse isso? Vocês não estão brincando comigo, certo?" Namjoon precisou adotar uma postura séria que não condizia nem um pouco com seu estado afetado demais, física e emocionalmente.
"Eu nunca brincaria com algo assim, Namjoon." A resposta igualmente carregada de seriedade veio de Seokjin.
Namjoon apertou os lábios, tentando ao máximo organizar a imensidão de pensamentos e sentimentos que o atingiram. Ele vinha cultivando uma culpa tremenda por todas aquelas semanas, sentia-se sujo ao se tocar, ao pensar, ao fantasiar sobre cada coisa relacionada aos dois, e por todo aquele tempo, nada aconteceu apenas em sua cabeça.
Todo o peso que pensar sobre aquilo lhe trazia se esvaiu de forma fácil, mas, ainda era difícil lidar com a informação, com a realidade de que Seokjin e Jungkook estavam fazendo tudo aquilo por Namjoon, para agradar Namjoon, para satisfazer, mesmo que minimamente, os seus desejos.
"Você não precisa tomar nenhuma decisão agora, não pretendo fazer nada além do que já estamos fazendo, aqui e agora, mas, se você puder pensar sobre isso... Em algo futuro..." Seokjin disse, calmo como sempre.
Namjoon nada disse, apenas suspirou, passou a mão pelo rosto, correndo os dedos pelos fios castanhos e finalmente olhou para o casal, viu a forma que o encaravam de volta com apreensão e desejo, expectativa. Não havia a possibilidade de Namjoon negar coisa alguma para aqueles dois, mas, ainda precisava ter paciência consigo, não poderia entregar-se ao desejo de uma só vez, principalmente quando o álcool corria por suas veias.
Ainda assim, Namjoon não conseguiria deixar aquela casa sem qualquer satisfação, não depois de saber que os dois estavam dispostos a lhe oferecer aquilo.
Namjoon abriu a própria bolsa, tirando dali o controle do seu vibrador, colocou-o sobre a mesa e pegou sua taça de volta.
"Acho que sabe o que é isso" Ele disse sem encarar os dois, vergonha consumindo seu rosto, mas não seu intelecto. "Não preciso que me toquem, eu sei que estamos alterados, mas... Eu quero que me vejam... Preciso que me vejam..."
"Tudo bem pra você, Jungkook-ah?" Seokjin perguntou apenas para garantir a Namjoon que seu namorado estava de acordo com tudo aquilo.
"Claro, hyung. É perfeito pra mim" O garoto sorriu lascivo, erguendo uma sobrancelha na direção de Namjoon. "Vai ser um prazer te observar, Joonie-hyung."
"É melhor você ficar quieto se quiser receber o mesmo que ele" Seokjin alertou o Jeon, que acatou a ordem facilmente, naquela noite não arriscaria sua permissão para gozar. "Eu gosto de mandar, Namjoon" Seokjin disse ao que abria os três primeiros botões da sua camisa. "Mas, não vou fazer isso com você. Hoje." Ele separou as pernas e puxou Jungkook para sentar-se entre elas. "Faz o que você quiser."
"Certo" Namjoon soltou um suspiro. "Eu posso tirar a roupa?"
"O que você quiser, Namjoon." Seokjin repetiu, encarando o Kim com um sorriso de canto, ele era um submisso nato. "Aproveita a chance, porque em outras ocasiões eu não pretendo deixar que faça algo sem minha permissão."
"Quero que controle o meu vibrador, não importa quem faça" Namjoon teve a coragem para pedir. "Se não quiserem tud-"
"Posso, hyung?" Jungkook apressou-se para conseguir sua permissão.
"Pode, é melhor assim."
"Jungkookie me disse que você é malvado com ele, hyung." Namjoon comentou com um pouco mais de segurança enquanto retirava o sobretudo, os braços fortes entraram em contato com o ar frio e Namjoon sentiu os pelos eriçados. Aquela blusa apertada deixava seus peitos tão chamativos.
"Ah, ele disse? Ele teve a coragem de falar enquanto eu não estava presente?" Seokjin dizia tudo sem desviar o olhar de Namjoon e seu corpo majestoso, grande e largo, do jeito que o Jeon mais gostava, e Seokjin não via a hora de usar Namjoon para satisfazer seu garoto.
"Ele não foi um bom garoto." Namjoon sussurrou, olhos fixos aos do Jeon, que brilharam com luxúria e irritação. Namjoon o estava provocando. "Não sei se ele merece gozar depois de dizer algo assim sobre você, hyung."
Os olhos de Seokjin passeavam por todo o corpo de Namjoon, o homem estava tão bonito sentado em seu sofá daquele jeito, as pernas separadas, o pau grande e grosso marcando na calça jeans, o rosto avermelhado e os olhos de dragão que ameaçavam inflamar.
"Eu concordo, Joon-ah." Seokjin esticou-se para pegar o controle de Namjoon e tirou o de Jungkook do bolso, eram bastante parecidos, e quando entregou o controle errado para Jungkook, ele estava tão hipnotizado pelo tamanho da rola de Namjoon, que não percebeu. "Ele merece que eu seja ainda mais malvado, não acha?"
Namjoon desfez o encaixe do seu cinto e puxou-o para fora do seu corpo. "Com certeza, Jin-hyung."
Jungkook estava tão ansioso para apertar aquele botão, para levar Namjoon ao mesmo limite que estava atingindo a todo segundo, mas que surpresa foi para ele pressionar o botão e ter o próprio cu maltratado pela vibração intensa ao máximo. Jungkook gemeu alto e Namjoon olhou na direção do garoto, Seokjin mostrou-lhe o controle, como quem queria dizer que era ele causando aquilo.
"Nem sonhe em gozar, Jungkook." Seokjin sussurrou para apenas o namorado ouvir. "Vai em frente, Namjoonie, se ele quiser olhar pra você, vai ter que aguentar."
Namjoon mordeu o lábio, o pau pulsou quando Jungkook curvou-se para trás, soltando 'Ah's e 'Oh's quase ritmados. Namjoon levou a mão para o botão da calça e logo estava descendo o zíper, devagar, dando tempo para Jungkook recuperar-se, pois precisava daqueles olhos sobre si.
"Anda, Jungkook. O Joonie tá esperando você." Seokjin cobriu o pau do namorado com sua mão, esfregando-o sobre o tecido. "Olha pra frente se quiser que eu pare." Jungkook só soube gemer, choramingando o nome do namorado e tremendo de forma descontrolada. Quando Jungkook finalmente ergueu o olhar, Namjoon sentiu aquele calor característico em sua barriga, um tesão avassalador o dominando porque a face do Jeon era a mais bonita que já havia visto.
As pálpebras pesavam e lágrimas estavam acumuladas nos cantos daqueles olhos grandes, a boca estava entreaberta e avermelhada, tanto quanto as maçãs de seu rosto. "P-Pode c-continuar, Joon-h-hyung." Ele disse entre arfares. "E-Eu tô o-olhando."
Namjoon desceu a calça por suas pernas grossas, deixando-a no chão e em seguida retirou a camisa, deixando em evidência o quanto sua respiração estava descompassada, o peitoral subindo e descendo rápido demais, o tórax inteiramente quente enquanto o coração batia forte.
"Porra, você é enorme." Seokjin comentou, encarando o pau do seu amigo. "Jungkookie vai engasgar tão bem nessa pica, não vai, Kookie?"
Namjoon arrepiou-se dos pés a cabeça, o pensamento estava tão próximo agora. A cueca branca foi uma escolha provocante, agora que estava manchada por pré-gozo e deixava a cabecinha marrom amostra, Namjoon sentia-se ainda mais devasso. Ele palmeou seu comprimento, fazendo-o mais proeminente sob o tecido fino.
"Me diz, Joon-ah, quantas vezes você se tocou pensando na gente?" Seokjin não conseguia simplesmente abandonar sua natureza, precisava exigir algo, mesmo que fosse apenas uma resposta.
"Muitas, hyung." Namjoon sustentava o olhar de Seokjin, ora encarando a boca carnuda, ora voltando aos olhos brilhantes. "Toda noite, todo dia, todo lugar. Sempre pensando em vocês dois."
Namjoon baixou o elástico da cueca, deixando apenas a cabecinha grossa exposta. Levou dois dedos para a própria boca, cobrindo-os com saliva e voltando para acariciar a glande sensível. Deslizou os dedos ali, rodeando a carne e espalhando todo o pré-gozo, gostava de se lambuzar, de fazer de si mesmo uma bagunça.
"Eu perdi as contas, perdi a noção de quanto tempo passei me fodendo pensando em vocês" Namjoon confessou em um gemido sôfrego. "Eu me senti t-tão-" Ele precisou parar para suspirar quando esfregou a palma na cabeça do seu pau. "Tão culpado, hyung."
"É? E mesmo assim continuou, dia após dia?" Seokjin questionou em tom de provocação.
"Sim, hyung. É gostoso pra caralho." Namjoon desceu totalmente sua cueca, deixando a rola grossa totalmente a disposição do olhar do casal. Jungkook salivou e Seokjin sentiu a própria entrada tensionar por desejo. Apesar de satisfazer seu namorado plenamente, Jungkook não era grande, mas Namjoon... Namjoon era um king size, grosso, longo, com aquela cabeça marrom que causava em ambos, Seokjin e Jungkook, vontade de tê-lo entre seus lábios.
"Sua rola é gostosa pra caralho, porra." Seokjin expirou. Namjoon sorriu, gostava daquilo, gostava de ser bom para o seu hyung.
"Quero foder vocês com ela, quero enfiar meu pau inteiro dentro de você, hyung, quero enfiar meu pau inteiro no Kookie" Namjoon confessava tudo entre gemidos e suspiros, derramava toda sua obscenidade bem ali, diante dos dois. A palma estava fechada ao redor do seu pau, movendo-se devagar em contradição com seus desejos imediatistas.
"Por que não me mostra o vibrador que o Kookie tem que controlar, hein?" Seokjin sugeriu, desejando ter uma visão ampla daquele corpo glorioso.
Namjoon encarou Jungkook em seu estado fodido e implorou com olhar para que ele tomasse o controle real daquele plug enfiado em si, Namjoon precisava ir até o fim com aquele estímulo e precisava que Jungkook fizesse aquilo por ele.
Virou-se no sofá, empinando a bunda na direção do casal, levou uma mão até uma nádega a fim de se abrir, se expor para os outros. A base do plug de silicone era a única parte visível, vibrava devagar, em conjunto com a intensidade que o brinquedo vibrava dentro de Namjoon.
"Pode tirar isso pra mim, Joonie? Só pra eu ver o quão fundo tá enfiado no seu cuzinho?" Seokjin pediu ao que afastava as pernas do namorado, colocando os joelhos dele sobre os seus. Ele soltou o botão da calça do Jeon e o libertou do aperto do zíper, foi quase o suficiente para Jungkook relaxar minimamente, mas todo o resto o mantinha tenso.
Namjoon, mostrando-se obediente como Jungkook era quase incapaz de ser, levou uma mão para a base do plugue, puxando o comprimento rosa do seu interior. O plug era um tanto mais longo do que a maioria dos que Namjoon possuía, tinha a textura ondulada que fazia seu cu relaxar e contrair ao que retirava todo o objeto.
"Que vadiazinha arrombada você é, Joonie." Seokjin deixou escapar em um suspiro, observando a forma lasciva que o plug grosso deixava o cuzinho do homem que se exibia todo para si. Namjoon empinava a bunda como melhor podia, desejava fazer o melhor dos shows.
Quando finalmente a ponta redonda do plug deixou o interior de Namjoon, ele separou as nádegas com as duas mãos, mostrando pro casal o quanto ele estava mesmo arrombado. O rastro de lubrificante que escorria da sua entrada só acrescentava a toda aquela imagem obscena, o líquido quase translúcido, levemente avermelhado, espalhava seu aroma de morango pela sala climatizada, o plug também estava encharcado por lubrificante, deliciosamente tentador.
"Porra, Joonie, seu cuzinho tá todo melado." Seokjin tirou das mãos do Jeon o controle que ele segurava e substituiu por outro, o certo. "Agora, enfia tudinho aí, e imagina que é o pau do Jungkook te fodendo, que é ele que tá te comendo gostoso."
Namjoon não tardou a obedecer, levando a ponta, que era mais grossa, para o músculo relaxado, e rodeou-a ali, provocando a si mesmo com o silicone molhado e que deslizava tão fácil em sua pele.
"O Jungkookie vai ser um bom garoto pra você, Namjoon-ah. Ele tá louco pra te satisfazer, não tá, Kookie?" Seokjin questionava ao que suas mãos acariciavam o corpo do namorado, ele desceu a calça apertada de Jungkook apenas o suficiente para tomar o pau mediano em sua mão. "Cospe aqui." Pediu assim que colocou a palma livre diante do rosto do garoto, que obedeceu incrivelmente rápido. "Querendo gozar, Jeon?" Seokjin caçoou.
Ele levou a mão molhada para o pau do namorado, espalhando a saliva por toda a cabecinha rosada e Jungkook tremia a cada mínimo toque , seu corpo estava sensível ao máximo e ele estava sempre perto, sempre na margem, mas Seokjin não permitia que ele fosse além daquilo, sempre no controle.
Namjoon enterrou o brinquedo em si ao mesmo tempo que Seokjin fechou a palma ao redor do pau de Jungkook, a cada vez que Namjoon se fodia, Seokjin masturbava seu garoto, apertava a mão molhada ao redor do comprimento e a movia devagar, sincronizado com os movimentos de Namjoon, ele que gemia baixo, murmurava enquanto o brinquedo acariciava cada parte do seu interior, o formigamento em seu pau era crescente, fazia-o pulsar e derramar pré-gozo no estofado do casal.
"Jungkook-ah..." Namjoon chamou, suspirando o nome em um pedido sôfrego. "Jungkook-ah, por favor... O vibrador..."
"Amor, você não vai dar o que o Joonie quer?" Seokjin perguntou em voz alta, a mão nunca parando de bombear o caralho que quase desaparecia dentro de sua palma grande.
"V-Vou, hyung..." O mais novo respondeu com dificuldade, tentando ao máximo não se deixar levar por todas aquelas sensações, pelo prazer causado pela visão de Namjoon logo a sua frente, a bunda grande empinada, o cuzinho amarronzado exposto e sendo fodido tão bem. Jungkook queria mais, queria tocá-lo, fodê-lo, queria fazer tudo que vinha desejando há tanto tempo, mas precisava ser paciente, infelizmente.
Entretanto, Jungkook não iria desperdiçar a oportunidade que estava, literalmente, em suas mãos. Ele encarou o controle preto, então ergueu o olhar para Namjoon e a forma que ele socava o próprio cu com aquele brinquedo rosa, tão desesperado, tão rápido e o mais fundo que conseguia, parecia longe de se satisfazer com algo tão pequeno.
"Anda, Kook-ah, fode ele gostoso, faz o hyung gozar enquanto se fode pensando no seu pau." Seokjin sussurrou para apenas Jungkook ouvir, mordiscando sua orelha e lambendo-a, espalhando arrepios por todo um lado do corpo dele. Jungkook pressionou o botão duas vezes e até mesmo pode ouvir a vibração se intensificar. Namjoon gemeu alto, quase choramingou, as mãos falhando para manter aquele ritmo acelerado, mas ele continuava a movê-la, sem qualquer intenção de se privar daquele prazer.
"Jungkook... Porra... Jungkook-ah..." Namjoon expirou, gemendo sôfrego e quase babando no sofá luxuoso. A cada vez que uma ondulação tocava sua próstata, o músculo tensionava e a vibração o obrigava a relaxar, era um loop prazeroso demais.
Jungkook, por sua vez, não conseguiu controlar o ímpeto de erguer o quadril e tentar foder a mão do namorado, que o segurou em seu lugar, a mão abandonou o pênis dolorosamente rígido para pressionar as coxas do garoto e mantê-lo quieto. "Eu não te dei permissão pra fazer isso." Foi só o que disse para Jungkook.
O mais novo escolheu tentar, inutilmente, relaxar, repousou o corpo contra o do namorado, deixando a cabeça apoiada em um dos ombros largos. Ele respirava com dificuldade, precisando de muito esforço para inspirar e expirar, para controlar seu corpo minimamente. Seus olhos se voltaram para Namjoon, percorreram toda a derme acastanhada, cada pedaço abundante de carne que implorava para ser marcado, maltratado.
Jungkook desejava Namjoon com algo que se assemelhava a fúria, tinha aquele desejo de tomar Namjoon entre seus braços com brutalidade e abusar da submissão inerente a personalidade do amigo. Jungkook desejava dominar Namjoon junto ao namorado, desejava usá-lo para alcançar o próprio prazer porque sabia que Seokjin se encarregaria de provocar em Namjoon tanta satisfação quanto provocava no namorado.
O Jeon era um pouco mais egoísta quando se tratava de sexo e a não ser que tivesse suas necessidades ameaçadas, ele não sabia obedecer bem. Sempre desafiava Seokjin, duvidava de sua dominância e instigava o namorado, dizia que queria ser obrigado a obedecer, gostava de sentir a ameaça da privação de seus prazeres, pois só assim se permitia ser um cachorrinho obediente.
"Pergunta pra ele, Jungkook-ah..." Seokjin sussurrou próximo ao rosto do namorado. "Pergunta se seu pau come ele bem... Faz ele sentir você lá dentro..." O mais velho brincava com os mamilos de Jungkook, sempre tão sensíveis e rígidos ao mínimo contato.
"Namjoon-hyung..." Jungkook chamou fraco, tentando controlar seu corpo e os espasmos que o dominavam. "Namjoon-hyung, me diz como quer que eu te foda..." Seokjin sussurrou um 'muito bem' quando Jungkook foi capaz de dizer uma frase firme e coerente.
Namjoon choramingou, uma mão apertou o sofá enquanto a outra não parava de se mover, penetrando o seu cuzinho com o vibrador rosa.
"Quero... Bem fundo, Jungkook-ah... Bem, bem fundo..." O Kim dizia de maneira letárgica, quase gemendo todas as palavras, inebriado demais por tantas sensações. "Quero você... Você e o hyung... Me comendo... Ahh, ao mesmo tempo..."
"Os dois, Joon-hyung?" Jungkook deixou um suspiro escapar enquanto a mão de Seokjin alcançava seu vibrador, iniciando movimentos vagarosos, em círculos, no interior do Jeon. "Você vai aguentar- Ah, porra. Vai aguentar duas rolas nesse cu?" Jungkook quase gritou quando Seokjin moveu o brinquedo de forma certeira sobre sua próstata.
"E-Eu sou uma vadia... Uma vadia arrombada, Jungkook-ah..."
O mais novo precisou morder o lábio, sentiu o quadril clamar para ser movido, o pau implorando para meter naquele cu melado que lhe era exibido. "Me mostra, então, hyung, mostra esse seu cuzinho fodido pra mim."
Seokjin sorriu ao que Jungkook comandava o outro tão bem, mesmo em seu estado quase inconsciente, ele ainda guiava Namjoon da forma que melhor satisfaria a si mesmo.
Namjoon, sempre acatando tudo muito fácil, apoiou o corpo nas costas do sofá e levou as duas mãos para sua bunda farta, separando as nádegas e deixando o cu piscando amostra, a entrada escura e inchada, brilhando pelo lubrificante. Deixou que o plug escorregasse para fora, relaxando ao máximo e sentindo cada ondulação do silicone acariciando sua próstata antes de estar totalmente vazio, apenas exibindo a entrada completamente relaxada.
Jungkook molhou os lábios, queria enterrar a boca ali. Melhor, queria fodê-lo, enchê-lo de porra e depois chupar aquele cuzinho molhado, beber o próprio gozo dali. Jungkook sentia o próprio pau vazando pré-gozo e molhando sua virilha, melando os pelos escuros com o líquido transparente.
"Hyung..." Jungkook choramingou e Namjoon tensionou, sabendo que não era por ele que Jungkook chamava e isso só lhe causava mais tesão. "Quero gozar... Quero muito gozar..." Jungkook pediu, entre suspiros, a respiração quente contra o pescoço de Seokjin.
"Faz ele gozar primeiro."
Seokjin sabia que aquele era o pior dos castigos para Jungkook. Ele gostava de ser o primeiro, gostava de alcançar o próprio limite e deleite antes de qualquer um, mas, algo dizia para Seokjin que o garoto não ficaria assim tão infeliz ao ver Namjoon gozando antes que ele.
"Namjoon-hyung, vira de frente" Namjoon concordou com um aceno e logo estava movendo suas pernas trêmulas. Sentou-se no sofá, de frente para os dois. Namjoon podia ver o pau de Jungkook, em um vermelho raivoso que dizia o quanto ele queria mesmo gozar, a cabecinha repousava sobre os pelos da sua virilha e as bolas pareciam pesadas e duras. Namjoon se perguntava se seria demais chupar Jungkook naquele estado, queria muito descobrir.
Subiu o olhar pelo peitoral exposto, deliciando-se com cada centímetro da pele clara, porém manchada em roxo e vermelho, sinais das noites anteriores, da infinidade de coisas feitas entre os dois e que ocupavam a imaginação de Namjoon por todo o tempo. Namjoon hesitou para olhar nos olhos de Jungkook, mas o fez, inseguro e com o olhar embaçado por algumas lágrimas de prazer e alívio.
"Você é tão bonito, Joon." Foi Seokjin a elogiar, atraindo o olhar de Namjoon. "E olha o tamanho desse pau, por deus..." Ele expirou uma risada. "Mal posso esperar pra ver meu garoto te engolindo inteiro."
Namjoon, que não sentiu vergonha pela nudez ou pelos atos lascivos que praticava, envergonhou-se sob o olhar atento de Seokjin, porque ele trazia consigo algo além do puro desejo, algo que Namjoon não sabia nomear, mas sabia que era pelo que ansiava. Mordeu o lábio inferior e deixou um pequeno sorriso surgir, aquele que exibia sua covinha funda e aquecia os corações alheios.
"Gosta de ser elogiado, não gosta?" Jungkook quase sussurrou, retribuía o sorriso quase tranquilo, mesmo que seu estado fosse distante dessa sensação. "Então, por que não mostra pro hyung o quanto você é bom? Fode esse pau e goza pra ele, prova que não é só um puto safado."
"Jungkook..." Seokjin sussurrou em tom de alerta.
"Tudo bem, Jin-hyung... Eu gosto quando ele fala assim..."
Namjoon desceu o olhar pro próprio pau duro que repousava em sua barriga, pesado e vazando pré-gozo, relaxou as costas no sofá e levou uma mão para suas bolas enquanto a outra envolvia sua cabecinha marrom, usou o polegar para espalhar o pré-gozo pela glande, facilitando seus movimentos ali.
"Porra, ele é grande demais..." Jungkook comentou com um sorriso quase rasgando seu rosto, o olhar procurando pelo o de Seokjin, que demorou alguns segundos para esquecer a imagem majestosa a sua frente e focar na outra de igual beleza, Jungkook lhe encarava com aquele olhar que implorava por si só, então, apenas naquele momento, Seokjin cedeu e conectou seus lábios com cautela.
Namjoon sentiu o beijo como se fosse em sua própria pele, cada toque, cada virar de língua, cada mordida, assistia tudo com imensa atenção enquanto a mão trabalhava o próprio pau duro e quente dentro de sua palma. Subia e descia de forma quase rude, os dentes pressionados contra o lábio inferior na tentativa de conter seus gemidos desesperados.
Jungkook gemia contra o beijo, não demonstrava qualquer intenção de se conter, não quando a mão de Seokjin se mantinha firme em seu queixo e a língua experiente explorava todo espaço de sua boca, o Jeon se deixava ser usado por Seokjin e toda sua maestria em cada movimento, não se importava com a saliva que escorria pelo seu queixo, desde que aquela língua continuasse a brincar com a sua, circulando e chupando o músculo molhado.
A cena, os sons, as sensações expressas pelas reações de Jungkook, tudo era combustível para Namjoon, era o que o motivava a bombear seu pau mais e mais rápido, agora gemendo e beirando o total descontrole. Ele estendeu a mão para alcançar seu plug esquecido sobre o sofá, vibrando sem parar, quase alcançando a beira ao que Namjoon o resgatou.
Ele apoiou os pés no sofá e separou as pernas o máximo que conseguiu, mais do que o suficiente para a mão que passava por baixo de seu joelho alcançar o próprio cu. Namjoon pincelou seus dedos ali, sentindo que continuava bem lubrificado, sempre tendia ao exagero, mas naquele momento era conveniente. Ajudava-o a deslizar os dedos para seu interior, dois deles, bem longe do que seria suficiente.
Retirou-os não muito depois, logo substituindo com a ponta em silicone rosa do seu vibrador. Namjoon deixou a cabeça relaxar no estofado, gemendo alto e obrigando Seokjin a partir o contato com seu namorado, apenas lambendo a saliva que escorria pelo queixo do Jeon antes de afastar-se para olhar para Namjoon.
"Porra..." Murmurou enquanto o observava. Jungkook continuava a arrastar os lábios pelo pescoço do mais velho, sedento pelo seu toque, por atenção nas partes mais sensíveis do seu corpo.
"Jungkookie..." Namjoon chamou entre os gemidos exasperados. "Olha pra mim, por favor, preciso que olhe pra mim"
Jungkook, que tinha tanta resistência para obedecer, para ceder, atendeu aquele pedido de imediato. A fala de Namjoon era carregada de um desejo tão cru, tão explícito em cada sílaba que Jungkook sentia-se até mesmo incapaz de lhe negar qualquer coisa, o arrepio que seguiu por toda a sua espinha ao que encontrou a imagem deleitosa do seu hyung foi mais uma prova de que estava entregue a Namjoon, talvez tão intensamente quanto estava para Seokjin.
"Goza pra mim, hyung" Jungkook pediu em um fio de voz, quase sussurrando, e mesmo que Seokjin desaprovasse aquela única ordem, não se opôs, principalmente quando seu garoto continuou a falar "Goza pra gente, Joonie..."
Não era como se Namjoon precisasse de muito mais para sujar o estofado lilás com todo seu gozo, mas obter permissão o atingiu de uma forma nova e muito bem-vinda. Para quem vinha explorando o próprio corpo como podia, gozando de maneira quase desavisada, deixando que o prazer o controlasse e não o contrário, ter alguém para lhe regular era satisfatório.
Fazia Namjoon tremer um pouco mais enquanto masturbava o pau majestoso algumas últimas vezes, fazendo total bagunça, manchando parte do sofá e do carpete com sua porra. Seu peito subia e descia em conjunto com a respiração descompassada e Namjoon precisou fechar os olhos pelo que pareceram horas correndo dentro de segundos.
Seokjin desligou os dois vibradores, fazendo Jungkook suspirar em alívio. Seokjin ficou de pé após garantir que o Jeon estava bem acomodado na poltrona, e foi em direção a Namjoon, mas, receoso, parou a um passo de distância.
"Joon-ah, tudo bem?" Questionou em tom suave. Namjoon limitou-se a um aceno positivo, não se sentia capaz de usar palavras.
Estava fodido, de uma maneira que jamais havia sido fodido antes, e os dois sequer haviam o tocado. Aquele detalhe só gerava um anseio ainda maior em Namjoon, um desejo tão imparável quanto aquele recém suprido. Estava satisfeito, ah, como estava, sentia-se quase em outro plano enquanto as pálpebras repousavam sobre seus olhos.
Sabia que iria flutuar por todo caminho até sua casa e aquela provavelmente seria a melhor noite de sono da sua vida. Não existia mais o peso sobre o seu peito e os milhões de pensamentos que o inundavam com a força de um tsunami a cada vez que tentava descansar. Se todas as noites pudessem ser como aquela, Namjoon estaria feliz para o resto de sua vida.
Não soube dizer quanto tempo passou até ter Seokjin chamando seu nome mais uma vez, desta vez, com lenços umedecidos em mãos. Ele fez menção de se aproximar mais do que o seguro, mas acabou deixando a tarefa de se limpar para Namjoon fazer, mesmo que fosse contra seu próprio instinto. Teriam tempo, com certeza teriam.
"Onde tá o Jungkookie?" Namjoon questionou assim que olhou para a poltrona vazia. Só lembrar da forma que Jungkook o olhava dali era suficiente para arrepiá-lo.
"Eu levei ele pro quarto, não se preocupa, vou cuidar bem daquele safado" Seokjin disse em tom divertido, amenizando o clima entre os dois, não que estivesse pesado, era só... diferente, novo. "Joon... Posso vestir você?"
Namjoon foi pego de surpresa pela pergunta, assim como pela a hesitação no tom de Seokjin. Namjoon queria devotar-se a ele e dizer, com todas as palavras, que Seokjin poderia fazer tudo e como quisesse. Se contentou em acenar e morder o lábio, olhando para longe e levando com seu olhar as palavras contidas.
"Consegue ficar de pé?" Seokjin perguntou enquanto coletava as roupas pelo chão. Namjoon respondeu simplesmente levantando. "Bom, mas precisa usar as palavras" Seokjin disse quando estava cara a cara com Namjoon, a diferença de altura era mínima e os olhos de dragão estavam tão perto, os lábios carnudos mais ainda. Porém, ainda não era o momento.
Seokjin empenhou-se na tarefa de colocar todas as peças de volta em Namjoon, subiu a cueca pelas pernas grossas, não precisando tocar a derme para sentir sua maciez, a forma que o tecido deslizava por ali já demonstrava muito. Namjoon apoiou-se nos grandes ombros enquanto a calça era vestida. Seokjin encarou seus olhos ao abotoar o jeans e subir o zíper, tão concentrado, tão encantado por aquele rosto.
Finalizou com o sobretudo e pediu para Namjoon voltar a sentar no sofá para que calçasse suas meias. Ver Seokjin aos seus pés era uma visão inusitada, mas que Namjoon encarava como um cuidado extremo por si, como um carinho por tudo que aconteceu, demonstrava o apreço de Seokjin por aqueles momentos e a vontade que tinha de tomar conta de tudo que envolvia Namjoon.
"Pronto, esqueci algo?" Ele olhou para Namjoon enquanto ainda se apoiava em um joelho, Namjoon olhou ao redor, avistou a bolsa esquecida em um canto do sofá e o plug sobre o estofado, que lhe causou um rubor leve. "Não se preocupa com isso, o hyung te dá um novo, ok?"
Namjoon sorriu, subitamente tímido, agraciado por toda a gentileza e cuidado que Seokjin exibia naquele momento. Era tudo que Namjoon precisava.
"Vou chamar seu uber, tudo bem?"
"Ah, seria ótimo, Jin-hyung." Namjoon respondeu de uma vez só, expirando muito ar. Sentia que se continuasse ali, tão perto, não conseguiria manter suas mãos longe de Seokjin, mas Namjoon sabia ser um ótimo garoto para o seu hyung.
Seokjin guiou Namjoon até a porta após chamar o carro pelo aplicativo, o silêncio era confortável, Namjoon estava confortável, satisfeito, feliz.
"Se despende do Jungkook por mim, diz que eu desejei boa noite... E... Obrigado, por hoje, o jantar..." Namjoon disse, encarando os olhos de Seokjin, que ainda estava dentro do apartamento, a mão apoiada na moldura da porta.
"Não precisa agradecer, Joonie, por nada... Foi tudo pra você" Seokjin aproximou-se, apenas um passo até estar próximo, bastante próximo, seu hálito quente e alcoólico soprando nos lábios de Namjoon. "Me avisa assim que chegar, ok? E amanhã nós conversamos sobre tudo isso. Descansa bem, dorme, não pensa demais, tá bom?" Namjoon balançou a cabeça devagar e sentiu a mão de Seokjin sobre o topo do seu cabelo, trazendo-o para mais perto até que os lábios de Seokjin estivessem pressionados contra a sua testa. "Boa noite, Joonie."
Uma infinidade de borboletas se agitaram sem intenção de descanso.
"Boa noite, hyung"
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Namjoon fez como lhe foi pedido, enviou uma mensagem assim que desceu do carro e adentrou a portaria do seu prédio, recebendo como resposta um 'boa noite' acompanhado de um emoji e em seguida uma foto. Uma bela foto de Seokjin e Jungkook deitados, Jungkook dormindo no ombro do namorado, a face adorável e serena, já Seokjin, exibindo parte do tronco nu, sorria e mostrava um coração de dedos.
'Ele só consegue dormir depois de gozar' era a legenda da imagem, algo que fez Namjoon sorrir e refletir brevemente sobre a loucura que foi aquela noite, mas, novamente, fez como lhe foi pedido e deixou que pensamentos conflituosos continuassem no mais fundo e inacessível de sua mente.
Ele adentrou sua casa, tomou um banho não tão demorado, mas quente e relaxante, vestiu apenas uma cueca e foi para cama, enviou uma foto para Seokjin mesmo sabendo que a resposta não viria naquela noite. Exibindo uma piscadela e um sorriso de lado, Namjoon acompanhou a imagem com a legenda 'Eu também, hyung, obrigada por fazer isso por nós dois'
No segundo seguinte, estava sendo levado pelo que considerava o melhor sono de sua vida.
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Chapter 2: all for us
Notes:
estou numa jornada de aceitação com as minhas fanfics, então me obriguei a apenas revisar os erros e não alterar (mais) nada nesse capítulo! quando eu escrevi, já tinha feito pesquisas extensas sobre BDSM, mas isso foi há 4 anos e eu aprendi muito mais desde lá, então espero que não tenha nenhum praticante aqui pra me julgar *risos nervosos*
eu adicionei algumas tags pra esse capítulo, então dêem uma olhada pra não acabarem tendo surpresas por aqui.
boa leitura hehe
(See the end of the chapter for more notes.)
Chapter Text
Namjoon estaria mentindo se dissesse que a primeira coisa que fez ao acordar não foi checar seu celular. Estaria mentindo, também, se dissesse que não sonhou com o casal, que não acordou sorridente devido às lembranças.
Sua mente estava perdida em uma satisfação caótica. Agora, Namjoon só desejava que Seokjin cumprisse com sua palavra sobre a conversa no dia seguinte, precisava de mais respostas, de algo que acalmasse o turbilhão de pensamentos que se dividiram entre esperança e descrença. Mesmo que os desejos estampados nos olhos de Seokjin e Jungkook já lhe dissessem palavras que eram bem compreendidas por seu coração.
A ansiedade consumia sua razão pelas beiradas, mandando flashes de possibilidades, das melhores às piores, mas Namjoon levantou da cama e forçou a sua rotina habitual. Regou as plantas, comeu café da manhã enquanto ouvia alguns dos beats que estava trabalhando, fez o possível para organizar seu pequeno apartamento e, quando seguia para o banho, sentiu o celular vibrar.
Seu coração parou por um segundo ou dois, ou ao menos foi o que pareceu. O frio na barriga veio junto a mordida em seu lábio inferior, Namjoon não poderia evitar o sorriso ao ler seu maknae escrevendo seu nome acompanhado de tantos emojis.
Namjoon fez questão de avisá-los que estava indo para o banho, na esperança de provocá-los como faziam consigo, e deveria ser vergonhoso que o mero pensamento já o excitasse. Seu corpo parecia ainda mais sensível após a noite anterior e, quando Namjoon tocou a ereção sob a água corrente, sentiu como se cada um de seus sentidos estivesse mais apurado, as expressões de Seokjin e de Jungkook enchendo sua mente quando fechava os olhos, a lembrança dos gemidos quase ecoando em seus ouvidos mais uma vez.
Ali, sob a água morna do chuveiro, Namjoon deixou que toda a culpa e vergonha, já quase inexistentes, escorresse junto as consequências de seu próprio prazer, permitiu que o êxtase tomasse o lugar dos sentimentos conflituosos e assim, ao enrolar uma toalha no quadril e pegar o celular da pia, Namjoon se sentia leve, infinitamente mais leve.
Ele mal viu o sol descendo no horizonte, perdido entre as mensagens que não paravam de chegar. Finalmente estavam falando sobre tudo que havia acontecido; desde a noite em que Namjoon se embebedou e despejou verdades no colo do casal, até as provocações descaradas e sobre como Jungkook havia amado se exibir para Namjoon.
As reafirmações ainda eram necessárias, no entanto, Namjoon precisava ter certeza de que era mútuo, recíproco, e Seokjin e Jungkook não lhe negaram a resposta uma vez sequer, sem poupar palavras para dizer que desejavam Namjoon na mesma intensidade, que desejavam Namjoon ao ponto de ignorar o bom senso apenas para satisfazê-lo.
Discutiram seus gostos e fetiches, conversaram sobre as situações de extremo tesão a quais Namjoon foi submetido por causa do casal, e o Namjoon quase conseguia sentir o tom de provocação em cada mensagem de Seokjin. Talvez fosse sua mente pervertida agindo contra sua vontade, mas quando Seokjin enviou um 'a gente não vê a hora de te foder', Namjoon aceitou que estava sim sendo provocado, e de forma injusta até.
Isso porque Seokjin o fez prometer que, a partir daquele dia, ele não iria mais se masturbar. Namjoon sentiu-se um tanto rebelde ao bufar e revirar os olhos antes de concordar em texto, mas apenas porque era uma tortura ter tantas expectativas e cenários criados em sua mente e não poder extravasar como podia. Mas, estava tudo bem, se era o que Seokjin queria.
Namjoon não gostava de imaginar a bagunça que se tornaria quando finalmente fosse tocado pelas mãos do casal. Seu corpo, já tão naturalmente sensível, certamente o levaria a um estado de entrega que jamais havia experimentado.
No dia seguinte, Seokjin convidou Namjoon para um encontro e ele novamente sentiu aquelas borboletas no estômago, algo que não lhe acometia há alguns bons anos. Aceitou, é claro, e então tinha um compromisso marcado para a sexta a noite. Eles iriam jantar e Seokjin pediu para Namjoon esperar por uma encomenda, pois ele havia comprado roupas especiais para aquela ocasião.
Havia um prazer imenso que tomava conta de Namjoon a cada vez que acatava uma ordem de Seokjin, a cada vez que seguia estritamente o que era mandado. Ele gostava de abrir mão do controle e deixar que Seokjin comandasse cada passo seu, assim, quando um pacote foi deixado em sua porta e Seokjin mandou Namjoon aguardar até sexta-feira para abri-lo, ele fez exatamente assim.
Deixou o pacote sobre o móvel ao lado da sua cama e mesmo com a curiosidade o devorando, Namjoon foi obediente, obediente como seu hyung gostava.
Quando a sexta-feira enfim chegou, Namjoon se sentia à beira de uma crise de abstinência sexual — novamente. Ele acordou com a típica ereção matinal, causada não apenas pelos seus sonhos molhados, frutos de sua imaginação para lá de fértil, mas pelas provocações descaradas do casal, pelas fotos que deixavam muito para o pensamento.
E as insinuações, ah, essas eram a fonte da insanidade de Namjoon. Seokjin não passava um dia sequer sem mencionar a intenção de foder Namjoon, e Jungkook sempre estava lá para compartilhar do mesmo desejo. Não pouparam palavras ou descrições, falavam com todas as letras o quanto queriam enterrar o pau naquele cu sedento, os dois.
Seokjin era o mais empenhado com suas mensagens, narrando tudo que desejava fazer com Namjoon, o quanto estava ansioso para ver o próprio pau deslizando para dentro de Namjoon junto ao pau do namorado, o quanto queria ver a entrada esticada ao redor das duas rolas que o foderiam tão bem.
Como ele queria colocar Namjoon com o rosto no chão e a bunda para o alto, com as mãos amarradas em suas costas e os pés separados por uma barra longa presa em seus calcanhares. Seokjin queria assistir o pau grosso e pesado pingando no chão enquanto Namjoon tinha a bunda chicoteada, queria vê-lo chorar e babar, com a entrada piscando em desejo pelo que Seokjin e Jungkook poderiam fazer ali.
E Namjoon se alimentava daquelas fantasias como se fossem essenciais para sua sobrevivência. Pensava na sensação de ser arrombado e sentia sua entrada tensionado por antecipação, pensava em Seokjin sob seu corpo, segurando-o firme na cintura enquanto Jungkook o fodia por trás, enfiando o pau no espaço apertado e já ocupado pelo caralho do seu namorado. Namjoon queria sentí-los se movendo em seu interior, queria ouvir os gemidos do casal misturados aos seus, queria aproveitar tudo que tinham para oferecer.
Mesmo que aqueles pensamentos causassem uma ereção que Namjoon não poderia resolver, ele continuava a imaginar. Os prazos de seus projetos estavam chegando, mas Namjoon não conseguia tirar a cabeça dos homens que já vinham roubando seu juízo há tanto tempo, gradativamente até dominá-lo por completo, tornando Namjoon refém do que tanto buscou.
Seokjin era sempre o combustível a mais, parecendo tão obcecado quanto pela ideia da dupla penetração, não poupava Namjoon de nada que passasse por sua mente. Mencionava em toda oportunidade, surpreendendo Namjoon pela barra de notificação com mensagens como “ Quero sentir o pau do meu Jungkook esporrando em cima do meu quando estivermos dentro de você ”, que deixavam Namjoon insano, incapaz de fazer qualquer coisa além de se perder entre as imagens gloriosas sob suas pálpebras fechadas.
Jungkook estava sedento por aquilo também,
A ideia impregnou-se na mente de Namjoon, dominando seus anseios e desejos, fazendo seu cuzinho piscar e o pau endurecer a cada vez que o pensamento cruzava sua mente, estava tão ansioso por aquilo, por finalmente ter a satisfação total de suas necessidades. Sabia que Seokjin cuidaria bem de si e sabia que ele guiaria Jungkook para fazer o mesmo.
Por volta das 17h, Namjoon recebeu a mensagem de Seokjin avisando-o que o homem podia abrir seu pacote misterioso e começar a se preparar para o encontro, prometeu passar as 19:30h para buscar Namjoon.
Com o coração martelando em seu peito, Namjoon finalmente foi até a mesinha ao lado da sua cama, já com uma tesoura em mãos, pronto para descobrir o que Seokjin havia escolhido. Cortou a embalagem devagar e com cuidado, logo retirando as peças de roupa bem dobradas, cada uma envolta por um papel avermelhado, sobre uma delas havia um cartão escrito à mão e Namjoon quase derreteu com o que estava ali.
"Estamos ansiosos para te ver, Namjoon-ah. Temos certeza que, vestido com os melhores tecidos, você vai ficar tão belo como nunca.
Você merece ser adornado por tudo que seja tão valioso quanto a sinceridade dos seus sentimentos.
Esperamos que, a partir de hoje, seja nosso .
Kim Seokjin & Jeon Jungkook"
Namjoon sorriu enquanto encarava as letras distintas, tanto nas frases quanto nas assinaturas, suspirou pesado, sentindo aquele alívio tomando conta de seu corpo. Seokjin e Jungkook o queriam, o desejavam, e estava tudo bem querer e desejar de volta, na mesma intensidade.
Tomou seu banho enquanto cantarolava as mais variadas canções, estava feliz, verdadeiramente feliz, e igualmente ansioso. Fez a barba e aplicou loção corporal, aquela com aroma de melancia, doce, mas sem ser intoxicante, deslizou o creme por suas pernas, sentindo a maciez da pele bem depilada, sentindo-se lindo por inteiro e com a certeza de que o casal acharia o mesmo.
Voltou para o quarto ainda nu, mas logo estava desembalando cuidadosamente cada uma das peças escolhidas por Seokjin — e provavelmente por Jungkook também. Vestiu a cueca preta que acolheu suas coxas perfeitamente, a assertividade não o surpreendeu, uma vez que Seokjin já havia exigido todas as suas medidas anteriormente. A calça social era simples, porém um pouco mais apertada do que Namjoon costumava vestir — seu pau grande marcava fácil —, as coxas grossas foram muito bem delineadas pelo tecido leve e reto, que fazia as pernas de Namjoon parecerem ainda mais longas.
A camisa foi uma surpresa, igualmente preta, mas o tecido era levíssimo e o decote ia quase até a metade do peitoral de Namjoon, além de ter o colo bastante aberto, exibindo as belas clavículas do homem. Quando o tecido da camisa estava por baixo da calça, deixava o quadril largo bem marcado e Namjoon gostava daquele jeito. Passou o cinto simples pela calça e apanhou o paletó igualmente preto, mas uma estampa geométrica quase imperceptível, era bonito, bem forrado e de aparência cara.
Namjoon achou que estava pronto, porém, uma última embalagem, menor e com outro bilhete, chamou sua atenção.
" Nosso. "
Era a única coisa escrita no cartão branco. Namjoon removeu o adesivo redondo que mantinha o papel no lugar e revelou uma gargantilha de seda com um belo fecho dourado e um detalhe entalhado.
KSJ & JJK
Sorriu pela enésima vez naquele início de noite, tomando o tecido entre seus dedos, que quase deslizou em sua palma. Foi para frente do espelho enquanto vestia a gargantilha, ajustando-a sobre sua pele, sentindo a maciez em seu pescoço.
Lindo, estava incrivelmente lindo.
Não muito depois, Seokjin estava ligando para avisar que já estava na portaria e Namjoon deixou sua casa com pressa, ansioso demais para ver Seokjin e Jungkook depois daquela longa semana. Estava apreensivo, o estômago mais uma vez tomado por aquele bater de asas que lhe causava um revirar quase incômodo, mas respirava fundo e tentava relaxar enquanto o elevador descia.
Seokjin estava o aguardando no saguão, impecável dos pés a cabeça, vestindo um paletó branco sobre a camisa preta e transparente que usava por baixo, os botões do paletó estavam bem fechados, deixando apenas o início do seu tórax amostra. Vestia uma simples calça social branca e sapatos sociais pretos e brilhantes. Um relógio adornava seu pulso e o cabelo preto caia em metade da sua testa, a outra parte estava bem penteada para trás, exibindo sua sobrancelha que trazia aquela característica firme ao seu olhar.
Tinha uma mão enfiada no bolso enquanto conversava calmamente com o porteiro, mas se calou assim que os olhos caíram em Namjoon. Pediu licença, educado como sempre, e se aproximou do outro em passos largos.
"Será que o Jungkook vai ficar com ciúme se me ouvir falando a noite toda que você é o homem mais bonito que eu já vi na vida?" Foi a forma de Seokjin dizer 'boa noite'.
Namjoon sorriu timidamente, esticando os lábios e exibindo aquelas duas covinhas lindas, abaixou a cabeça enquanto ria soprado.
"Eu acho que ele vai só concordar." Namjoon disse em tom de brincadeira, o que fez Seokjin lhe exibir um sorriso amplo.
"Não tem muita opção além dessa, você tá incrível."
"Graças ao bom gosto de vocês, Jin-hyung." Namjoon disse, sentindo as bochechas aquecidas.
"Ah, com certeza..." Seokjin se aproximou um pouco mais, levando dois dedos para o tecido adornando o pescoço do mais novo. "Isso aqui..." Deslizou os dígitos sobre a seda, fazendo Namjoon prender a respiração. "Me faz querer te beijar."
"Então beija." O outro soltou junto a sua respiração, Seokjin riu, encantado.
"Infelizmente, ele me fez prometer que seria o primeiro a fazer isso."
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Após Seokjin abrir a porta de seu carro esportivo, Namjoon tomou o assento no banco traseiro, ao lado de Jungkook, que estava igualmente bem vestido. Sob a falta de iluminação do carro, Namjoon não conseguia captar detalhes das roupas do mais novo, mas a gargantilha que enfeitava o pescoço dele era bastante chamativa. Uma tira fina em vermelho, em um material que imitava o couro, com pequenos spikes por toda sua extensão, contrastava com sua pele amendoada e combinava com o vermelho esfumado em suas pálpebras.
A beleza de Jungkook era de tirar o fôlego, tão intensa e marcante quanto a de Seokjin. Seus lábios bem esculpidos estavam cobertos por um lipbalm, fazia a boca cintilar, o arco do cupido bem ressaltado por um iluminador, assim como o lábio inferior, naturalmente mais proeminente, estava mais destacado com o rosado do lipbalm. Namjoon só sabia concluir que era um homem de sorte.
Sorte por ter aqueles olhos o encarando com a luxúria estampada nas íris escuras. O Jeon arrastou a língua pelo interior da bochecha, olhando Namjoon por inteiro, devorando-o ao simplesmente o assistir. Sussurrou um ‘boa noite, Namjoon-hyung’ que foi respondido com um ‘Boa noite’ sorridente.
Seokjin estava sentado no banco do motorista e olhou pelo retrovisor antes de dar partida no veículo, observando o brilho lascivo nos olhos de seu garoto.
“Coloquem os cintos.” Ele ordenou.
Jungkook estava inquieto. Batucava o pé sem parar, o olhar incapaz de deixar Namjoon, passeando pela quantidade de pele exposta, seguindo a linha do peitoral até chegar ao pescoço, ali onde a bela e sofisticada gargantilha de seda embelezava — ainda mais — o homem.
Namjoon, por sua vez, tinha os olhos perdidos no exterior do carro, no trajeto que faziam, apenas porque não queria pensar demais.
A presença dos dois era quase intoxicante, o deixava em um estado que se aproximava da embriaguez, ser observado constantemente por Jungkook lhe causava reações já esperadas, fantasias recorrentes sobre o próprio corpo sendo abusado pelo casal, o cuzinho sendo maltratado pelos dois paus, sendo fodido até seu limite, até chorar de prazer.
Respirando fundo, Namjoon finalmente moveu-se em seu lugar, disposto a iniciar uma conversa para acabar com o silêncio, que, para ele, estava sendo um tormento. Porém, ao voltar seus olhos para Jungkook, quase temeu por sua integridade física. O garoto o olhava como se quisesse o devorar, a face nublada pelo desejo, respirando com dificuldade como quem precisava se conter.
E Jungkook realmente precisava.
“Porra, hyung, eu quero tanto foder você.” Ele deixou escapar em um tom baixo e grave.
“Jungkook.” Seokjin disse em tom de alerta.
“Por que você colocou isso no pescoço dele? Eu quero devorar ele inteiro, caralho, Jin-hyung.” O mais novo resmungou, cruzando os braços sobre o peito e adquirindo uma expressão emburrada ao que afundava em seu lugar.
“Será que você pode agir feito um ser humano por uma noite?” A voz do mais velho não expressava raiva, mas sim diversão, ele ria descontraído.
“Mas eu quero tocar ele, porra, hyung, porra!” Jungkook apertou as próprias coxas em frustração. Ele não podia tocar Namjoon, não até Seokjin permitir, não até terem certeza sobre o que Namjoon queria. O que significava um caminho e um jantar tortuosos para o Jeon.
“Não liga pra ele, Joon.” Seokjin disse, rindo ao que olhava pelo retrovisor, encontrando um Namjoon um tanto tímido, mas cujo olhar demonstrava aquele mesmo desejo quase animalesco. “Esse moleque não tem mais jeito, ele é um puto, só sabe pensar com a merda desse pau.”
Jungkook revirou os olhos. “Como se você não tivesse escolhido essa blusa pra ele só pra me provocar.”
“Você é tão arrogante em achar que eu faço tudo pensando em você. Só você faz isso, Jungkook.” Seokjin adorava provocar o mais novo apenas para ver aquela carinha emburrada.
“Gostou da minha roupa, Jungkook-ah?” Namjoon pronunciou-se pela primeira vez desde os cumprimentos. Sua voz saiu rouca, mais até do que intencionava, e Jungkook sentiu o arrepio percorrer sua espinha, seus olhos grandes focados em cada movimento da boca de Namjoon. “Se você se comportar, talvez eu tire elas pra você mais tarde.”
Seokjin gargalhou no banco da frente, Jungkook estava tão fodido.
O mais novo nada falou, apenas engoliu em seco, pego de surpresa pela súbita confiança de Namjoon ao dizer tudo sem vacilar. E, novamente, por Namjoon, Jungkook decidiu que valia a pena ser um bom menino e ceder.
Namjoon pediu para colocar músicas para tocar e assim o clima tenso se dissipou quase por completo, permanecendo apenas na mente de cada um, habitando os pensamentos feito um parasita muito bem-vindo.
O trajeto foi feito de forma tranquila, Seokjin comentava sobre o seu trabalho como editor em uma revista famosa no país, Jungkook contava sobre os planos de iniciar uma segunda graduação e Namjoon aproveitou para contar um pouco do seu progresso artístico.
Conversar com os dois era sempre fácil, mas nenhum deles estava habituado com aquela proximidade extrema, não que causasse estranheza, pelo contrário, era reconfortante e satisfatório saber que podiam confiar um no outro.
Chegaram ao restaurante e o queixo de Namjoon quase foi ao chão. Não era apenas luxuoso, era provavelmente o lugar mais chique que já havia visto em sua vida. Agradeceu mentalmente por Seokjin ter escolhido suas roupas, nunca conseguiria se vestir a altura de um lugar como aquele sozinho.
A fachada era moderna, parte em madeira brilhante e parte feita de vidro, este que refletia as luzes da cidade. As mesas externas estavam todas ocupadas e o interior parecia igualmente bem preenchido, mas não havia com o que os três se preocuparem, Seokjin havia feito uma reserva com bastante antecedência, uma mesa privada os aguardava.
Talvez fosse apenas impressão de Namjoon, mas sentia como se todos os olhos estivessem voltados para si, até compreendia, estava incrível, a última vez em que esteve tão bem vestido foi durante o casamento da sua irmã. Namjoon sempre optava pelo conforto ao invés do luxo, mas naquela noite, as roupas sofisticadas que abraçavam seu corpo eram extremamente bem vindas.
Foram bem recepcionados e guiados até a mesa reservada, Seokjin tomou a mão de Jungkook para dentro da sua e, para a surpresa de Namjoon, fez o mesmo com ele, entrelaçando seus dedos, mesmo que Namjoon caminhasse um pouco atrás pela falta de espaço. Sentiu um sorriso ameaçando irromper, tamanha a felicidade que um gesto pequeno como aquele lhe trazia.
Acomodaram-se em seus assentos — Jungkook e Namjoon de frente um para o outro e Seokjin na lateral — e pouco depois Seokjin estava pronto para fazer os pedidos. Jungkook lançou um olhar malicioso em direção a Namjoon enquanto a garçonete anotava tudo que Seokjin ditava. O garoto ergueu uma sobrancelha e arrastou a ponta do seu sapato pela panturrilha de Namjoon, que só soube corar enquanto fingia casualidade.
Seokjin, que não era nem cego e nem burro, levou uma mão para a coxa do namorado e apertou com força considerável, continuando a conversa com a funcionária, como se nada ocorresse — e não deveria ocorrer. Jungkook retraiu sua perna, bufando em frustração, estava desesperado por Namjoon.
“Sem bebida alcoólica, hyung?” O mais novo questionou assim que a garçonete se afastou, bebericando o copo de água gelada disposto sobre a mesa.
Namjoon, que sequer havia notado aquele detalhe, sentiu um arrepio seguir por toda sua espinha. Era óbvio o que aquilo significava.
“Ao contrário de você, sou um homem responsável.” Seokjin provocou, como de costume, aquele era mesmo seu passatempo.
“Tirou a noite pra me humilhar? Que delícia.” O mais novo respondeu, uma sobrancelha levantada em tom desafiador.
Namjoon adorava observá-los, era igualmente divertido e excitante. A dinâmica dos dois era leve, tudo natural, as conversas no grupo dos três fizeram Namjoon notar que até mesmo aquelas implicâncias faziam parte da forma dos dois demonstrarem carinho um pelo outro, era o jeito deles se amarem, e Namjoon estava longe de ser alguém para criticar.
“Espero que tenha algo planejado pra mim também, hyung.” Namjoon disse, tinha o rosto apoiado em sua palma e o olhar totalmente perdido pelas feições perfeitas do mais velho.
“É claro que eu tenho, Joonie.” O retesar do corpo foi uma reação natural ao que Seokjin pressionava uma mão em sua coxa, puxando-a brevemente, afastando as pernas devagar e palmeando o interior da fartura de músculo. “Pra você guardei todos os elogios e todo o meu carinho, você se comportou direitinho essa semana, não foi?”
“Sim, hyung...” Namjoon precisou respirar fundo antes de prosseguir, a palma grande ainda deslizando no interior de sua coxa. “Eu não me toquei, como você mandou.”
“Bom... Muito bom, Joon. Você é ótimo, faz o hyung muito feliz, sabia?” O tom suave de Seokjin causava mais e mais arrepios em Namjoon, sentia a pele tornando-se mais sensível, mais quente, em resposta ao aperto em sua perna se tornava mais intenso. “Tudo isso porque você quer sua recompensa, não é? Quer o hyung e o Jungkook te fodendo, não quer?”
“Não consegui parar de pensar nisso um segundo.” Namjoon confessou naquela voz exasperada. “Eu quero tanto, hyung. Isso não sai da minha cabeça.”
“Ah, eu sei...” Seokjin sorriu e afastou seus dedos, fazendo Namjoon suspirar em um misto de frustração e alívio. O toque estava o afetando demais, os dedos antes tão próximos de sua virilha, da curva da sua bunda. “Viu, Jungkook-ah, deveria aprender com o Joonie a ser um bom submisso, ele vai ganhar tudo que quiser de mim.”
“Eu não preciso ser bom pra ter tudo que eu quero de você.” Ah, Jungkook não media suas palavras, não quando estava sob zero ameaças, quando não tinha um vibrador em sua bunda e Seokjin não podia usar nada além das palavras para o afetar.
Seokjin deslizou a língua sobre seus dentes enquanto desviava o olhar e balançava a cabeça em negação. “Jungkook...” Ele disse, suave e gentil, mas quando voltou a olhar para o mais novo, deixou bem claro a seriedade de cada palavra que veio em seguida. “Continua com esse comportamento e eu vou foder o Namjoon bem na sua frente enquanto você vai tá amarrado, acorrentado, sem poder sequer sonhar em tocar nele, eu vou destruir cada parte dele enquanto você não vai ter permissão pra sequer respirar, entendeu?”
Namjoon estremeceu e seu pau dando uma leve guinada foi uma reação inevitável. O tom rígido de Seokjin, o olhar firme e aquela ameaça carregada de intensidade, tudo era motivo para o corpo de Namjoon agir contra sua vontade. Ele desejava aquilo, queria tudo, queria ver Jungkook sob o total comando de Seokjin, incapaz de fazer qualquer coisa além de observar, era um pensamento delicioso, e Namjoon queria, estava desesperado por todas as experiências que o casal tinha a lhe proporcionar.
“Não sei, Seokjin, talvez você tenha que falar um pouco mais perto, com mais convicção dessa vez.” Namjoon se impressionou com a resistência de Jungkook, se fosse ele no lugar do garoto, já estaria de joelhos implorando por misericórdia.
“Filho da puta.” Seokjin rosnou.
“E você não vai me impedir de coisa nenhuma. Não vai negar meu pau ao Namjoon, não vai negar a vontade dele de ser comido por nós dois.” Jungkook continuou a desafiar o dominador.
“Se eu quiser usar esse pauzinho que você tanto gosta de se gabar, eu vou, e a única coisa que você vai fazer é permitir. Você é meu , Jungkook, e eu vou te usar como eu quiser.” Cada palavra proferida por Seokjin carregava consigo uma confiança e firmeza que Namjoon jamais conseguiria reproduzir. Era confiante, sim, mas não conseguiria ditar algo daquela forma, não conseguiria rebater uma provocação sequer.
Jungkook planejava responder algo a mais, porém as entradas chegaram e os funcionários interromperam a conversa amigável entre o casal. Seokjin lhe exibiu uma sobrancelha erguida, como quem o desafiava a continuar, e Jungkook estava pronto para abrir a boca quando um Namjoon vermelho e trêmulo derrubou o hashi que usava para beliscar um mandu.
O mais velho riu, ajudando a funcionária que se apressava para juntar o talher e substituí-lo na mesa.
“O-obrigado.” Namjoon disse, claramente envergonhado. Ele permaneceu parado, apenas o pé batucava o chão inquietamente, enquanto a garçonete terminava de dispor os pratos sobre a mesa. O casal também agradeceu e logo estavam sozinhos novamente.
“Nervoso, Joon-ah?” Seokjin questionou antes de levar um dos bolinhos até sua boca, e até mesmo o mastigar lento parecia uma tentação para Namjoon, principalmente com aqueles lábios rosados chamando toda a atenção, levando-o a salivar por fome daquela boca.
“Mais pra ansioso.” Namjoon riu baixo, tentando acalmar as batidas do próprio coração.
“Ah, é? Pra que?” O dono da pergunta foi Jungkook, que mastigava calmamente. “Por acaso você tá pensando sobre aquilo ?”
A falta de especificidade foi proposital, ele queria deixar a mente de Namjoon trabalhar as opções, principalmente aquela que já estava muito bem inserida em sua mente e foi a primeira a acender em seu pensamento, uma centelha brilhante em meio a escuridão de seus inúmeros desejos profanos. Namjoon não precisava de incentivo para deixar sua imaginação o guiar. Ele engoliu em seco e travou o maxilar de uma forma que Jungkook considerava ilegal.
O trajeto do seu pensamento já estava muito bem calculado, configurado em seu inconsciente, sempre preparado para encher sua mente com imagens distintas, mas com aquela única — não exatamente — coisa em comum. Seu corpo sendo tomado por mãos, dois pares delas, aquelas de dedos longos e unhas bem cuidadas, elegantes e cuidadosas, também aquelas de veias saltadas, dedos marcados por tatuagens e o toque rude, mas que agradava Namjoon da mesma maneira.
Em seus sonhos molhados, ele era rodeado pelos outros dois corpos que cuidavam de si com devoção, provocavam seus sentidos como sabiam que seria do seu agrado e quando finalmente lhe davam tudo que queria, era que Namjoon sentia-se completo, cheio. Imaginar os dois paus em seu interior tornou-se parte de sua rotina, e, estando diante daquela mesa, na companhia dos dois homens que ocupavam seus devaneios, a situação não teria como ser diferente.
“Ah, Joonie, você tá tão desesperado pra ser comido.” Seokjin sorria ao dizer, o estado do homem lhe trazia satisfação em adianto, pois significava que estava cumprindo seu papel naquela relação pouco estabelecida. “Eu gosto disso, gosto de saber que você vai implorar pra que a gente te foda, só vê se não goza assim que a gente enterrar nossos paus em você.”
Namjoon mordeu o lábio inferior com força considerável, contendo um gemido, sentindo os olhos arderem com lágrimas. Estava mesmo desesperado, sedento, faminto, e não acreditava ser capaz de seguir aquela última ordem, seu corpo estava sensível e traiçoeiro, apenas por esfregar as coxas umas nas outras Namjoon já sentia seu cuzinho contrair e relaxar, o pau fisgando sob a calça social.
“Você tem que servir a gente bem, hyung. Eu quero usar esse seu buraco até cansar, e se depender de mim, gozar vai ser a última coisa que vai fazer.” Jungkook disse com aquela casualidade em seu tom, como se falasse sobre as coisas mais corriqueiras — e ele desejava que comer Namjoon se tornasse uma.
Seokjin sorria, lentamente balançando a cabeça em negação, Jungkook não dava tréguas em suas investidas e naquele momento Seokjin não quis impedi-lo, não quando Namjoon se tornava uma bagunça de timidez e desejo, o conflito tão belo estampado em seu rosto.
“Eu vou, Kook-ah... Vou fazer tudo que quiserem, como quiserem.” Namjoon conseguiu dizer, muito mais do que acreditava ser capaz.
O jantar seguiu da forma mais serena possível, Seokjin e Jungkook eram incapazes de abandonar as provocações, tanto entre eles quanto em relação a Namjoon, e aquilo não deixava espaço para ele relaxar completamente, mas ao menos conseguiu controlar, de forma mínima, as reações de seu corpo. Distraiu-se com a comida deliciosa e tentou ao máximo não pensar demais, a fim de evitar uma de suas recorrentes ereções indesejadas.
As conversas seguiam um ritmo confortável e descontraído, contavam histórias, experiências, cada um dedicado ao ouvir o outro, distribuindo atenção pela mesa de forma recíproca e acolhedora. Namjoon não se sentia alguém alheio, um intruso, era extremamente bem vindo e cada gesto de Seokjin e de Jungkook demonstrava isso.
Os sorrisos afetuosos, os toques discretos e íntimos, sem qualquer teor sexual, os olhares que transmitiam uma infinidade de sentimentos e desejos. Tudo criava em Namjoon aquele senso de pertencimento, como se não houvesse outro lugar no mundo em que se sentisse tão completo.
“Ser um sugar baby tá incluso no pacote de ser seu submisso? Porque esse é o lugar mais caro que já frequentei na minha vida, só de sentar nessa cadeira eu me sinto rico.” Namjoon comentou risonho enquanto comia sua sobremesa. Seokjin sentiu o sorriso ameaçando irromper por ouvir as palavras ‘seu submisso’ deixarem a boca do homem e Namjoon foi atingido por uma súbita insegurança infundada. “Quer dizer... Eu sei que eu não sou seu submisso, foi só uma maneira de falar... Desculpa.”
“Namjoon.” Seokjin se inclinou na direção do mais novo, o olhar sério como a voz. “Você leu o que escrevemos no bilhete?”
“Sim, hyung. Por quê?”
“Você leu tudo? Cada frase?” A mão do mais velho foi para o antebraço de Namjoon, acariciando ali devagar.
“Li sim, Jin-hyung.” Ele respondeu, balançando a cabeça devagar.
“E o que tava escrito lá, hein?” Os dedos dele deslizaram de forma suave pelo tecido do paletó de Namjoon.
“Hm, que vocês estavam ansiosos para me ver e algo sobre roupas caras me deixarem ainda mais lindo.”
“Só isso?” Foi Jungkook a questionar. “Eu lembro exatamente as palavras que usei, e sei que não se resumiam só a isso, Namjoon-hyung.”
“Esperamos que seja nosso.” Seokjin falou, baixo e sem encarar Namjoon a primeiro momento, os olhos focados no próprio colo, mas que logo seguiram pelo corpo do outro, devorando-o com aquele olhar penetrante, profundo e sincero, extremamente sincero.
“E-Eu achei que era só sobre sexo...” Namjoon disse ao que cutucava o interior da sua bochecha com a língua, um tanto nervoso. Ele havia sim, tirado uma conclusão ou outra sobre o conteúdo daquele bilhete, mas, no fim, decidiu aceitar o que parecia mais alcançável, mais realista.
“É sobre sexo, com certeza. Mas não só sobre isso.” Seokjin iniciou sua explicação que buscava sanar as dúvidas que Namjoon nutria sobre tudo aquilo, tentava dar um fim a sua insegurança que era totalmente compreensível. “Eu gosto de você, Joon-ah, e o Jungkookie também, ele sempre gostou, e talvez tenha sido a convivência com ele que me ensinou a gostar de você, ouvir ele tagarelando sobre o quanto você é incrível em tantos aspectos... Mas de onde isso veio não importa tanto agora, porque eu sei da sinceridade do que eu sinto, sei o quanto meu coração acelera toda vez que eu te vejo e só consigo concluir que, meu deus, como eu te quero...”
O sorriso que ocupava o rosto de Seokjin era um dos mais bonitos que Namjoon já havia contemplado, era de uma sinceridade escancarada, a verdade escrita em cada linha dos seus lábios chamativos. Ele encarava Namjoon com a mesma intensidade em seus olhos castanhos e brilhantes.
“Eu sei que isso é uma loucura, nós somos amigos há anos, convivemos há anos e tudo aconteceu de uma maneira meio súbita apesar de bem pensada.” Ele continuou, riu baixo ao final da frase. “Mas é o que é, é o que sinto, o que Jungkook sente, e o que não vamos hesitar em reafirmar todas as vezes que você quiser. Eu entendo qualquer que seja a sua insegurança, entendo se não quiser se aprofundar nisso agora, se não quiser transar com a gente tão cedo, eu entendo tudo, Namjoon-ah. Só vai ser difícil entender se você não quiser nada, mas, ainda assim, iria me esforçar. Tudo que eu quero, que o Jungkook quer, é que você esteja feliz e satisfeito.”
Namjoon sentiu o coração vibrar sob a caixa torácica, ameaçando irromper, explodir, tamanha a felicidade que o preenchia e dominava. As lágrimas arderam em seus olhos e ele piscou rápido, tanto para espantá-las, quanto para garantir que o acontecia diante de si era real, palpável e real. Procurou palavras, separando os lábios por vezes seguidas, mas sem saber o que dizer, como responder a algo que era muito mais do que esperava ouvir.
Ele esperava sexo satisfatório, diversão, realização de seus desejos e fantasias, prazer e mais prazer. Mas, mesmo com as declarações já tão explícitas do quanto o casal o queria, Namjoon não permitia que a mente fosse longe demais, que montasse cenários além dos sexuais e criasse expectativas de algo que parecia tão fora do seu alcance. Mas, ali, diante dos sentimentos que lhe foram escancarados, Namjoon se permitiu não apenas desejar sem culpa, mas, também, sentir.
“Hyung...” Ele deixou escapar um suspiro que deixava explícito o seu alívio. Era como se, por todo aquele tempo, durante a extensão daquelas semanas tortuosas, Namjoon estivesse prendendo o fôlego, controlando a si mesmo, mas, agora, podia finalmente respirar, livre dos pesos e amarras. “Jin-hyung, Jungkookie... Droga, eu nem sei o que dizer.” Ele riu soprado e os outros o acompanharam, a mão do mais velho continuava a acarinhar seu antebraço devagar. “Eu só... Quero tanto beijar vocês.”
“Então tudo bem se a gente ir pra casa?” Seokjin perguntou, o olhar movendo-se por todo o rosto de Namjoon, a gana estampada em sua expressão que causava no outro a sensação de estar a derreter, sendo consumido pelos olhos flamejantes, quase brilhando em vermelho por desejo.
Seokjin se permitiu admirar Namjoon, moveu sua atenção para as clavículas expostas, o início de seu peitoral, a pele banhada pelo sol chamava total atenção do mais velho, assim como a de Jungkook, que adorava ver aquele sentimento, o ímpeto de devorar Namjoon estampado por toda a expressão do seu namorado.
“Com certeza, vamos.” Namjoon respondeu, balançando a cabeça em afirmação.
“Finalmente.” Jungkook disse em um suspiro.
O mais velho apertou o botão na lateral da mesa de madeira na intenção de pedir a conta, querendo encerrar aquele jantar que já havia sido longo demais , ele não conseguia mais resistir à tentação que era Namjoon, não conseguia resistir ao desejo de realizar os seus inúmeros pensamentos envolvendo Namjoon e Jungkook.
Não muito depois, eles estavam adentrando o carro de Seokjin, ele logo tomando o banco do motorista, Namjoon e Jungkook novamente no banco de trás, e a proximidade dos seus corpos ao sentarem no banco espaçoso foi totalmente proposital. Namjoon juntou suas pernas, esfregando os joelhos devagar, procurando um pouco de atrito entre seu pau semi rígido e a sua calça apertada, agora a escolha de Seokjin era extremamente bem vinda.
Jungkook estendeu-se para a parte dianteira do carro antes de Seokjin dar partida, abriu o porta-luvas, retirando dali um pacote de lenços umedecidos que o casal sempre mantinha no carro. Já eram muito familiares com seus hábitos, com as preferências um do outro.
O Jeon voltou para seu banco, acomodando-se e abrindo o pacote de lenços com certa pressa. Arrancou dois deles e esfregou nas próprias mãos, nas palmas e entre seus dedos, meticuloso como sempre, cuidadoso ao máximo.
“Eu posso tocar nele, Seokjin-hyung?” Jungkook tinha o olhar fixo na marca crescente na calça de Namjoon, o garoto esfregava uma mão contra a outra, um lenço entre elas, era sua forma de se conter. Respirou fundo, virando-se para um Seokjin inabalado, ele girava a chave do carro para que chegassem logo em casa. Jungkook, enfim, questionou: “ Senhor , eu posso, por favor, tocar nele?”
Seokjin engoliu em seco e o seu pau pulsou dentro da calça. Jungkook não implorava, não pedia por favor. Ainda assim, estava pedindo, somente para dominar, para satisfazer Namjoon. E o dominador não podia negar algo que seu garoto queria tanto .
“Sim, Jungkook, você pode.” Ele olhou brevemente pelo retrovisor, observando o desejo brilhando nos olhos de Jungkook enquanto seu corpo se movia na direção de Namjoon.
As mãos foram imediatamente para as coxas de Namjoon, apertando a carne, sentindo os músculos fortes sob seu aperto, fazendo o corpo grande relaxar sobre o banco do carro, separando as pernas assim que as mãos de Jungkook ameaçaram tocar o interior das suas coxas.
“Tá louco por isso, não tá, hyung?” Jungkook questionou com desespero em sua voz, quase rosnando enquanto seu corpo chegava cada vez mais perto de Namjoon. “Você tá faminto pelo meu pau, né? Não vê a hora de eu enfiar ele todo nesse cu...”
A mão do Jeon acompanhou a cadência de sua fala, subindo para a virilha e pressionando devagar a ereção agora muito bem marcada, sentindo o caralho grande, grosso e quente dentro de sua palma. Namjoon agarrou o paletó de Jungkook com uma mão, a outra agarrando o banco como podia, seus lábios fartos separaram-se apenas para suspirar, contendo o gemido que ameaçou escapar, o corpo dele tremia vagarosamente sob o toque do mais novo.
Jungkook deixou os dedos seguirem para o cinto de Namjoon, logo se desfazendo do acessório e da limitação que ele e o botão da calça impunham, desceu o zíper com pressa, invadiu a roupa, afastando-a como melhor conseguia, até ter uma visão bem mais acessível do pau de Namjoon ainda sob a cueca preta.
Ele arrastou um digito pelo contorno duro, rodeando a cabecinha e sentindo a pequena marca de pré-gozo no tecido, Namjoon deixou o primeiro gemido baixo escapar quando Jungkook pressionou a glande devagar, apenas para ter mais da sensação daquele pau duro e grosso, exageradamente grosso.
“Vai ser tão bom ter você na minha boca...” Jungkook sussurrou, Seokjin espiou pelo retrovisor e quando se aproximaram de um sinal vermelho, ele soltou um palavrão em alívio.
Olhou para o banco de trás, encontrando aquela expressão de puro desejo em Namjoon, o peitoral subindo e descendo de forma notória, estava quase todo exposto, afinal. “Por que não usa essa sua boquinha gostosa pra algo mais fácil no momento? Olha o quanto de pele seu dono deixou amostra pra você, não vai aproveitar?”
“Ah, então você realmente vestiu ele todinho pra mim? Deixou ele pronto pra eu devorar?” Jungkook continuava com a fúria em seu tom, com o desejo, a fome, e isso o levava a quase rosnar cada fala, tudo soando desesperado, instintivo demais.
“Se meu garoto quer um brinquedinho novo, você acha que eu vou hesitar em dar?” Seokjin disse com um sorriso preso no canto de seus lábios rosados e carnudos, os olhos conectados aos de Namjoon, devorando a satisfação em seu olhar ao ouvir cada palavra.
Namjoon estava bem com aquilo, com a ideia de ser usado por Jungkook, de ser realmente seu brinquedo, facilmente manuseado e guiado da forma que ele quisesse.
Se Jungkook queria chupá-lo no banco traseiro do carro enquanto Seokjin dirigia com cautela — porém o mais rápido que conseguia — então Namjoon estaria totalmente disposto a permitir aquilo.
Para a frustração de Namjoon, Jungkook manteve a boca longe do pau, mas levou todo o corpo para mais perto; ele montou no colo de Namjoon, os joelhos abraçando quadril do homem, e Namjoon gemeu apenas pela pressão das coxas poderosas contra as suas, sentindo os músculos fortes de Jungkook lhe apertando, cercando e mantendo muito bem parado.
“E pensar que esteve assim a noite toda...” Jungkook sussurrou, correndo um dedo pela clavícula de Namjoon, arrepiando a pele sensível e morna. “Mostrando tudo… Esse pescoço pedindo por uma marca minha” deslizou seu dedo pelo interior da gargantilha de seda. “Pertencer ao Seokjin-hyung só te deixa mais gostoso, sabia?”
Jungkook deixou que suas duas mãos envolvessem o rosto de Namjoon, brandas em comparação às chamas que incendiavam seu peito, polegares afundando nas maçãs da face, ele encarou o homem por um tempo, atencioso ao observar cada atributo daquele rosto covardemente belo, até finalmente juntar seus lábios em um beijo, a princípio, calmo.
Suspiros e murmúrios encheram o carro, o contato dos lábios era um oásis. A mente de Namjoon gritava que aquilo era tudo ele que precisava, provar da boca de Jungkook até conhecer cada virada de sua língua.
Impaciente, Jungkook buscou o melhor encaixe entre as bocas, sentindo a maciez daqueles lábios carnudos, o adocicado da sobremesa ainda presente no interior da boca de ambos, e o sabor, daquele jeito, era inigualável.
O controle era todo de Jungkook, que bagunçava os fios de Namjoon entre seus dedos, ofegando entre o beijo e sua outra mão irrompendo sob a camisa dele. Namjoon só permitia, derretendo sob a força do garoto, deixando que ele enfiasse a língua em sua boca com desespero, lambendo seus lábios, chupando a sua língua para ele; queria devorá-lo, era nítido, e Namjoon se deixaria ser consumido por inteiro.
Largando o estofado firme do banco de couro, que já estava machucando seus dedos, as mãos de Namjoon foram para a bunda de Jungkook, apertando e recebendo um grunhido de desaprovação vindo do garoto, que se afastou com um estalo entre o beijo.
“Eu não deixei você me tocar, Namjoon” Indignado, ele tomou os pulsos de Namjoon e levou para as suas panturrilhas, espalhando um pouco mais os joelhos e relaxando todo seu peso no colo de Namjoon. O homem estava fora de órbita, a mente mal registrando o que fez para desagradar seu garoto, Namjoon estava entregue, só conseguia se concentrar no calor da virilha de Jungkook tão próximo do seu pau, as mãos quentes dele queimando sobre as suas.
“Deixa essas mãos aqui” Jungkook mandou, antes de começar a mover o próprio quadril, rebolando devagar, como o espaço limitado permitia, buscando a melhor forma de sentir o contorno do pau grosso contra sua bunda.
“Porra...” Jungkook grunhiu, sentindo as mãos apertando mais forte contra suas panturrilhas. “Seu... Pau...” Jungkook expirava as palavras no ritmo em que esfregava sua bunda sobre o caralho duro. “É tão, tão grande. Não me canso de falar, porque... Puta merda.”
Jungkook levou as mãos para os ombros de Namjoon, usando-o de apoio para que pudesse rebolar melhor, movendo o quadril em círculos propositalmente lentos, sentindo a espessura esfregando contra seu corpo ainda totalmente contido por roupas inúteis.
Ele grunhia e gemia soprado, em conjunto com os sons satisfeitos de Namjoon, que apertava os músculos firmes das panturrilhas do Jeon, o polegar deslizando sobre a carne devagar, expressando ao menos dez por cento de sua real vontade, do tamanho de seus desejos.
A pele exposta de Namjoon era como uma benção, uma que Jungkook iria aceitar de tamanho bom grado, e por mais que toda a visão de Namjoon e suas clavículas, sua pele dourada e macia, fosse uma descrição celestial, Jeon duvidava que a origem daquele homem era angelical.
Ah, não mesmo, Namjoon era mais como um demônio, esculpido de lava fumegante, o corpo moldado do próprio inferno, tão quente e pecaminoso quanto.
O garoto cobriu o pescoço de Namjoon com seus beijos, com seus lábios delicados que causavam inúmeros arrepios no mais velho, Jungkook chupou a pele e marcou logo acima da gargantilha, vendo o vermelho contrastar com o preto sedoso, ambos brilhando, a derme molhada pela saliva do Jeon e ele não estava nem próximo de estar satisfeito com a bagunça que causava em Namjoon.
Ele lambeu a pele doce, banhada pelo cheiro delicioso de melancia, a loção embriagante e cativante, causando um impulso ainda maior em Jungkook e seu desejo de marcar Namjoon por inteiro. Deixou a língua deslizar por toda a lateral do pescoço grosso, satisfazendo-se com os gemidos de Namjoon e a sensação da pele quente sob sua língua igualmente em chamas.
“Delicioso.” Ele sussurrou contra a orelha de Namjoon antes de guiar seus lábios para a clavícula direita, arrastando-os pelo contorno do osso bem delineado, ainda que um tanto encoberto pelos músculos do tronco de Namjoon. “Tão...” Jungkook chupou a pele mais uma vez, causando um arfar alto no mais velho. “Lindo...”
Os gemidos de Namjoon enchiam o ambiente, o espaço diminuto que existia entre os dois e Seokjin, que lutava contra sua vontade de encostar o carro e foder Namjoon contra o capô dianteiro.
Com os faróis ligados, expondo aquele corpo sedento para qualquer um que passasse pela estrada, abrindo aquele cu com seus dedos molhados e preparando-o para ser fodido por Jungkook.
O pau latejava dentro de sua calça ao mero pensamento e ele precisava tocar-se minimamente, apenas um acariciar leve sobre sua ereção para mantê-la sob controle.
“Jungkook-ah...” Namjoon choramingou, sem saber o que pedia, por que usava aquele tom tão necessitado.
Ele só conseguia pensar que seu pau doía, que Jungkook rebolando em seu colo enquanto marcava chupões por toda pele exposta de seu peitoral era a coisa mais gostosa que podia lhe acontecer e Namjoon estava enlouquecendo rápido demais.
Talvez — com toda certeza — aquela sensibilidade extrema fosse culpa de sua abstinência sexual, novamente nem um pouco voluntária, mas, Namjoon estava de acordo com aquilo, com abrir mão do próprio prazer pelo tempo que Seokjin considerasse necessário, apenas para ter o que quer que o mais velho o reservasse. Esperava ser bem recompensado, havia sido um ótimo garoto.
“Porra, Jungkook-ah...” Namjoon expirou a fala, tão perdido no próprio desejo, no próprio desespero por qualquer toque direto em seu pau, por qualquer coisa além daquela bunda gostosa rebolando em seu colo, sem qualquer intenção de se foder ali, de quicar naquele pau grosso até fazer o mais velho gozar.
“Me dá uma mão, hyung.” Jungkook pediu, posicionando uma palma para cima, aguardando pelos dedos de Namjoon sobre os seus, ao que soprava a pele molhada por sua saliva, arrepiando-o ainda mais.
A ordem de Jungkook foi, novamente, rapidamente acatada, ele sentiu a palma de Namjoon, grande e surpreendentemente macia, sobre a própria e logo estava guiando-a para seus lábios, sua outra mão subindo pelo pescoço dele, os dedos escorregando ali de forma singela e vagarosa, até alcançarem o queixo de Namjoon e obrigá-lo a erguer o olhar e observar o momento em que dois de seus dedos foram rodeados pela língua habilidosa de Jungkook.
Namjoon reprimiu um gemido ao morder seu lábio inferior, quase engasgando com o som de seu prazer, tamanha a surpresa de ter os olhos de Jungkook presos aos seus, olhando-o com certa devoção ao que chupava os dedos longos de Namjoon de forma mais obscena do que deveria ser. Jungkook segurava a palma de Namjoon, mantendo os dois dedos do meio retos e totalmente a disposição de sua boca e língua.
Jungkook deixou os dedos invadirem sua boca inteiramente, chupando até a última falange e sentindo os dígitos contra sua garganta, ele os sugou, lambeu, encharcou com saliva, apenas para afastar-se em seguida, sentindo que sua baba escorria pelo seu queixo e pela palma do outro. Jungkook gostava daquele jeito, molhado e sujo, tanto quanto Namjoon.
Ele forçou os dedos só um pouco mais, a boca bem aberta ao redor dos dígitos e Namjoon se via completamente hipnotizado pelos lábios rosados, finos, delicados e tão deliciosos.
Namjoon queria mais daqueles lábios, dos beijos de Jungkook, da sua boca marcando sua pele, chupando seu pau, engasgando ao redor da sua rola grossa da mesma forma que fazia com os dedos do mais velho.
Jungkook afastou mais uma vez, respirando fundo e pesado, tinha o rosto quase encharcado, os lábios brilhando em um rosa convidativo. Em um ato súbito, ele arrancou o próprio blazer com pressa e na mesma fúria passou a desabotoar sua camisa preta e exageradamente apertada. Namjoon assumiu que Seokjin tinha uma coisa por roupas justas.
“Não se mexe.” Jungkook grunhiu ao que finalizava os botões, os olhos nunca deixando o rosto de Namjoon, que tinha a respiração completamente afetada, algumas gotas de suor se acumulando em suas têmporas mesmo com o ar condicionado ligado.
O mais novo expôs o próprio peitoral, a pele chamando toda a atenção de Namjoon, que se viu incapaz de não encarar o tronco bem malhado, os músculos trincados do abdômen, a cintura fina e o tórax largo, tudo tão perfeitamente assimétrico e que fazia seus dedos tremerem por desejo de tocar.
Namjoon permitiu que seus dedos molhados fossem guiados por Jungkook para um dos mamilos dele, puxou o ar com força quando sentiu na ponta dos dígitos como ele estava rígido e protuberante. Jungkook gemeu alto, arrastado, fechou os olhos ao que guiava os movimentos de Namjoon, circulando os dedos encharcados em sua pele, rodeando a própria auréola marrom e em seguida esfregando o bico sensível.
“Ah... Hyung, porra...” Jungkook tremia ao estimular a si mesmo, usando a mão de Namjoon, fazendo dele seu brinquedinho pessoal, assim como em muitos de seus pensamentos e sonhos.
“Posso mexer a outra mão, Jungkook-ah?” Namjoon pediu, a voz baixa, rouca e grave, fez Jungkook tensionar, sentindo até mesmo a entrada contraindo ao mero som da voz dele. Ah, ele queria ser fodido por aquele homem, queria tanto .
“Sim, hyung, você pode.”
Namjoon foi rápido ao prender o outro mamilo do Jeon entre seus dedos, beliscando devagar, mantendo o biquinho entre seu polegar e o indicador, movendo-os de forma lenta, mas que causavam reações intensas no garoto. Ele tremia nas coxas, errando as reboladas, o quadril falhando em manter-se circulando no colo de Namjoon.
Jungkook entregou-se a sensação, deixou que o prazer de ter os mamilos estimulados roubassem sua consciência, ele apenas gemia e murmurava o nome de Namjoon, deliciando-se de cada movimento dos dedos longos do mais velho. “Você é tão sensível aqui, Kook-ah...” Namjoon disse em um suspiro, levou os lábios para mais perto de Jungkook até beijá-lo no pescoço, um selar suave.
Namjoon desceu seus beijos e Jungkook permitiu, uma mão entre os fios castanhos do mais velho, bagunçando-os e guiando Namjoon silenciosamente, até ter os lábios em seu peitoral, as mãos fortes do homem agora seguravam Jungkook pela cintura, inclinando seu corpo apenas o suficiente para que tivesse melhor acesso a sua pele.
Quando Namjoon cobriu um mamilo com sua boca e língua, Jungkook deixou um gemido alto preso em sua garganta, o corpo curvando-se com o súbito contato daquele músculo quente naquela parte tão sensível de si.
Namjoon estava empenhado, murmurando em prazer ao que chupava o mamilo do Jeon, circulava-o com a língua e mordiscava devagar apenas para ter Jungkook tremendo e arquejando, a respiração alta e descompassada.
Jungkook se sentia incapaz de resistir a toda a atmosfera daquele carro, a presença do namorado no banco da frente, os sons das sucções da boca de Namjoon, os próprios gemidos misturados aos murmúrios satisfeitos do homem que o chupava.
O carro diminuiu a velocidade e Jungkook olhou pela janela, vendo a fachada do prédio logo à frente. Ele quis xingar em alívio, mas sua atenção foi roubada pelos beijos de Namjoon, indo em direção ao seu outro mamilo.
“Joonie-ah, a gente tá chegando.” Jungkook puxou Namjoon pelo cabelo, devagar, ainda que aplicasse certa força para separar o homem do seu peitoral. Namjoon soltou da pele do garoto com um estalo, lhe direcionando os olhos cálidos, a boca entreaberta e aqueles lábios grossos imploravam para serem maltratados.
“Arrumem as roupas de vocês, parecem dois animais do cio.” Seokjin ralhou assim que adentraram a garagem do prédio. Estava minimamente irritado, culpa inteiramente do maldito tesão provocado por aqueles dois. “Vocês são uns safados do caralho, e ainda me fazem ficar só olhando, puta merda.” Ele continuou a reclamar enquanto estacionava.
Seokjin desceu do veículo, sendo acompanhado pelos seus dois submissos. Jungkook sorria de orelha a orelha enquanto ainda vestia seu blazer e Namjoon tinha o olhar um tanto perdido, mordia o lábio inferior, tentando não pensar apenas em foder, foder e foder. Não era muito efetivo, mas foi o suficiente para o acalmar enquanto seguiam para o elevador privativo.
Seokjin se posicionou propositalmente no meio dos dois, mantendo-os afastados, as mãos circulando um pulso de cada um. “Você nem pensa em chegar perto dele de novo, tá ouvindo, Jungkook? Não até eu mandar. Vocês já se aproveitaram demais sem mim.”
“Tudo bem, hyung, eu entendi.” Jungkook o respondeu, surpreendendo seu dominador com sua resposta simples e objetiva, sem qualquer sinal de sarcasmo, nenhuma provocação sequer.
Não que Seokjin reprovasse aquele comportamento — bem longe disso — ele estava apenas admirado e de certa forma, aliviado. Ele sabia que Jungkook gostava de exercer sua dominância, mesmo jamais demonstrando o interesse em dominar Seokjin, respeitava a posição do namorado e, apesar de egoísta quando se tratava de sexo, Jungkook jamais iria coagí-lo a fazer algo que não era de seu interesse.
E ele obtinha muito prazer ao submeter-se a Seokjin, que sabia lhe domar perfeitamente, sabia como provocar Jungkook até tê-lo no estado de quase implorar; o garoto geralmente não usava palavras para tal, uma característica que Seokjin aprendeu a conviver, ele interpretava os olhares desesperados de Jungkook, a linguagem corporal que demonstrava seu desespero, então, quando achava que Jungkook já havia sofrido o suficiente, Seokjin oferecia o que ele precisava.
Mas, com Namjoon, Jungkook implorava, pedia, usava todas as palavras que estavam ao seu alcance, apenas para ter a chance de dominá-lo, porque Jungkook amava vê-lo impotente, refém de seu corpo e do seu namorado. Todas as provocações anteriores, direcionadas especialmente a Namjoon, foram ideias do Jeon, era ele quem desejava transformar o homem em uma completa bagunça de sentimentos e desejos.
Seokjin, sendo o namorado maravilhoso de sempre, apenas se deixava levar pelos joguinhos de Jungkook, tirando todo o proveito que podia e satisfazendo os desejos do seu garoto. Era delicioso ver Jungkook sendo desinibido, jogando palavras sujas no ar apenas para Namjoon ouvir, tocando Seokjin em todo lugar apenas para Namjoon ver. Seokjin aproveitava o melhor dos dois mundos.
Deixaram o elevador, sendo guiados por Seokjin, que não largava o pulso dos dois, nem mesmo afrouxando o aperto. A porta foi destrancada, sapatos deixados bem organizados do lado de dentro, e Seokjin continuou a conduzi-los pela casa, passaram pela sala de estar que Namjoon já conhecia e o dominador arrastou uma porta de madeira muito bem camuflada entre as paredes, dando acesso a um corredor.
“Quero que os dois se lavem e se vistam, depois me esperem. Jungkook, pro nosso quarto, Namjoon, no último a direita, as roupas de vocês já estão sobre a cama.” Seokjin ditava tudo de forma clara, séria e direta. “Me esperem sentados, e não coloquem as coleiras.” Ele sorriu ao fim da fala.
Namjoon arrepiou-se. Seokjin já havia demonstrado o quanto conseguia ser centrado e dominante com alguns poucos atos, porém, ali, ele emanava segurança e controle, não apenas ao direcionar as palavras para aqueles que se submetiam a si, mas ao manter-se sob o próprio domínio, controlando e dosando as reações de seu corpo, a forma que seus sentimentos iriam influenciar suas atitudes.
Seokjin também estava ansioso, necessitado, em um estado de desespero tão intenso que quase se aproximava do que seus rapazes sentiam, entretanto, precisava manter a compostura, precisava assumir seu papel, o que não era nenhum martírio, era um alívio.
Trazia a Seokjin a placidez necessária para prosseguir com suas obrigações como dominador, tornava-o mais consciente sobre diversos aspectos sobre si, era uma aventura deliciosa desde o grande princípio.
A experiência por qual estava ansiando há tanto finalmente se encontrava ao seu alcance, e Seokjin não iria arriscá-la por seus desejos intensos em demasiado, jamais, iria subvertê-los, usá-los a seu favor, como um combustível para cada ato que cometeria mais tarde naquela noite, de forma contida, estritamente ensaiada para causar apenas a quantidade exata de sofrimento e prazer em seus submissos.
“Sim, senhor , estou indo.” Não foi uma surpresa tão grande assim quando aquela fala deixou os lábios do Jeon, mas, Seokjin sabia que se o garoto estava fazendo aquilo, era para garantir algo para si mesmo . Ele se retirou logo após, sem olhar nos olhos de Seokjin, caminhou para uma das portas do corredor, fechando-a em seguida.
“Estou indo também... Senhor. ” Namjoon disse, a última palavra soando quase sussurrada, era como se temesse o tipo de consequência causada por aquela forma de tratamento.
Já haviam discutido sobre aqueles assuntos anteriormente, Seokjin expressou conforto com qualquer coisa além de seu nome cru, gostava de ‘hyung’, ‘sunbaenim’ ou mesmo o ‘-ssi’, mas, Jungkook fez questão de pontuar que o mais velho amava quando o chamava de ‘ senhor’ .
“Você é tão bom, meu Namjoon” Seokjin tocou sob o queixo de Namjoon com seu indicador, devagar, quase não deixando que sua derme tocasse a do outro, sorriu antes de dar meia volta e sair dali, caminhando elegantemente para a sala de estar.
Namjoon respirou fundo apenas uma vez antes de deixar seu lugar, caminhando para o fim do corredor, que não era tão longo, mas o espelho no fim dele trazia aquela mera impressão. O chão em madeira clara reluzia e harmonizava com as paredes do corredor, uma revestida por bambus, outra com o bege colorindo-a.
Pousou sua mão sobre a maçaneta prata que quase refletia sua imagem, inspirou devagar e soltou o ar na mesma velocidade, então abriu a porta, adentrando o ambiente escuro, mas que logo foi iluminado ao que Namjoon pressionou o interruptor. Tudo estava perfeitamente arrumado e limpo, a cama grande no centro do cômodo modesto em tamanho tinha sobre si uma pequena pilha de roupas dobradas, assim como toalhas e alguns produtos.
Namjoon caminhou pelo quarto, observando os móveis brancos e simples, uma cômoda pequena, um espelho que o permitia se observar inteiramente, um móvel pequeno em cada lado da cama e uma janela bem coberta pelas cortinas grossas. Ele espiou brevemente as peças de roupas sobre o colchão, vendo o tecido sedoso e lilás, delicado e de aparência confortável.
Apanhou uma toalha grande e seguiu para o banheiro, deduziu que ficasse atrás da única porta do quarto e assim foi. O cômodo também não era completamente recheado de luxo como o resto da casa, era simples, mas bem iluminado e decorado, tudo em um branco brilhante. Namjoon adentrou o box de vidro, fechando a porta atrás de si e logo ligando o chuveiro, após garantir que a temperatura estava bem ajustada.
Deixou que a água morna cobrisse seu corpo e enquanto molhava cada parte de si, notou como tudo parecia tão perfeitamente pronto . Uma esponja pendurada dentro do box, sabonetes lacrados nos suportes, shampoo e condicionador cheios, tudo parecia estar ali apenas para Namjoon, esperando por ele.
Se questionou o quão ansioso Seokjin estava e apreciou cada traço do cuidado do mais velho, espalhado nos mínimos detalhes, no shampoo de cheiro suave, o sabonete de mel e leite, um aroma que Namjoon adorava, a toalha macia que ele usou para envolver seu corpo e até mesmo o hidratante corporal escolhido por Seokjin.
Era de melancia, não era exatamente o usado por Namjoon, mas ele reconhecia o esforço do seu hyung para que tudo fosse o mais próximo do perfeito.
Ele logo estava deslizando o short de seda lilás por suas pernas, após aplicar hidratante em todo o tronco, a sensação do tecido liso percorrendo sua pele recém depilada e macia era extremamente satisfatória.
O short não era justo, mas era curto, de forma quase exagerada, cobria pouquíssimo de suas coxas e deixava tudo marcado muito fácil, seria algo a trazer timidez para o rosto de Namjoon assim que estivesse na presença dos dois — ou mesmo antes.
Ele vestiu a última peça, uma camiseta de mesmo material, as alças finíssimas e um detalhe em renda sobre a parte superior, seguindo o corte reto do tecido. Era um belo pijama de seda, sensual ainda que delicado e casto, fazia Namjoon se sentir exposto, mas ainda elegante, extremamente belo.
Não havia uma cueca em meio às roupas, o que Namjoon considerou um golpe baixo, não precisava de muito para ter seu pênis marcando o tecido leve e que se ajustava tão bem a cada curva de seu corpo. Seokjin era ardiloso em cada um de seus atos, tão consciente de tudo que deixava Namjoon imediatamente quente em áreas perigosas.
Namjoon sentia a seda deslizando por seu pau flácido a cada mínimo movimento e a sensação o tornava mais sensível, o que era uma tortura. Ele estava a espalhar o hidratante por seus braços e a vontade que lhe acometia era de se esfregar contra o próprio short, virar-se naquela cama e se aliviar feito um animal desesperado.
Ele só estava tão sedento, os minutos duravam muito mais do que deveriam enquanto a espera por Seokjin se prolongava. Namjoon encarava a coleira sobre a cama, era mais grossa do que a gargantilha que usava anteriormente e em um material que se assemelhava ao couro natural, era adornada por uma renda preta como a tira inteira. Curioso, tomou-a em mãos, observando os detalhes minuciosamente.
Havia uma argola na parte da frente, e nas laterais, próximo ao fecho, pequenos cristais estavam encravados, de um lado formando o nome ‘Jin’ e do outro as iniciais ‘JK’. Namjoon suspirou, sorrindo, e deixou-a novamente sobre a cama, ao lado de suas roupas muito bem dobradas, ele estava completamente dedicado a causar em Seokjin a melhor das impressões. Queria ouvir seu hyung, seu dominador , o elogiando, dizendo o quanto ele era bom.
Contrastante a esse desejo, havia aquele um pouco mais primal. O desejo de ouvir Jungkook lhe chamando das coisas mais safadas e sujas, a imagem de teimosia e provocação que tinha do maknae estava agora completamente instalada em cada canto de sua mente, como se fosse uma recompensa — não exatamente positiva — por todo o tempo em que evitou pensar em Jungkook daquele jeito.
Namjoon quase saltou ao ouvir uma batida na porta, o coração, no entanto, completou o pulo, surrando sua caixa torácica, a ansiedade o consumindo por inteiro.
“Pode entrar.” Ele disse alto o suficiente para ser ouvido.
Não encarou a porta enquanto ouvia o som da maçaneta sendo girada, apenas ergueu o olhar quando um leve tilintar acompanhou os passos leves sobre o carpete. Namjoon, então, perdeu o ar em seus pulmões, a boca secou quase de imediato e seu pau demonstrou estar suscetível ao menor dos estímulos, até mesmo aqueles unicamente visuais.
Disposto diante d e seu olhar estavam ambos Seokjin e Jungkook. Seokjin vestindo uma camiseta transparente, talvez fosse a mesma que usava durante o jantar — Namjoon não saberia dizer — e uma calça púrpura, a seda tão suave e brilhante quanto a que Namjoon vestia, abraçando as pernas esbeltas de Seokjin e delineando-as com sutileza.
Jungkook, por outro lado, era algo que Namjoon sequer gostaria de dedicar sua atenção, tinha medo de entrar em combustão ou desintegrar-se por sentir tesão demais. O Jeon vestia uma cueca preta e brilhante, parecia látex e Namjoon realmente desejava, torcia, rezava para que não fosse, seria demais para a própria sanidade.
O par de coxas estava totalmente à disposição do olhar de Namjoon, que não escondeu o fulgor em seus olhos ao que devorava cada músculo rígido, robusto, que tinham as divisões bem claras, definidos pelo esforço de Jungkook na academia. Ao correr o olhar pelo tronco do maknae, Namjoon precisou assegurar que não estava babando.
Apenas tiras de couro cobriam aquele corpo pecaminoso, duas vindo sobre seus ombros e encontrando-se em uma argola no centro do peito, mais duas tiras estavam firmes logo abaixo na curvatura do peitoral do Jeon, evidenciando os músculos igualmente bem trabalhados, mais uma pequena tira descia pelo centro do tronco até outra argola sobre o abdômen, que também tinha mais duas tiras nas laterais, abraçando a cintura exageradamente fina.
Por fim, no pescoço do Jeon, estava uma coleira muito distinta daquela sobre a cama que Namjoon estava, tinha o dobro da largura, era inteiramente adornada por spikes em metal prata, expressava bem a personalidade rebelde que Jungkook demonstrava naquela dinâmica. Na argola de metal localizada na frente de sua coleira estava uma corrente, grossa e pesada, responsável pelo tilintar que acompanhava cada movimento do Jeon, e se Namjoon seguisse o rumo das junções de metal, encontraria a mão de Seokjin segurando com firmeza a corrente enrolada em sua palma.
E, se Namjoon considerava o corpo do Jeon o suficiente para causar em si o ápice de tesão que já havia sentido, olhar para o rosto dele foi como declarar a própria morte. Ele tinha o rosto envolto por tiras de couro que mantinham bem presa a focinheira de metal à frente de sua boca e nariz, Namjoon podia enxergar o biquinho emburrado nos lábios rosados, mesmo que o metal engradado encobrisse parcialmente o seu rosto.
Seokjin nada disse por longos segundos, permitindo a Namjoon o tempo para observar e absorver a quantidade de informação que lhe era apresentada. O olhar de Namjoon hesitava em alcançar o rosto de qualquer um dos dois, mas acabou pousando em Jungkook, que retribuiu sem qualquer demora, orbes negros e poderosos encarando Namjoon de volta em um desafio silencioso e que o outro até aguentou por um tempo considerável.
“Pronto pra gente, Joon-ah?” Seokjin, enfim, questionou, balançando a corrente devagar, fazendo o som metálico chegar aos ouvidos de Namjoon e atraindo a atenção do homem. “Finalmente consegui deixar esse animal apresentável pra você, meu cachorro só fica dócil assim” Ele puxou a corrente, trazendo Jungkook para mais perto. “Não é, Kookie?” A resposta veio em um grunhido. “Ele odeia quando não pode falar” Seokjin acrescentou, rindo baixo.
“Eu tô pronto, Seokjin-hyung.” Namjoon disse de forma contida, não queria deixar transparecer seu desespero. “Na verdade, só falta isso...” Ele olhou para a coleira ao seu lado.
“O hyung vai colocar em você.” Disse, já se aproximando da cama, Jungkook o seguia prontamente, e só então Namjoon percebeu que o garoto tinha as mãos e pés algemados. Mais uma visão que afetava Namjoon diretamente no seu pau. “Segura.” Seokjin mandou, estendendo a corrente para Namjoon, ele hesitou por segundos antes de tomá-la nas duas mãos.
O dominador foi cuidadoso ao envolver o pescoço de Namjoon com o couro, ajustou o fecho e se afastou para observar o quão belo o homem estava. O corpo sendo adornado por seda lilás, as clavículas expostas e o peitoral marcado pelo tecido leve, seus mamilos minimamente rígidos já estavam visíveis, assim como a marca discreta no short.
Seokjin deixou os dedos percorrerem o ombro nu do outro, brincando com a alça fina do pijama, descendo por ali e contornando a renda que o enfeitava.
“Comprei isso especialmente pra você, gostou?” Seokjin perguntou em um sussurro.
“Eu adorei, Senhor.” Namjoon respondeu com mais convicção do que em sua última fala. Estava sendo devorado pelos olhos de Seokjin, que mapeava todo seu corpo grande, desde as coxas grossas expostas pelo short curto até o rosto de Namjoon encoberto pela vergonha inevitável e que manchava suas bochechas com um vermelho sutil.
“Na próxima vez vou aceitar a sugestão da vendedora e trazer meias-calças... Ela disse que minha namorada ia ficar linda” Seokjin riu soprado, um pouco de deboche estampado em seu olhar, mas logo retomou a seriedade. “Mas, tenho que concordar, meu submisso iria ficar lindo com uma meia calça nessas pernas gostosas...”
Ele colocou o joelho entre as pernas de Namjoon, afastando-as sutilmente e se colocando entre elas, olhava Namjoon de cima e o homem não era capaz de encará-lo de volta.
“De pé, Namjoon.” Seokjin ordenou e foi acatado ao mesmo instante, o corpo de Seokjin estava a centímetros do seu. “Me dá a corrente.” O dominador disse, sua respiração entrando em contato com a bochecha do outro ao que ele estendeu a mão, logo estava novamente com ela enrolada em sua palma, os olhos não desviavam de Namjoon, a proximidade era tentadora demais, mas Seokjin sabia se conter.
“Uma última pergunta...” Seokjin aproveitou o momento para correr seu olhar por todo o corpo do outro, finalizando seu passeio ao voltar para os olhos de Namjoon. “Pensou na palavra, Joon?”
Namjoon mordeu o lábio inferior, sabia do que Seokjin falava e aquele assunto lhe trazia um rubor mais intenso às bochechas.
“Sim, hyung, eu pensei.”
“Pode me falar, a gente vai precisar dela já, já.” Seokjin fez questão de acariciar o braço de Namjoon, na intenção de tranquilizá-lo.
“Cacto” Namjoon disse de forma contida, quase um pouco baixa demais, mas foi bem ouvido pelo mais velho, que riu soprado, apenas por achar adorável. “É idiota, eu sei, ma-”
“Não, Joonie, não” Seokjin apressou-se para explicar-se para o outro, levou ambas as mãos para o rosto de Namjoon, as elipses grossas e geladas da corrente esmagaram uma das bochechas. Olhando-o nos olhos, prosseguiu com seu tom sereno, amoroso até. “É perfeita, a palavra de segurança precisa ser algo fácil de lembrar e dizer, então não há nada melhor do que algo tão característico sobre você. Eu adorei. Tenho certeza que o Kookie também.”
Namjoon olhou para Jungkook, que balançou a cabeça em uma afirmação, sorrindo singelo, os olhos acompanhando a curva doce de seus lábios.
“Foi a única coisa que eu consegui pensar.” Namjoon justificou outra vez.
“É ótima, você é ótimo.” Seokjin o afirmou, aproximou-se um pouco mais para deixar um beijo na testa de Namjoon. “Agora vamos pro quarto. Eu quero que me siga, atrás de mim, ok?”
“Sim, senhor.”
Seokjin seguiu para a porta, Jungkook há alguns passos de distância, andando um tanto devagar devido às algemas que prendiam seus pés, a corrente entre elas não permitia passos largos. Suas mãos também estavam presas atrás do corpo, com uma barra curta separando-as, e mesmo que fosse incômodo, que gerasse certa irritação no Jeon, o prazer que aquela posição lhe causava era exponencialmente maior.
Ele sentia o ímpeto de desobedecer Seokjin chegando a sua mente, esgueirando-se por cada um de seus sentidos, formando uma redoma de calor ao redor de todo seu corpo, adrenalina correndo em suas veias apenas por pensar em Seokjin lhe punindo, entretanto, Jungkook realmente acreditava nas palavras do dominador e sabia que sua fala sobre proibir Jeon de tocar em Namjoon era real.
Naquela noite Jungkook não queria punições, não mesmo. Ele queria ser um bom menino, ao menos até onde aguentasse , assim poderia ter suas recompensas, poderia aproveitar de tudo sobre Namjoon, ou melhor, tudo que o dominador permitisse.
Seokjin parou diante da última porta no corredor, tirou uma chave do bolso da sua calça e encaixou na fechadura. Antes de abri-la, olhou para seus submissos, nos olhos dos dois. “Jungkook, eu não quero mais você de pé quando entrarmos nesse quarto, você vai ficar de quatro, como um bom cachorrinho. Entendeu?”
“Sim, Seokjin-hyung.” Jungkook respondeu, pois Seokjin lhe solicitou.
“Namjoon, você deve olhar nos meus olhos a partir de agora.” O dominador disse, encarando Namjoon, que naquele momento evitava o contato visual, mas logo ergueu o rosto, travando seu olhar no do outro. “Eu não quero que deixe de olhar para mim, nos meus olhos”
“Sim, Seokjin-hyung” Namjoon lhe afirmou, já em cumprimento a ordem.
Seokjin enfim girou a chave e moveu a maçaneta para dar acesso ao interior do cômodo. Foi o primeiro a entrar, sendo seguido por um Jungkook engatinhando, e ele tinha o maxilar travado sob aquela focinheira, os olhos enfeitados pela irritação crescente, mas ele iria resistir à própria natureza se fosse para pôr as mãos em Namjoon.
O dominador encantava-se com aquele comportamento, geralmente precisava pisar no Jeon, puxá-lo pela corrente, cuspir em seu corpo, entre outras mil maneiras de humilhá-lo apenas para tê-lo naquela posição que agora o garoto assumia tão facilmente.
Namjoon, logo atrás de Jungkook, sentiu o coração vibrar em cada parte de seu corpo, aproveitou o momento em que Seokjin estava de costas para correr seu olhar pelo quarto de maneira breve. Ele não tinha muitas expectativas em sua mente, já havia se livrado de estereótipos nível ’50 Tons de Cinza’ há uns bons anos, então nenhum quarto vermelho e ameaçador morava em seu pensamento.
Mesmo que parecesse previsível, Namjoon surpreendeu-se com o quanto o quarto fetichista refletia a personalidade de Seokjin. Era bem iluminado, amplo e meticulosamente organizado, havia uma cama forrada em lençóis brancos exatamente no centro do quarto, sobre ela, correntes de prata estavam presas à estrutura metálica no teto.
As paredes lilás eram enfeitadas pelos mais variados acessórios, preenchendo ambos os lados da cama, havia chicotes, cordas, palmatórias e muitas outras coisas que Namjoon jamais havia visto de tão perto. Um grande móvel branco ocupava uma parede, com prateleiras e gavetas, um espelho grande no centro dele e Namjoon observou seu reflexo por alguns poucos segundos.
Seu olhar voltou para Seokjin no exato momento em que o dominador se virou na direção de seus submissos, encarando Namjoon diretamente. Ele deixou o corpo cair sobre a poltrona lilás atrás de si, ela ficava logo à frente da cama e era idêntica à que ocupava a sala de estar.
“Vem aqui, Namjoon. De pé na minha frente.” Ele mandou ao que esticava seus braços no encosto da poltrona. “Você, cachorro, quero que fique bem quietinho aqui do meu lado.” Seokjin apontou para o chão, ao lado de suas pernas.
“Sim, Senhor.” Namjoon concordou antes de caminhar, sem desviar o olhar de Seokjin por um segundo sequer, parou a um passo de distância, mas que o mais velho tratou de extinguir, puxando Namjoon pelo quadril com as duas mãos.
Jungkook posicionou-se o mais rápido que poderia com tantas restrições, sentou sobre seus calcanhares ao lado das pernas de Seokjin, olhando-o com expectativa, esperava que aquele comportamento já fosse o suficiente, pois estava sentindo seu limite se aproximando. O mais velho apenas soltou a corrente do Jeon, largando-a sobre o chão, sem qualquer intenção de dedicar sua atenção ao garoto.
“Eu não mandei você olhar pra mim, Kook.” Seokjin disse, calmo e centrado como sempre, sem precisar desviar os olhos de Namjoon para ordenar seu cachorrinho. “Você é a porra de um cão, você só faz o que seu dono manda. Não quero que você olhe pra mim, ou pro Namjoon, quero você olhando pro chão.”
Jungkook mordeu o lábio inferior para conter sua vontade de responder, desafiar, provocar Seokjin. Apenas baixou a cabeça, encarando o próprio colo.
“Agora que meu animal já tá adestrado, vou dar toda atenção pro meu garoto obediente.” Seokjin desceu uma palma pelo short de Namjoon, a mão deslizando sobre o tecido até alcançar a pele exposta da coxa. Namjoon estremeceu, quase gemeu com um simples toque, estava sensível em todo lugar, ansiando por tudo que Seokjin poderia lhe oferecer.
“Vem cá, Joon.” Ele puxou uma perna de Namjoon, que se deixou ser guiado para o colo do dominador. “Meu submisso lindo e obediente...” Seokjin elogiou.
Namjoon derreteu fácil, não que necessitasse de qualquer esforço para deixar o homem à mercê de Seokjin, ele estava antes mesmo de adentrarem o quarto, antes daquele dia enfim chegar. A sensibilidade, a forma que Namjoon estava suscetível ao menor dos estímulos vinha durando os últimos sete dias em que esteve em contato com o casal. Seu corpo estava em um estado de alerta, responderia a todo e qualquer sinal emitido por Seokjin, fosse ele mínimo ou significante.
“Você se comportou a semana inteirinha pro hyung, né, Joonie?” Seokjin perguntou em um tom sussurrado e aquele era com certeza um sinal significante. Causou um arrepio que seguiu por toda a espinha do submisso, quase o levou a tremer no colo do outro.
“Sim, Seokjin-hyung.”
“E por que fez isso? O que tinha em mente? Conta pro hyung...” Seokjin encarava Namjoon de baixo, o mais novo sentado em seu colo, as coxas fortes pressionadas contra as pernas do dominador ao que ele corria as palmas pelos músculos fartos.
Namjoon precisou respirar fundo, a sensação dos dedos correndo pelo cetim do seu short era desconcertante, tornava-o inquieto sob o toque suave, porém extremamente preciso, de Seokjin.
“Anda, Joonie, meu amor, você quer continuar sendo o bom garoto do hyung, não quer?” Seokjin palmeou tudo que conseguia capturar das coxas do outro em suas mãos, apertou devagar, os polegares pressionando as laterais externas, aproximando-se do cós do short curto.
“E-Eu queria que me elogiasse” Namjoon quase falhou em obedecer Seokjin, tentado a desviar o olhar, a esconder um pouco da sua timidez. “Queria ser bom pra você, te agradar, te mostrar que eu sou digno de ser...” Ele suspirou “De ser seu submisso”
“Oh, Joonie...” Seokjin apertou o outro com mais força, pressionando os dedos na carne macia dos seus músculos, diferente de Jungkook que era rígido e firme em todo lugar. “Tão empenhado pra ser meu, enquanto esse puto ingrato se acha no direito de me desafiar.” Seokjin se referia a Jungkook, mas continuava sem direcionar um olhar sequer para o cachorro aos seus pés.
Jungkook sentiu-se no direito de grunhir em insatisfação, arrancando um sorriso amplo do dominador, que era muito consciente do tamanho do descontentamento do seu brat .
De um ponto de vista geral, Seokjin era um ótimo dominador, do tipo que, apesar de estar no controle, também era bastante guiado pelas necessidades de seus submissos, gostava de provocar prazer, de satisfazer completamente aqueles que estavam sob seu domínio.
Porém, havia algo sobre infligir irritação no Jeon que o encantava, se tinha a ver com a carinha de bravo do seu garoto ou com o quão intenso era seu orgasmo após ser completamente maltratado, Seokjin não saberia dizer com exatidão.
A questão era que Jungkook estava habituado a ser o foco, mesmo quando dividiam a cama com alguém a mais, mesmo quando Jungkook era subjugado por outro homem, ele era o centro das atenções. Ainda que durante suas punições, ele recebia tudo de Seokjin.
Então, estar ali, ajoelhado enquanto seu dominador elogiava e cuidava de Namjoon e somente Namjoon, aquilo era algo novo e que Jungkook adorava na mesma medida que odiava.
Adorava, pois supria aquela sua necessidade primal de ser humilhado, de ter Seokjin lhe maltratando e se negando a dar o que o brat desejava. Odiava, pois era obrigado a aguentar calado, se mostrar obediente mesmo quando seu corpo ardia em desejo e fúria, causados pela rebeldia inerente a si. Fazia isso apenas por aquele homem responsável por seu prazer vindouro.
Enquanto encarava seu colo, Jeon conseguia ouvir os lábios de seu dominador selando a pele de Namjoon, e era exatamente o que ele fazia, deixava beijos demorados sobre a pele exposta do tronco de Namjoon enquanto ainda o apertava entre seus dedos, aproveitava do aperto para controlar o corpo de Namjoon, movendo seu quadril devagar, apenas o suficiente para o short de cetim dele deslizar sobre a calça de mesmo tecido que envolvia as pernas de Seokjin.
O calor das pernas grossas do submisso era convidativo, a pressão dos músculos de um contra os do outro, Seokjin tirava proveito de tudo que conseguia alcançar, marcava a pele com chupões intercalados aos seus beijos molhados, manchando o início do peitoral em um vermelho que combinava bem demais com a renda lilás.
“Abre sua boca.” Ele mandou assim que se afastou da pele de Namjoon, este que o obedeceu prontamente, encarando os olhos castanhos do dominador e sendo devorado por sua expressão rígida.
Seokjin levou uma mão para a nuca do outro, puxando para mais perto, trazendo os lábios entreabertos para si, demorou-se por alguns segundos na tarefa de admirar a boca carnuda, o marrom que delineava ambos os lábios e que causava em Seokjin aquele desejo intenso de simplesmente beijar Namjoon por horas.
Suspirou em alívio quando finalmente tomou a boca para si, encaixou seus lábios fartos no espaço diminuto que a boca de Namjoon lhe deixava, movimentando a língua ao redor da do mais novo, que gemia baixinho a cada virar do músculo molhado contra o seu.
O dominador afastou-se brevemente após deixar uma mordida dolorida no lábio inferior de Namjoon, este que ameaçou juntar seus lábios, mas foi impedido por um dedo de Seokjin.
“Eu não mandei fechar a boca, Namjoon” A voz profunda ressoou por todo o interior do submisso, enviando arrepios por seu corpo, e instalou também um frio na barriga só pela possibilidade da desobediência. “Quero ver você sujo com a própria baba enquanto espera eu fazer o que quiser com essa boquinha linda.” Um dedo seguiu pelo queixo de Namjoon, capturando um rastro de saliva que já ameaçava escorrer dali e devolveu-o para a boca de Namjoon. “Entendeu, Joonie?”
O homem balançou a cabeça para cima e para baixo, os lábios separados, saliva acumulando-se sobre sua língua e os olhos cheios de lágrimas, já parecia um puto fodido e mal haviam começado.
Seokjin levou suas duas mãos para os braços de Namjoon, que pendiam inutilmente ao lado do corpo largo, o submisso não tinha certeza do que fazer com suas mãos naquela situação, não queria tocar o dominador sem autorização, então, quando Seokjin guiou os braços de Namjoon para trás de seu corpo, ele quase quis agradecer.
“Mantenha esses braços bem aqui.” O mais velho ordenou.
Namjoon concordou com mais um aceno e acompanhou com os olhos enquanto os lábios grossos rumavam a sua pele, de volta as clavículas expostas, a pele cheirosa demais e que Seokjin adorava marcar como sua, tomava Namjoon para si em todos os aspectos.
A saliva que escorria lentamente pelos cantos da boca de Namjoon fazia o homem sentir-se sujo, um depravado que se excitava mais à medida que a baba empoçava no interior da sua boca e deslizava por sua pele. Seokjin subiu seus beijos para o pescoço do submisso, lambendo a saliva que caía por ali, guiando sua língua pela pele. Sentiu o relevo do pomo de adão, a aspereza onde a barba estava bem aparada, até finalmente alcançar o queixo.
“Hmm, Joonie, você é um puto tão nojento” O dominador murmurou enquanto lambia toda a saliva abundante. O corpo de Namjoon tremeu brevemente, sentia seu pau duro e quente sob o cetim, a cabecinha latejando ao que mais e mais sangue se direcionava ao seu membro. “Mas eu adoro essa boquinha encharcada.” Seokjin disse antes de invadir a boca de Namjoon com a sua língua, segurou-o pelo queixo com uma mão enquanto a outra apoiava a base da coluna do submisso.
Seokjin inclinou Namjoon enquanto o beijava, movimentava a língua devagar no interior da boca dele e sentia a saliva molhando o rosto de ambos. O ósculo era lascivo, barulhento a cada vez que Seokjin chupava a boca amorenada do mais novo e os sons molhados eram complementados pelos gemidos baixos de Namjoon.
Jungkook gostava de pensar que os dois faziam aquilo propositalmente para que ele ouvisse, era um maldito brat egocêntrico. Concluía que cada som, cada chupada e gemido era calculado apenas para satisfazer brevemente suas necessidades. Seu pau estava endurecendo sob a cueca apertada e é claro que se tornava desconfortável, mas ele adorava.
“Ei, cachorro.” Seokjin o chamou assim que se afastou de um Namjoon sem fôlego. “Olha pra cá.” Ele mandou ao que virava o rosto de Namjoon na direção do Jeon, exibindo a face molhada, os lábios inchados pelas diversas mordidas. “Olha como ele tá lindo.”
Os dedos longos de Seokjin seguravam o queixo de Namjoon com firmeza e o homem tinha os olhos de dragão cheios de uma calidez que derretia Jungkook lentamente, o mais novo não hesitava ao encará-lo, tinha a cabeça erguida e os olhos negros focados em cada traço do rosto alheio.
“Você pode continuar olhando, Kookie.” Seokjin disse antes de voltar o rosto de Namjoon para si. “Abre.” Ele mandou, puxando o lábio inferior do outro de forma vagarosa, Namjoon atendeu, exibindo mais uma vez sua boca aberta para o dominador.
Seokjin acumulou saliva em sua boca e cuspiu contra o rosto de Namjoon, sem muita intenção de atingir apenas a boca, sorriu ao apreciar as bochechas molhadas e um pouco de saliva que escorria no canto do lábio grosso do submisso.
“Não engole” Ordenou ao que deslizava o polegar por toda aquela bagunça e arrastou a saliva até a boca de Namjoon. “Desce do meu colo e fica de joelhos na frente do Jungkook”
O dominador ficou de pé assim que Namjoon se afastou, caminhou até o móvel em que guardava alguns acessórios, abriu uma gaveta e de lá retirou uma venda simples. Girava o elástico em um dedo enquanto caminhava devagar de volta ao lugar em que seus submissos estavam de joelhos, um de frente para o outro.
Observou a inquietação nas mãos de Jungkook, presas pelas algemas, mas que clamavam para tocar o homem à sua frente. Ele rosnava baixinho, respirava pesado e Seokjin achava toda a cena extremamente satisfatória, principalmente por Jungkook continuar calado mesmo borbulhando em excitação e irritação.
Namjoon ainda tinha a boca entreaberta, estava ainda mais molhado do que antes, uma bagunça completa. Saliva escorria até o chão e o dominador sentia seu pau pulsar com aquela visão. Os olhos de dragão acompanharam os movimentos de Seokjin até que ele parou ao lado de Jungkook, que logo o encarou, os olhos de jabuticaba estavam molhados e imploravam ao dominador.
“Você tá louco por ele, né? Cachorro safado do caralho, você é um animal mesmo” Jungkook arrepiou-se com a fala do mais velho, balançou a cabeça para cima e para baixo de forma rápida, em desespero. “Eu vou tirar sua focinheira, mas quero que continue sendo um cachorrinho comportado. Você vai ser, Jungkook-ah?”
“Sim, Seokjin-hyung, eu vou ser um bom garoto, eu juro” Jungkook disse no mesmo tom afoito, arqueou as sobrancelhas, formando uma expressão extremamente chorosa.
O dominador gargalhou, alto e até um tanto escandaloso. Levou alguns segundos para se recompor, fingiu secar algumas lágrimas e finalizou balançando a cabeça em negação. “Ah, Jungkookie, você quase me faz acreditar.”
Seokjin tinha as mãos apoiadas em suas coxas e os lábios carnudos esticados em um sorriso de canto, continuava a encarar Jungkook com firmeza. “Posso confiar em você, Jungkook-ah?” Ele questionou em tom sussurrado.
“Por que não confiaria em mim, Jinnie?” Jungkook ainda tinha os olhos que expressavam uma súplica não muito honesta, não muito direcionada ao que Seokjin desejava, ordenava. Ele sabia que estava jogando fora todo seu esforço, que estava agora cedendo a sua natureza carregada de desobediência, completamente envolta pelo desejo de desafiar Seokjin. “Eu não sou um bom submisso?”
A informalidade não foi o que provocou o dominador, mas aquela pergunta cheia de cinismo, que escorria todas as falsas intenções do Jeon. Foi o que impulsionou Seokjin a mover-se para longe do seu brat, ele ficou de pé e respirou profundamente.
“Não se mexam. Namjoon-ah, mantenha seus olhos em mim, e você pode fechar a boca, esse filho da puta me fez mudar meus planos.” Ele ordenou, olhando apenas nos olhos de Namjoon ao dizer.
Se afastou com a graça que era inerente a si, a calça de cetim valorizava os músculos de suas pernas e o comprimento destas, a blusa transparente e sem mangas ressaltava os músculos de suas costas largas ao que ele caminhava em direção aos suportes ao lado da cama.
Namjoon assistiu os dedos do dominador pairarem sobre um dos seus chicotes, ponderando até direcioná-los a um outro acessório, uma chibata. Ele deixou a venda sobre a cama, abandonando sua ideia anterior.
Seokjin removeu a chibata do suporte, logo passando a alça do objeto por sua palma, correu a outra pela extensão do cabo de couro até alcançar a ponta levemente retangular formada por uma tira de couro dobrada ao meio.
Ele caminhou de volta para os seus submissos e Namjoon sentiu um filete de suor escorrer por suas têmporas. Não que estivesse com medo, estava ansioso, na verdade. A visão de Seokjin, com seu olhar sedutor e chibata em mãos, era algo que o afetava ainda mais, entre as pernas, especificamente.
O dominador voltou a estar diante dos dois e Jungkook evitava seu olhar, Seokjin estava logo ao lado dele, e a sua respiração quente e pesada podia ser sentida na pele de Namjoon.
“Olha pra mim.” Seokjin mandou, Jungkook, como de costume, não obedeceu. “Olha pra mim, caralho. Cachorro filho da puta.”
O dominador agarrou Jungkook pelo queixo, por cima da focinheira, e obrigou-o a olhar para si.
“Agora diz, de novo, que você é a porra de um bom garoto, se eu acreditar, vou deixar você fazer o que quiser com o nosso putinho particular”
Namjoon quase deixou um gemido escapar, apenas por saber que ele era o ‘putinho’ a qual Seokjin se referia, apenas por saber que era ele a estar completamente à disposição para o uso do casal.
O dominador apanhou a corrente abandonada no chão, prendeu uma extremidade na coleira do Jeon e manteve a outra enrolada em sua palma, aquela que não manuseava a chibata. Ele puxou a corrente devagar, trazendo o olhar raivoso do brat para si. “De joelhos” ordenou, mas o que recebeu foi aquele olhar desafiador, uma sobrancelha erguida em sua direção como quem o instigava a fazer mais ou desistir.
Seokjin enrolou a corrente mais uma vez em sua mão, diminuindo a distância entre eles, e puxou-a com pouca força, apenas para movê-lo minimamente, mas o suficiente para tirá-lo da posição que se encontrava, sentado sobre seus calcanhares, agora estava apoiado em seus joelhos e era difícil para Jungkook manter o equilíbrio com as mãos presas em suas costas.
“Brat do caralho” O dominador quase rosnou. “É isso que você quer? Que eu mostre pro Joon o quanto você gosta de ser maltratado?”
“Eu não quero mostrar nada pra ele” Jungkook rebateu. “Só quero que me dê a atenção que eu mereço”
“Eu vou te dar o que eu quiser, cachorro” Seokjin lhe disse, olhando-o de cima, a chibata em uma mão, sendo balançada devagar. “E o que eu quero é que me responda uma simples pergunta, se falar a verdade, você é recompensado, se não falar, eu vou te bater até aprender a ser sincero”
Seokjin levou a ponta da chibata até o corpo de Jungkook, deslizando o couro sobre a pele aquecida do submisso, a ponta passeou pelo interior das coxas dele, pela virilha, pressionando levemente a ereção contida pela cueca apertada, então subiu pela barriga, percorrendo todo o tronco até ser arrastada sobre ambos os mamilos do Jeon.
“Jungkook, você é um bom submisso?” Seokjin questionou quando a ponta de couro alcançou o queixo do Jeon, fazendo o mínimo para manter o rosto erguido na direção do dominador.
“Sim, senhor, eu sou.” Não foi preciso mais do que 1 segundo após a resposta para que Seokjin estivesse golpeando a coxa de Jungkook, rápido e preciso, o couro marcou a pele em vermelho e Jungkook conteve um gemido, sentindo a região arder.
O corpo de Namjoon retraiu-se com o som e com o pensamento de qual era a sensação, ele observou Seokjin sorrir de canto, voltando com a ponta da chibata para o queixo de Jungkook, que apontava para o chão, obrigando-o a erguer o rosto mais uma vez.
“Resposta errada e mentirosa, Jeon.” Seokjin disse, ainda mantendo aquele tom cheio de seriedade e dureza. “Mas, você ainda tem chance de dizer a verdade, então, conta pra mim, você é um bom submisso?”
“Eu sou-” Jungkook mal pode terminar a fala, sendo atingido por mais uma chibatada em sua outra coxa, ele quase caiu, perdeu equilíbrio em seus joelhos e suas coxas tremeram, ameaçando ceder.
Namjoon comprimiu os lábios e respirou fundo, seus olhos baixaram para as duas marcas pequenas e vermelhas nas coxas fortes, a pele já levemente inchada pelo impacto intenso e Jungkook tinha a cabeça baixa, a respiração alta e dificultosa.
“Você devia ter vergonha de se considerar bom quando o Joonie tá aqui com a gente.” Seokjin disse, recolheu a chibata, batendo-a sem força contra a sua outra palma, seus olhos estavam fixos no Jeon, que não demorou a erguer o rosto e encarar Seokjin, com a mesma convicção e o desafio em seu olhar.
“O que foi, cachorrinho? Tá bravo?” Seokjin ergueu um sorriso de canto. “Não é minha culpa se Namjoon é tão bom, não é, Joonie?” O dominador virou-se para Namjoon, que o encarava sem hesitar, mas com respeito e submissão em sua expressão.
“S-Sim, hyung.” Namjoon respondeu em um suspiro, soltando a respiração que prendia inconscientemente.
“O que você é meu, Joonie?”
“Seu submisso, Seokjin-hyung.”
“Ah, ótimo.” Seokjin sorriu amplamente e agachou-se para selar os lábios de Namjoon brevemente. “Você é ótimo, Namjoonie.”
Jungkook tinha as mãos inquietas atrás de si, o pau desejando enrijecer, mas sendo contido pela cueca apertada. A insatisfação em ver Seokjin dando atenção para Namjoon e em ver Namjoon sendo controlado e dominado por Seokjin era de igual tamanho, Jungkook queria os dois e queria logo. Mas, ainda assim não se sentia pronto para ceder, precisava de mais, precisava ser um pouco mais maltratado pelo seu dominador antes de estar disposto a abrir mão dos resquícios de sua teimosia.
Jungkook só parava quando enxergava em Seokjin o desejo de destruir seu submisso, a vontade de levar Jungkook longe, muito longe e cada vez mais perto do uso da palavra de segurança. Só assim Jungkook se dava por vencido, mas, talvez precisasse adiantar um tanto as coisas naquela situação.
“Hyung...” Ele chamou, em um tom notoriamente mais submisso, mas ainda não era o que Seokjin conhecia do Jeon.
“O que, cachorro?” O dominador voltou a erguer o corpo, direcionando-o ao Jeon. “Quer alguma coisa?”
“Ele.” Jungkook respondeu, olhando para Namjoon, que sentiu o estômago revirar com a intensidade dos olhos pretos. “Quero ele.”
“Implora.” Foi a sentença de Seokjin. Mas é claro que não houve efeito imediato, então, ele prosseguiu. “Implora, pede ‘por favor’, clama, e eu te deixo fazer o que quiser com ele, essa é sua condição. Eu quero te ver chorando aos meus pés, desesperado pra dominar o Namjoon, desesperado pra comer aquele cu.”
Enquanto Namjoon assistia a cena com a respiração mais uma vez afetada, Jungkook permanecia firme em sua posição, sem mover um músculo, apenas os olhos voltaram para o dominador, exibindo parte do clamor que Seokjin desejava, mas, também exibia a luxúria embriagante, o sentimento escarlate que brilhava naqueles olhos que encaravam o dominador de baixo, sob os cílios curtos.
“Você quer mais, né, filho da puta?” Seokjin riu em deleite, a voz áspera e grave como Namjoon jamais tinha ouvido, era o efeito de Jungkook nele, o efeito daquele desejo escancarado na face do garoto. “Masoquista do caralho.”
O dominador grunhiu enquanto puxava a corrente do Jeon com força, o couro da coleira apertando o pescoço alheio. Seokjin agachou-se apenas para remover a corrente dali e em seguida deu a volta no corpo de Jungkook, parando atrás dele e ficando de frente para Namjoon, a quem direcionou um olhar divertido e um sorriso de canto.
“Aproveita o show, Namjoonie, já que gosta tanto de assistir.” Seokjin comentou antes de desferir uma chibatada na bunda do Jeon, cujo corpo tremeu e os lábios deixaram escapar um gemido alto.
“Quantas vão ser necessárias até você chorar e me pedir pra parar?” Ele acertou Jungkook mais uma vez, o golpe do couro contra a cueca era barulhento, mas todos naquele quarto gostavam daquele som, todos se excitavam à medida que o couro atingia o látex. “Do jeito que você é pervertido, eu posso te espancar a noite toda e o máximo que você vai fazer é gozar igual uma puta, gemendo e pedindo mais.” Seokjin bateu na lateral da coxa do Jeon dessa vez. “Gosta quando eu te marco inteiro, né? Filho da puta safado.”
Mais uma chibatada, na outra coxa, e Jungkook cedeu, quase colapsando no tapete, quase perdendo o total controle do seu corpo. “Hyung, por favor... Por favor...” Ele choramingou e Seokjin baixou a chibata que já estava pronta para golpeá-lo mais uma vez. O dominador sorriu como se acabasse de ganhar na loteria.
“Por favor, o quê, Jungkookie?”
“Por favor, me deixa tocar no Namjoon, por favor, por favor, eu preciso dele, eu não aguento mais, Senhor, eu quero muito, eu preciso, por favor.” Jungkook olhou por cima do ombro, encontrando a face satisfeita do seu dominador e sussurrou mais um ‘Por favor’.
“Brat do caralho.” Seokjin comentou em um riso simples, mas carregado de uma satisfação bastante escancarada. “Levanta.”
Jungkook estava ofegante, sentia sua pele ardendo, a dor se esgueirando por todos seus sentidos e a direção final era o seu pau que lutava contra o látex que o continha, causando mais incômodo, quebrando mais o ego do brat e deixando-o à mercê de Seokjin, da forma que mais satisfazia seu dominador.
O mais novo entre os três teve dificuldade para se pôr de pé, tinha os pés e mãos algemados, o que dificultava seu equilíbrio e tornava a situação mais humilhante. Seokjin assistia com aquele sorriso de canto, caminhava de um lado para o outro atrás de Jungkook ao que observava o garoto fazer o possível para levantar.
“Namjoonie, de pé também.” Seokjin mandou quando Jungkook enfim conseguiu erguer seu corpo e Namjoon, com extrema facilidade, seguiu a ordem do dominador imediatamente.
“Jungkook, vai pra poltrona, senta e espera. Namjoon, de joelhos na frente dele.” Os dois submissos tiveram pressa em tomar seus lugares, culpa do desespero que nutriam um pelo outro.
Jungkook odiava a restrição daquelas correntes, odiava seus passos sendo contidos enquanto ele assistia Namjoon o aguardar com o lábio inferior preso entre seus dentes. Quando enfim Jungkook sentou no estofado lilás, Namjoon deu curtos passos, a distância entre os dois era mínima, e deixou o corpo cair de joelhos a frente do Jeon, que o encarou com fervor.
“Eu quero acabar com você.” Jungkook sussurrou. E mesmo com as mãos presas atrás do corpo, a focinheira em seu rosto e as marcas vermelhas em suas coxas, Jungkook ainda soava provocante e dominante, ainda tinha aquela profundidade em seu tom que causava em Namjoon um torpor gostoso por todo seu tronco.
Namjoon queria dizer que estava ansioso por aquilo, que desejava Jungkook lhe maltratando na mesma intensidade em que Seokjin lhe enchia de elogios e carícias, queria experimentar a rudeza daquela relação, dos extremos e contrastes que se complementavam tão bem.
Porém, escolheu calar-se, por pura obediência. Apenas sustentou aquele olhar intenso, temendo ainda assim estar indo contra as ordens de Seokjin, mas Jungkook o arrastava consigo para aquela imensidão escura presa em seu olhar, mas, que tinha a luxúria vermelha e brilhante escondida nos orbes.
Seokjin os observava enquanto voltava para perto dos dois, a atenção dividida entre a forma lasciva que Jungkook encarava o outro aos seus pés, e o olhar marejado de Namjoon que implorava mais do que qualquer palavra.
O dominador deu a volta na poltrona, parando logo atrás de Jungkook. “Vou tirar isso agora, vê se não morde.” Seokjin disse contra a orelha do Jeon, as mãos nas tiras de couro da focinheira e sua voz soou descontraída.
“Só se você mandar, hyung.”
“Se o Joonie quiser, eu mando.” Seokjin lançou um olhar para o citado, erguendo uma sobrancelha enquanto soltava os fechos da focinheira. “Quer, Joonie? Quer o Jungkookie te maltratando, te marcando todinho?”
“Marcando mais, né, olha o que você fez com ele.” Jungkook resmungou, olhando para o início do peitoral de Namjoon — a bagunça no pescoço já era responsabilidade do Jeon.
“Eu quero, Seokjin-hyung. Quero tudo...” Namjoon disse com fome em seu tom, em seu olhar, na forma que moveu o corpo um pouco mais para frente, suas mãos repousando sobre as coxas fartas do Jeon por puro instinto.
“Não toca em mim, puto.” Jeon disse em um grunhido, levando seus pés descalços para o corpo de Namjoon e afastando-o devagar.
“Jungkook.” Seokjin disse em tom de alerta, soltando a última tira da focinheira.
“Ele gosta, hyung, você sabe disso.” O tom de Jungkook era mais feral ao que ele tinha mais liberdade, o rosto agora exposto, sua total expressão de desejo bem a vista do, agora, único submisso. “Olha o pau marcando esse shortinho de vagabunda.” Jungkook arrastou a planta dos pés sobre a virilha de Namjoon, fazendo-o gemer baixinho.
“Anda, Seokjin-hyung, me solta.” Jungkook murmurou insatisfeito, remexendo as mãos impacientemente.
“Isso não está nos meus planos.”
“Porra, mas eu quero ele , Hyung, eu quero tocar ele.” O garoto reclamou. Seokjin apenas riu soprado e tirou do bolso a venda preta, logo deslizando-a pelo rosto do seu brat enfezado. “Não, Seokjin, porra, não, você não vai fazer isso, caralho, eu pedi por favor.”
“Você fica tão lindo com essa carinha de bravo.” Seokjin desceu seu dedo pela curvatura do nariz de Jungkook até os lábios em um biquinho. “Fica difícil não te irritar. E me respeita, filho da puta, eu ainda sou seu dominador.”
“Obrigado por lembrar.” A resposta veio carregada de ironia.
“Cala a porra da boca.” Seokjin disse, segurando as bochechas do Jeon com certa força. Soltou-o em seguida, caminhando para frente dos dois. “Namjoon-ah, sobe no colo dele. Quero ter essa visão de pertinho agora... Vocês não sabem o quanto foi difícil me controlar dentro daquele carro...”
Seokjin o assistiu os movimentos de Namjoon como quem apreciava uma peça muito bem ensaiada, o melhor dos shows, os joelhos sendo colocados sobre o estofado lilás, as pernas grossas rodeando o quadril do Jeon, que estava terrivelmente inquieto. Por fim, Namjoon apoiou-se nos ombros de Jungkook ao que sentava propriamente no colo dele, sentia o short de seda deslizando sobre a cueca de látex e a vontade de rebolar ali era quase incontrolável.
“Quietinho, Namjoon-ah.” Seokjin disse, como se pudesse ler pensamentos. O que ele sabia ler eram as intenções nos rostos de seus submissos, os desejos estampados nos olhares. “Coloque as mãos para trás.”
Namjoon tinha a respiração descompassada quando Seokjin se aproximou de si, suas mãos macias deslizaram pelos ombros nus dele e desceram pelos braços fortes, não musculosos, mas cheios, fartos como todo o corpo do homem. O dominador subiu com a ponta de seus dedos até uma mão alcançar a nuca do outro, então ele enroscou os dedos nos fios castanhos e os puxou, trazendo a cabeça de Namjoon um pouco para trás.
“Olha pra mim.” A ordem foi acatada e os olhos de dragão encararam Seokjin. “Agora abre a boca pro hyung e coloca a língua pra fora.” Seokjin deixou um sorriso mínimo estampar seu rosto quando os lábios de Namjoon se separaram, a carne amarronzada e brilhante, Seokjin já havia provado a maciez e era viciante.
“Senhor... O que vai fazer?” Jungkook questionou, entre a respiração pesada. Senhor , aquela palavra, quando sendo entoada pela voz do Jeon, tinha grande influência sobre o dominador.
“Vou cuspir na boca dele, deixar bem molhadinha pra ele poder beijar você.” A voz do dominador era sussurrada. “Vou deixar a boca dele com o gosto da minha, assim você não vai poder reclamar por não receber minha atenção, olha o que eu faço por você... Tô preparando até seu beijo.”
“Deixa eu ver, Seokjin-hyung... Deixa...” Jeon pediu em um tom quase choroso.
“Seja paciente, Jungkook, você vai ter o que quer.”
Foi a última fala do dominador antes de ele acumular saliva em sua boca e em seguida cuspir diretamente na língua de Namjoon. Jungkook precisou se contentar com o que a sua mente projetava, com a imagem de Namjoon assistindo a saliva escorrer para sua boca e Seokjin com a língua para fora, molhada e brilhante, próxima demais da língua do outro.
“Beija ele, Joonie, toca nele como quiser.”
Jungkook só teve tempo para grunhir baixinho antes de ter os lábios de Namjoon pressionados contra os seus, que logo foram separados para abrigar a língua excessivamente molhada. Murmúrios satisfeitos eram emitidos por ambos, as línguas deslizavam uma sobre a outra, Jungkook fazia seu melhor para dominar a boca pequena do mais velho, mas Seokjin, que ainda mantinha uma mão nos cabelos de Namjoon, ajudava-o a manter o controle do beijo, instigando-o a pressionar Jungkook contra a poltrona.
E assim Namjoon fez, com as mãos nos ombros fortes do Jeon, ele o empurrou ao encontro do estofado lilás, então subiu com suas palmas para o pescoço do mais novo, uma permaneceu ali enquanto a outra foi em direção aos fios negros de Jungkook. Não fez questão de puxar, apenas deixou que os dedos serpenteassem pelo couro cabeludo quase como um carinho ao que o beijo se tornava ainda mais cheio da entrega um do outro.
“Move o quadril, Joon, rebola no colo dele, esfrega esse pau nele.” Seokjin sussurrou contra a orelha de Namjoon, que respondeu com um gemido contra a boca do Jeon e não demorou a obedecer a seu dominador, fazendo o que tanto queria.
O tecido do short curto ajudava nos movimentos, tornava o rebolar mais fácil e Namjoon gostava da sensação de se esfregar contra o látex. Jungkook gemeu, deixando que os sons fossem contidos pelo beijo, ao que ele sentiu o pau grosso arrastando na sua virilha, a cabecinha podia ser sentida em sua barriga e o garoto só queria libertar o próprio pau, queria impulsionar o próprio quadril e fazer Namjoon sentir sua ereção entre aquela bunda gostosa.
“Jungoo...” Namjoon sussurrou quando o beijo se tornou desleixado, os lábios apenas se esfregavam um contra o outro ao que ambos gemiam e suspiravam. “Seokjinnie-hyung... Deixa ele me tocar... Por favor...” pediu, virando o rosto devagar para encontrar o de Seokjin e os lábios de Jungkook exploraram a linha do maxilar do outro, descendo para o pescoço marcado.
“Quer que o Jungkookie cuide de você, Namjoon? Você sabe que ele não vai ser bom com você, tem certeza que quer que eu solte meu cachorrinho?” A língua de Seokjin passeou pela orelha de Namjoon após a fala sussurrada.
“Eu quero, hyung... Deixa ele me maltratar, eu gosto...”
“Ele é só mais um cachorro desesperado por pau.” Jungkook disse ao afastar os lábios do pescoço de Namjoon, que se sentia nas nuvens por receber tanta atenção dos dois homens. “É claro que ele gosta de como eu trato ele.”
Seokjin deixou uma última mordiscada na orelha de Namjoon para enfim se afastar, Namjoon, por sua vez, continuou a olhar para o dominador, com as lágrimas mais uma vez acumuladas em seus olhos, a boca ainda mais inchada e uma expressão que demonstrava todo o desespero que sentia, a fome por mais do que o casal tinha a lhe oferecer.
Com ordens rápidas e claras sendo atendidas de prontidão, Namjoon afastou-se do Jeon e Seokjin ocupou-se em soltar as algemas dele, que apenas sorriu ao balançar as mãos ao lado do corpo, a língua passeou pelo interior da sua bochecha e ele teve pressa para se aproximar de Namjoon mais uma vez, ficando a menos de um passo de distância do homem.
Namjoon era mais alto, mas a postura de Jungkook, o calor em seu olhar, o fazia sentir-se pequeno, subjugado.
“Não quero que olhe pra mim, tá ouvindo? O Seokjin gosta de ser admirado, mas eu não gosto que gente baixa como você olhe na minha cara. Você é só um brinquedinho na minha mão, é quem eu vou usar pra gozar essa noite, então nós claramente não estamos no mesmo nível, entendeu?”
A rispidez no tom do Jeon fez Namjoon se encolher em seu lugar, as mãos se juntando a frente do seu corpo ao que ele desceu seus olhos para os próprios pés, sentindo que não era digno de olhar para o Jeon, não mais.
“É por isso que o Seokjin gosta tanto de você, né?” Jungkook questionou com o rosto muito próximo da orelha de Namjoon, fazendo-o suspirar ao sentir os arrepios percorrendo todo aquele lado que era atiçado pela respiração quente. “É um puto adestrado, faz qualquer coisa pra ter um pau. E não só um , não é, Joonie?”
Aquela fala soou como um click, sua consequência foi um gemido alto vindo de Namjoon, sua mente respondeu de imediato, viajando para as inúmeras fantasias que vinha nutrindo, sempre à espreita, esperando para serem novamente despertadas.
Ele sentiu seu ânus tensionar, contraindo apenas com o pensamento, aquele já recorrente, sobre os dois paus sendo penetrados em si, esticando o músculo ao limite, causando aquela ardência gostosa que Namjoon só alcançava ao usar o maior dos seus dildos.
“Vai pra cama.” Jungkook disse baixinho, ainda contra a orelha do outro, e se afastou em seguida, indo na direção de Seokjin. “Vai ficar só olhando, hyung?” Questionou a uma distância segura, o dominador estava sentado em um cavalete, sobre o estofado forrado por couro sintético branco, os braços cruzados sobre o peito e um olhar divertido em seu rosto.
“Eu gosto de ver você dominando.” Seokjin disse com um leve dar de ombros, seu olhar cruzou o quarto até pousar em Namjoon, sentado na ponta da cama e encarando o chão, aguardando seu dominador, aguardando Jungkook . “Não deixa ele esperando, Kook-ah...”
“Vem pra mais perto...” Jungkook pediu em um sussurro provocante, correndo a ponta de um dedo pelo tule que contornava o tronco do dominador, descendo pelo centro do peitoral até o início do abdômen. “Quero que assista a gente, nos dois sentidos.”
“Não consegue fazer seu trabalho sozinho?” O mais velho questionou ao impulsionar seu corpo, seguindo Jungkook em passos tranquilos.
O Jeon apenas riu soprado, um sorriso convencido permanecendo em seus lábios até que alcançassem Namjoon. “Você sabe que eu sou egoísta, Seokjin, só quero que garanta que o Namjoon-hyung também vai sentir prazer.”
“Ele vai, ele tá desesperado por você.”
“Você tá, Namjoon?” Jungkook questionou assim que parou de frente para o seu hyung, um joelho indo para o meio das pernas dele e obrigando-as a se afastarem. “Vai implorar pra gente te foder?”
“Sim, Jungkook-ssi, com certeza eu vou.” Ele respondeu, fitando a pele do Jeon que estava próxima de seu olhar, mordeu o lábio em seguida, desejando senti-la com sua boca.
“Quero que deite no colchão, com a cabeça na ponta. Preciso muito foder uma boca agora e já que é a sua que tá a minha disposição hoje, então eu vou usar.”
Namjoon adorava aquilo, a sensação de ser usado, de ser só um objeto na mão do Jeon com a única finalidade de satisfazê-lo. Ele queria ser bom para Jungkook também, queria lhe servir como melhor podia, ser um brinquedinho completamente útil.
Enquanto Namjoon assumia a posição que lhe foi ordenada, Jungkook descia os zíperes aos lados da sua cueca, suspirando em alívio assim que se livrou do aperto incômodo, deslizando a peça por suas pernas e em seguida jogou-a sobre a cama, bem próximo de onde Seokjin estava sentado.
“Vai ser tão fácil pro Joonie te chupar.” O mais velho comentou, apanhando a cueca e girando-a em seu dedo. “A boca dele é pequena, mas seu pau é menor.”
Jungkook se limitou a um riso soprado, passou a língua por seus lábios enquanto uma mão ocupava-se em bombear seu pau flácido, ele cutucou o interior da bochecha e desceu seus olhos para Namjoon, já bem posicionado e à espera do Jeon.
“Não lembro de você dizer isso enquanto sentava em mim.” O garoto retrucou e logo estava se aproximando de Namjoon, o pau já semirrígido e ainda sendo estimulado por sua palma. “Abre essa boquinha pra mim. Isso, Joonie...” Ele elogiou enquanto se posicionava para deslizar o comprimento para dentro da boca tão quente e molhada.
Jungkook gemeu ao que seu caralho afundava ali, com pouca dificuldade, mas ainda era apertado e gostoso.
“Vou foder essa boca todinha.” Ele grunhiu quando moveu o quadril pela primeira vez, sua mão contornou o pescoço do submisso, sem colocar qualquer pressão, apenas deslizando a palma devagar sobre a pele. “Vai me engolir inteiro, não vai, meu putinho?”
Namjoon mantinha a garganta relaxada, se empenhava para respirar apenas pelo nariz enquanto o pau de Jungkook atingia cada vez mais fundo e enrijecia mais no interior da sua boca. Sentia a cabecinha ameaçando ultrapassar seus limites e se obrigava a relaxar um pouco mais, apenas pelo desejo de receber o pau inteiro ali dentro.
O mais velho entre os três decidiu tocar Namjoon nas panturrilhas, aproveitando as pernas esticadas ao seu lado, seus dedos deslizaram na pele macia e o corpo do outro se tornou agitado.
“O que foi, Joonie? É sensível até aqui?” Seokjin provocou, arrastando as pontas dos dedos pelas pernas do mais novo. Alcançou os joelhos, já sentindo os músculos das coxas tensionarem. “Vou brincar com você enquanto o Jungkookie fode sua boquinha.”
Seokjin ficou de joelhos no colchão, colocando-os ao lado das pernas do outro, então levou as mãos para a ereção que marcava totalmente o short de seda, o pau grosso e completamente ereto enquanto Namjoon tinha a boca usada.
O dominador apalpou o comprimento com as duas mãos, uma cobrindo a glande ao mesmo tempo em que a outra palmeava o pau cheio de veias saltadas. Namjoon impulsionou o quadril minimamente, seus dedos dos pés sendo arrastados no lençol e bagunçando a cama.
“Gosta disso, Namjoon? Gosta que eu toque na sua pica enquanto o Jungkook afunda a dele na sua boca?” Seokjin provocava com as palavras, como se seu toque não fosse o suficiente para arrastar Namjoon para um estado de embriaguez, entorpecido pelo prazer.
“Ele é… nosso melhor puto... Seokjin-hyung” Jungkook disse entre suspiros ao que movimentava o quadril em um ritmo lento, mas que garantia estocadas fortes e precisas dentro da boca de Namjoon. “Ele é tão desesperado por pau… Olha só como me engole fácil, a boca dele parece até uma buceta, quanto mais eu fodo, mais molhada fica… E é tão apertadinha…”
“A boca dele é pequena pra compensar o quanto a gente vai arrombar o cuzinho dele.” Seokjin comentou, arrastando um dedo sobre a seda do short do outro até que ele repousasse no espaço entre as nádegas de Namjoon, ele pressionou ali devagar, sentindo a contração involuntária. “Tô louco pra ver ele todo aberto ao redor dos nossos paus…”
Seokjin moveu o dedo em pequenos círculos, sentindo o contorno perfeito do cuzinho que piscava em desejo. Para Namjoon era uma covardia que Seokjin o provocasse daquele jeito quando ele estava tão desesperado para ser fodido, quando a sensação dos paus o arrombando era tudo em que ele conseguia pensar.
Namjoon quis gemer, mas o pau do Jeon enterrado em sua garganta era uma limitação eficiente, ainda assim, ele grunhiu baixinho, apenas o suficiente para a vibração em suas cordas vocais chegar ao pênis de Jungkook, que soltou um “Ahh” suspirado, estocando mais forte, fazendo Namjoon engasgar antes de afastar-se por completo.
Ele tossiu um pouco assim que teve a garganta livre da pressão, do abuso que deixava um incômodo ardente, respirou fundo, trazendo todo o ar que lhe era negado antes.
“Isso, Joon…” Jungkook deslizou um polegar devagar sobre o pomo de adão de Namjoon. “Respira…”
Ele levou uma mão para o próprio pau, agora encharcado por saliva, enquanto Namjoon o encarava com os olhos marejados, desejando implorar para ter o caralho de volta em sua boca. Mas não seria necessário, Jungkook lhe concedeu apenas o tempo suficiente para recuperar o fôlego antes de pressionar a glande contra os lábios marrons.
Ao tempo em que Namjoon abriu a boca para receber o pau mais uma vez, os polegares de Seokjin tomaram o elástico do short de seda, descendo-o sem qualquer dificuldade e expondo a ereção de Namjoon, a cabeça levemente avermelhada parecia implorar para ser chupada, ou ao menos tocada, principalmente quando brilhava pelo pré-gozo acumulado ali.
Seokjin tinha os ouvidos agraciados pelo som molhado do pau do seu namorado atingindo o fundo da boca de Namjoon, o Jeon gemia baixo, daquele jeito arrastado e rouco que Seokjin adorava ouvir.
Seu olhar encontrou o de Jungkook e a intensidade do que compartilhavam era palpável, o mais novo entregue ao prazer de finalmente foder a boca do seu hyung, enquanto Seokjin se deliciava com a visão do deleite estampado no rosto dele, o cintilar lascivo da língua correndo sobre os lábios delicados ao que ele estocava ainda mais forte, o quadril se movendo de forma ritmada e precisa.
O switcher se sentia incapaz de deixar de olhar para Seokjin, acatando o que o seu dominador tanto adorava exigir, ele o admirava, deixando os olhos passearem pela expressão feroz do outro, as sobrancelhas quase unidas, olhos tão escurecidos pelo desejo e a língua vermelha e brilhante deslizando sobre seus lábios fartos, molhando-os e tornando o tom de rosa carmim ainda mais atraente.
Seokjin afastou-se apenas para pegar o lubrificante na gaveta de um dos móveis ao lado da cama, logo voltando a sua posição acima de Namjoon, agora usando os joelhos para manter as pernas do homem juntas, impedindo-o de mover-se inquietamente como fazia antes. Não demorou para Seokjin estar despejando uma quantidade exagerada de lubrificante sobre o pau do submisso, o líquido gelado fez Namjoon impulsionar o quadril em reflexo, o pau pulsando levemente ao que era coberto por inteiro.
“Você gosta molhado, Joonie-ah?” Foi Jungkook o dono da pergunta. “Eu adoro… Quero ver seu cuzinho escorrendo antes de te foder…”
Ele correu um polegar pela bochecha de Namjoon enquanto Seokjin arrastou o indicador por todo o seu comprimento encharcado, espalhando o líquido transparente e fazendo de Namjoon uma bagunça em todos os sentidos que estavam ao seu alcance, seu peito subia e descia de forma acelerada, o quadril tentava inutilmente investir contra o nada.
Ao envolver o pau grosso com uma mão, Seokjin causou em Namjoon um gemido involuntário que o fez engasgar em Jungkook mais uma vez, o toque do dominador era mínimo, sequer colocava pressão nos dedos ao redor do caralho sensível, mas Namjoon estava tão desesperado por aquilo e quando Jungkook se afastou ele só soube gemer alto e choroso.
“Hyung…” Ele chamou numa voz sussurrada e rouca, a garganta totalmente maltratada pela forma que Jungkook fodeu ali.
“Shh” Seokjin sibilou. “Quietinho. Jungkook-ah, chega, quero que me prepare enquanto eu toco uma punheta pra ele.”
“Você vai…”
“Sentar nessa rola gostosa? Com certeza.” Seokjin praticamente grunhiu, sentindo-se um tanto impaciente, a visão do pênis grosso entre seus dedos estava o levando a loucura, queria descobrir a sensação de ter Namjoon em seu interior. “Vem cá, Joonie, deita nos travesseiros.”
O dominador colocou as mãos molhadas no quadril de Namjoon, ajudando-o a se sustentar ao mudar sua posição na cama. Namjoon mal acreditava nas palavras que deixaram a boca do mais velho, ele estava ansioso para ser fodido, com toda certeza, mas o pensamento de ter Seokjin sentando em seu pau fazia a espera valer a pena.
“Tira o resto da roupa.” Jungkook ditou e Namjoon teve pressa em atender. Sair da blusa apertada era um pouco difícil, mas ele conseguiu sem demora, exibindo o peitoral bronzeado, o tronco retangular e robusto que provocava nos outros dois a vontade de marcá-lo por inteiro.
“Aqui, Jungkook.” Seokjin o ofereceu o tubo de lubrificante e se ajustou sobre o colchão, com o rosto bem próximo da ereção de Namjoon e a bunda empinada para que Jungkook pudesse o preparar. “Pode tirar minha calça, mas não quero que toque nada além do que eu mandar.” O dominador dava suas ordens com os olhos fixos em Namjoon, observando sua face avermelhada e molhada por lágrimas.
“Eu estou bonito assim, Joonie? Gosta de ver o hyung empinado na sua frente?” Ele questionou enquanto masturbava Namjoon de forma preguiçosa, sem pôr muito esforço na tarefa, não queria deixá-lo no limite tão cedo. “Não precisa me responder verbalmente, eu sei que sua garganta tá fodida.” Seokjin riu baixo ao fim da fala e Namjoon se limitou a um aceno positivo seguido por uma mordida no lábio inferior.
Jungkook dedicou-se à tarefa de despir parcialmente o namorado, a seda púrpura deslizando facilmente por suas pernas, revelando as nádegas delineadas pelas tiras da jockstrap que Seokjin vestia.
“Me molha.” O mais velho ordenou.
Jungkook destampou o lubrificante e derramou-o entre a bunda de Seokjin, observando o líquido abundante escorrer até o colchão. Ele não iria tocá-lo sem permissão, não o desobedecia em momentos como aquele.
O Jeon raramente conseguia se comportar o suficiente para ter Seokjin se fodendo em seu pau, aquele era como um momento de glória para o submisso e o dominador também apreciava muito o ato, entretanto, sempre acabava punindo Jungkook ao fodê-lo sem misericórdia e sem lhe dar a permissão para gozar. Em seguida, Seokjin sempre ia atrás do próprio orgasmo enquanto se fodia em um dildo diante dos olhos do seu brat.
Jungkook era ciente de que Seokjin gostava de ser passivo, gostava de sentar, de sentir um pau bem fundo em si, e por mais egoísta e rebelde que fosse, jamais iria negar o prazer do seu dominador.
“Enfia seus dedos em mim, um por um, até caberem quatro. Você sabe como fazer.” Seokjin ditou enquanto punhetava Namjoon com aquela lentidão tortuosa.
“Sim, Senhor.” Jungkook respondeu antes de ficar de pé logo atrás de Seokjin.
Ele respirou fundo, em seguida colocou um braço para trás e estendeu o outro na direção do namorado, o dedo indicador deslizou entre suas nádegas, espalhando o lubrificante em movimentos circulares sobre o cuzinho tenso, mas que relaxou gradativamente com o toque delicado de Jungkook.
Ele provocou o músculo com a ponta do dedo, pressionando devagar até que estivesse pronto para afundá-lo inteiramente ali, e assim ele fez, sentindo o aperto familiar e o calor do interior. Quando o brat circulou o dedo dentro de Seokjin, ouviu um gemido tipicamente melódico, aquele som delicioso que tanto amava ouvir.
Seokjin pressionou o pau de Namjoon com mais força, os movimentos se tornando mais rápidos enquanto Jungkook o alargava para aquele mesmo pau. Namjoon também gemia, baixo e rouco, ainda sem conseguir emitir mais do que leves grunhidos de prazer, mas eram o suficiente para provocar Seokjin a ir mais rápido, a apertar um pouco mais o caralho entre seus dedos, sentindo as veias grossas pulsando.
Jungkook enfiou mais um dedo no cu de Seokjin e ele correu o polegar sobre a glande de Namjoon, espalhando mais lubrificante sobre a cabecinha sensível.
“N-Não… Hyung…” Namjoon murmurou, o tom choroso ao que suas mãos agarraram o lençol e o seu corpo tremeu. “Não faz assim… Vou—Ah.” Ele teve a fala interrompida pela forma que a palma do dominador subiu por todo seu pau, cobrindo a glande com o prepúcio para em seguida descer devagar. “Porra… Hyung, Senhor…”
Jungkook aproveitou a forma que Seokjin relaxou brevemente para enfiar mais um dedo, fodendo-o devagar e separando-os a cada vez que o penetrava por completo. A visão do músculo alargado o fazia salivar, a pele amarronzada ao redor do anel avermelhado causava no Jeon a vontade incontrolável de enfiar sua língua ali, mas ele precisava ser obediente e seguir as ordens de Seokjin estritamente.
“Coloca mais um, Jungkook.” O mais velho ordenou e Jungkook não hesitou em obedecer, enfiando seu quarto dedo. “Caralho…” Ele suspirou. “Mais lubrificante.”
Mais uma vez, Jungkook fez o que foi ordenado de prontidão, circulou os dedos no interior de Seokjin apenas para tê-lo um pouco mais relaxado, então despejou mais do líquido gelado, observando enquanto escorria para dentro do cu totalmente preparado para receber o pau grande de Namjoon.
“Pronto, Hyung” Jungkook anunciou, seus olhos grudados naquela imagem lasciva.
“Agora vem pra cama, nós vamos usar nosso brinquedo juntos.” Seokjin disse em um tom que não carregava tanta malícia, era aquela voz que parecia como um abraço morno e fazia o coração do Jeon falhar uma batida ou mais. Era a voz do homem por quem era apaixonado, não apenas o Seokjin dominador.
Jungkook mordiscou o lábio inferior em apreensão enquanto removia seus dedos de Seokjin, que suspirou assim que estava vazio. Ele sentou no colchão, ao lado do corpo de Namjoon, e olhou para o namorado, aguardando pela ordem seguinte.
“Namjoon, o Jungkook vai sentar na sua cara enquanto eu sento no seu pau” Seokjin explicou enquanto se posicionava acima do colo do submisso. “Quero que chupe ele direitinho, ok?” Ele concordou com um aceno. “Se não conseguir respirar, bata 3 vezes na coxa do Jungkook e ele vai se afastar, certo?”
“Sim, hyung.” Namjoon respondeu em um tom baixo.
“Ótimo, Namjoon-ah. Depois que a gente brincar o suficiente com você, vamos te dar o que tanto quer.”
Namjoon acenou positivamente mais uma vez antes de ter a mão do dominador ao redor do seu pau, mas agora Seokjin tinha os joelhos ao redor do quadril alheio e usava uma mão para afastar uma nádega enquanto a outra guiava o pau para seu cuzinho, pincelando a cabecinha brevemente no músculo relaxado antes de descer o corpo sobre a espessura generosa.
Ele deixou um suspiro escapar assim que sentiu o pau fundo em si, a bunda foi de encontro a virilha de Namjoon e a ciência de que aquele pau grande estava totalmente enterrado em seu cu o fazia tremer levemente, contraindo devagar apenas para sentir o quanto estava cheio.
“Vai ficar só olhando, Jungkook-ah?” Perguntou em uma voz afetada.
E Jungkook não gastou mais um segundo sequer estando longe do corpo de Namjoon, foi rápido ao passar um joelho para cada lado da face do outro e também a guiar as mãos do submisso para que ele agarrasse suas coxas, o que Namjoon também não hesitou em fazer, firmando o aperto ao redor dos músculos rígidos enquanto Jungkook exibia seu cuzinho para o homem.
Suas mãos afastaram suas nádegas e ele sentou propriamente no rosto do submisso, sem demorar a sentir a língua em seu buraco, lambendo-o por inteiro antes dos lábios o envolverem ali, chupando, beijando e molhando Jungkook por inteiro. O garoto suspirou e gemeu baixo, as mãos traçando o caminho pelo próprio tórax, alcançando seus mamilos sensíveis e estimulando-os com a ponta dos dedos.
Seokjin moveu o quadril devagar e Namjoon gemeu contra a bunda do Jeon, extasiado pela sensação do cu apertado rebolando lentamente em seu pau. O dominador não tinha pressa, sabia que Namjoon estava sensível e necessitado, ele não queria fazê-lo gozar.
Movendo as mãos que repousavam nas próprias coxas, Seokjin alcançou o rosto de Jungkook, erguendo o quadril minimamente para puxá-lo para mais perto, até que os lábios se encontrassem e um beijo lascivo se iniciasse, levando-os a um estado de entrega em muitos sentidos. Seokjin passou a mover o quadril um pouco mais rápido ao tempo em que sua língua rodeava a de Jungkook e arrancava muitos gemidos contidos do garoto.
Por vezes era Seokjin a gemer contra a boca alheia e Jungkook adorava engolir cada som de prazer emitido por seu dominador, adorava beijá-lo enquanto ele sentava no pau de Namjoon e adorava ser beijado enquanto tinha o cu sendo chupado fervorosamente, o submisso estava totalmente dedicado à tarefa de beijar Jungkook ali em baixo, a língua circulando o anel tenso, mas que lentamente dilatava, permitindo que ele enfiasse a língua minimamente e sentisse todo o calor que Jungkook escondia dentro de si.
Era tudo muito carregado de luxúria, tão espessa que pesava no ar, os intoxicava e embriagava naquela nuvem de prazer. Namjoon adorava ser usado, adorava a forma que os dois usavam seu corpo como bem queriam, como Seokjin quicava em seu pau e Jungkook movia o quadril para frente e para trás, se esfregando no rosto do outro.
“Sua rola é tão gostosa, Namjoon-ah… Porra… Poderia sentar em você a noite toda.” Seokjin disse em grunhidos intercalados por gemidos altos, estava tendo o momento da sua vida, se sentindo inteiramente preenchido por aquele caralho grande e grosso. “Você é tão grande que eu consigo te sentir no meu estômago…” Ele sentiu o quadril de Namjoon tremer ao fim de sua fala. “Gosta quando eu digo o quanto seu pau é enorme? O quão bem ele me fode?”
“Eu acho que ele gemeu um ‘sim’” Jungkook comentou.
“Deixa eu olhar pra ele, Jungkook.” O dominador mandou e Jungkook se afastou, sentando ao lado dos dois, com as costas apoiadas na cabeceira da cama. Namjoon estava uma bagunça, o rosto avermelhado e encharcado pela própria saliva.
“Safado do caralho, olha bem nos meus olhos enquanto eu sento nesse pau gigante.” Namjoon acenou apressadamente, mantendo seu olhar preso ao do dominador. “Meu cu tá todo arrombado agora, sabia? Acho que só vou poder ser fodido por você, Namjoon-ah, você tá me deixando todo aberto pra só seu pau caber aqui…”
“Hyung…” Namjoon gemeu choroso, juntando as sobrancelhas e agarrando o lençol para controlar a vontade de agarrar o quadril de Seokjin e enfiar seu pau ali, mover o próprio quadril sem dó até gozar dentro do dominador.
“Você tá gostando, Joonie? Meu cuzinho é gostoso de comer?”
“Muito, hyung, você é o melhor… Seu cu é o melhor…” Namjoon sussurrou entre gemidos, precisou fechar os olhos e jogar a cabeça para trás quando Seokjin se apoiou na ponta dos seus pés e passou a sentar rápido, surrando o próprio cu com aquele pau gostoso.
Seokjin sentia o tecido da sua jockstrap molhado pelo pré-gozo que continuava a se acumular na cabeça do seu pau, o aperto ao redor da sua ereção também era incômodo e foi o que o levou a diminuir o ritmo do quadril até parar totalmente e em seguida deixar o colo de Namjoon.
“Vamos foder você agora.” Ele disse, já agarrando as coxas de Namjoon e puxando-o consigo até tê-lo na ponta da cama. “Levanta e me segue. Jungkook, quero que pegue algemas para tornozelos e coxas, aquelas que são presas atrás do pescoço, e as traga para mim.” Viu Jungkook assentir e logo virou de costas.
Namjoon teve dificuldade em levantar, as pernas trêmulas demais, porém precisava obedecer Seokjin, então, com um esforço considerável, ergueu corpo e logo estava seguindo os passos do dominador.
Ele os guiou até um divã longo, cuja base tinha um formato ondulado, quase como um ‘s’, o estofado em um roxo intenso. Jungkook caminhou até parar logo atrás de Seokjin, com as peças requisitadas em mãos, ele se manteve calado e imóvel, com o rosto erguido e os olhos fixos em seu dominador mesmo enquanto ele estava de costas.
“Deita, Namjoon.” O mais velho ordenou em um tom rígido. “Eu vou prender você pra deixar suas pernas bem abertas pra gente, tudo bem?”
“Sim, Seokjin-hyung.” Respondeu antes de tomar seu lugar.
Assim que Namjoon estava repousando sobre o divã, Seokjin tomou seu tempo para apanhar um par de tornozeleiras com correntes das mãos do Jeon, então se aproximou do outro submisso, acariciando suas pernas macias antes apoiar um joelho no estofado e passar uma peça de couro por trás do seu pescoço. Namjoon o ajudou, erguendo a cabeça enquanto encarava a face serena do dominador, que parecia entregue a aquela tarefa.
Ele prendeu as tornozeleiras em Namjoon após erguer suas duas pernas, e a corrente que conectava as tornozeleiras à peça em seu pescoço mantinha-o exposto para Seokjin. Em seguida ele tomou mais duas peças em couro das mãos de Jungkook, estas ele prendeu nas coxas de Namjoon, também as conectando às correntes que vinham do pescoço.
Seokjin se afastou para admirar seu trabalho, apreciando a forma que Namjoon estava à total disposição para que ele fizesse o melhor uso daquele cu que piscava em antecipação. Namjoon estava desesperado para finalmente ter o que vinha fantasiando por toda semana.
“Vou pegar o lubrificante, quero que o prepare também, Jungkook.”
Seokjin ordenou e se afastou em seguida, voltando com o tubo de lubrificante em mãos e entregando-o para Jungkook, que não demorou um segundo sequer para estar diante do corpo de Namjoon, já derramando o líquido em seus dedos e espalhando devagar até apoiar os joelhos no divã e também despejá-lo sobre a bunda do outro.
Apenas a sensação gelada fez de Namjoon inquieto, as pernas tremendo e o peito subindo e descendo rápido, deixando sua respiração acelerada totalmente perceptível.
“Você quer tanto isso, não é, Joonie?” Seokjin provocou, de pé a alguns passos de distância, assistindo. “Não se preocupa, você se comportou direitinho, bons garotos ganham o que merecem.”
“Vou te tocar, hyung.” Jungkook avisou em voz baixa. No segundo seguinte seus dedos estavam deslizando sobre a entrada de Namjoon, circulando devagar, espalhando o lubrificante ali.
“Não precisa ter paciência, Jungkook-ah, enfia logo dois dedos, eu sei que ele vai aguentar, olha o quanto ele tá piscando.”
“Tem certeza, Seokjin-hyung? Não quero machucar ele, não aqui .”
“Confia no hyung. Você aguenta, não aguenta, Joonie?”
“S-Sim, Senhor… Jungkook-ah, p-pode colocar…” Namjoon sequer se envergonhou da forma que sua voz falhava, não se sentia capaz de formar frases coerentes, então falar , por si só, já era uma conquista muito grande. “E-Eu sou uma p-puta arrombada, Jungoo…”
Seokjin sorriu com a fala do submisso e Jungkook empurrou dois dedos para dentro do cuzinho que praticamente os engoliu, recebendo os dígitos tão bem que o Jeon suspirou em descrença, os olhos um tanto arregalado enquanto observava a forma que conseguia deslizar sem dificuldade no interior do outro, o cuzinho dilatando mais a cada movimento seu.
“Cu guloso pra caralho.” Foi Seokjin a dizer. “Só mais dois dedos e a gente de fode.”
“Mais…” Namjoon pediu em um suspiro. “Mais, Jungkookie, mais.”
“Paciência.” Seokjin disse em meio a um riso soprado. Namjoon era incrível.
O terceiro dedo entrou tão fácil quanto os dois primeiros e Seokjin caminhou pelo quarto enquanto seu garoto abria o cu do submisso.
Seokjin foi até mais uma de suas gavetas, tirando de lá um dildo de cyberskin , extremamente realista, de outra gaveta, pegou mais uma venda e voltou para perto dos seus submissos escondendo os objetos atrás de si.
Ele se agachou ao lado de Jungkook, seus olhos encarando Namjoon, que parecia tão fodido daquele jeito, as pernas arreganhadas, sendo sustentadas pelas correntes, seu rosto molhado por lágrimas e súplicas sussurradas deixando seus lábios. Era a melhor visão para o dominador.
“Vou colocar uma venda nele.” Seokjin sussurrou contra a orelha do Jeon. “Quero que o faça acreditar que vamos foder ele juntos, eu vou ajudar, mas você vai foder ele sozinho com seu pau e um dildo.”
“Jin-hyung… Você é malvado.” Jungkook sussurrou de volta com um sorriso no rosto.
“É por isso que você me ama.”
Quando Jungkook estava com quatro dedos afundados no cu molhado e largo de Namjoon, Seokjin deslizou a venda sobre o rosto dele, deixando um beijo em sua bochecha e sussurrando um “o hyung vai cuidar de você” apenas para ele ouvir.
Namjoon não protestaria por ter sua visão obstruída como Jungkook fez, ele estava tão entregue a Seokjin e tudo o que o dominador queria fazer consigo. Se sentia tão devoto a Seokjin que não se via em uma posição de negar coisa alguma.
Seokjin então entregou o dildo para Jungkook, que deslizou a língua no interior de sua bochecha enquanto negava com a cabeça devagar, mas um sorriso voltou a se estender seus lábios.
Seokjin queria mesmo provar o quanto conseguiu foder a mente de Namjoon ao ponto de fazê-lo acreditar que estava sendo fodido pelos dois homens e Jungkook adorava aquilo, adorava a forma de Seokjin dominar até mesmo o que Namjoon sentia.
Ou o que achava que sentia.
“Finalmente vai ter o que tanto quer, Namjoon-ah.” Seokjin disse, tinha o corpo logo atrás de Jungkook, tomava o pau do seu brat entre seus dedos, bombeando-o devagar como se fizesse com o seu. “Vai ter meu pau e o do Jungkookie te arrombando ainda mais. Apesar de que seu cu tá tão relaxado que eu acho que você mal vai sentir… É melhor você apertar a gente um pouquinho pra fazer a experiência valer a pena.”
“Eu vou colocar agora…” Jungkook expirou a fala, apoiando um joelho no divã e deixando o dildo sobre o estofado. Ele alinhou o pau e enfiou devagar, deslizando lentamente para dentro, sentindo o calor rodeando-o por completo e Namjoon estava tão molhado que qualquer movimento mínimo era barulhento.
Namjoon agarrou o sofá como podia, cravando as unhas no tecido aveludado e tendo seu tronco tomado por espasmos involuntários. Ele estava mesmo desesperado por aquela sensação, pelo preenchimento que só um pau poderia lhe proporcionar.
Ele gemeu feito um puto, com manha e súplica em cada som que emitia, a cada vez que chamava por seu Jungkook e seu Hyung, clamando por mais. Jungkook moveu o quadril sem ter paciência ou delicadeza, estocando rápido, forte e fundo, fazendo as peles se chocarem de forma ruidosa e emitindo um grunhido de prazer.
“Cu gostoso. Caralho.” Ele disse entredentes. “Quero sentir a rola do hyung te arrombando junto com a minha, quero gozar com o pau dele roçando no meu.”
E Namjoon implorou por aquilo, com lágrimas molhando seu rosto ao que pedia em sussurros desesperados para que Seokjin o fodesse logo. Clamar por seu dominador não era algo difícil para Namjoon, não era necessário que o homem dobrasse sua vontade para tê-lo pedindo ‘por favor’. Diferente de Jungkook, Namjoon tinha prazer em implorar, em mostrar toda sua necessidade para aqueles que poderiam satisfazê-la.
Seokjin não poderia negar sua admiração a cada vez que a voz do submisso chegava a seus ouvidos, tão obstinada, com o desejo abundante em cada palavra dita. Ele beijava o pescoço de Jungkook enquanto o namorado continuava a arremeter contra a bunda de Namjoon, fodendo quase de forma impiedosa.
“Chega de implorar, amor, o hyung vai foder você também.” Seokjin disse, os lábios ainda pairando sobre a pele de Jungkook. “Fode ele, Kook.” Ele sussurrou para apenas o Jeon ouvir.
Com um aceno apressado, Jungkook também foi rápido ao tomar o pênis de silicone em suas mãos e Seokjin lhe estendeu o lubrificante já destampado que Jungkook logo estava derramando sobre o brinquedo.
“Tô deixando meu pau bem molhado pra entrar em você, Joon.” Havia uma pitada de humor no tom de Seokjin que Namjoon jamais seria capaz de captar no estado em que se encontrava. “Relaxa agora.”
Namjoon não precisava de esforço para cumprir aquela ordem, quando sentiu a ponta do pênis tocar sua entrada, relaxou de imediato, se abrindo um pouco mais para receber a espessura que ameaçava se enfiar ali. Jungkook afastou o próprio pau até manter apenas a cabecinha dentro de Namjoon, assim foi capaz de penetrá-lo com o brinquedo.
Estavam ambos, dominador e switcher, com os olhos vidrados na imagem do músculo se esticando ao redor dos dois paus, e Seokjin sentia seu próprio membro pulsar entre suas pernas porque parecia tão apertado, a sensação de fodê-lo ali era certamente incrível, mas o prazer que sentia em controlar Namjoon daquele jeito era até maior do que o de estar dentro dele.
“Porra, Joon, você tá se abrindo todinho pra mim, seu cu é tão gostoso de foder.” Ele continuava a estimular Namjoon verbalmente, mantendo a mente do submisso focada no pensamento de ter o dominador dentro de si e não sobrava espaço para Namjoon sentir nada além do prazer proveniente da sensação ardente de ter o cu duplamente penetrado.
Seokjin deixou o seu lugar atrás de Jungkook quando o garoto enfiou o dildo inteiramente em Namjoon, que gemia de uma forma quase desesperada, grunhia e agarrava o estofado abaixo de si, enlouquecendo em prazer. Seokjin se ajoelhou para segurar o dildo pela base, tomando o cuidado necessário para não tocar Namjoon.
Jungkook encarou aquilo como a permissão que precisava para se mover e as primeiras investidas foram lentas, seu pau estava sendo esmagado pelo cu do submisso e pelo silicone que tornava o aperto ainda maior, ainda assim, era delicioso.
Ele fodia Namjoon e tinha o pau estimulado pela fricção causada pelo dildo, ele fodia Namjoon e ouvia cada movimento, um som molhado e lascivo e que se tornava ainda mais alto quando o submisso relaxava ainda mais ao seu redor, permitindo a Seokjin mover o dildo também, intensificando o prazer para seus dois garotos.
O dominador assistia de perto a forma que Namjoon estava vermelho e inchado ali em baixo, o músculo esticado ao seu limite e mesmo com os dois paus o preenchendo, Seokjin ainda conseguia enxergar o interior de Namjoon, completamente encharcado por lubrificante e que contraia a cada vez que era fodido fundo e forte.
Seokjin removeu o dildo minimamente, arrastando a glande de silicone onde ele sabia que conseguiria atingir a próstata do seu submisso. Jungkook aproveitou que daquela forma o aperto se tornava mais suave e fodeu Namjoon mais rápido, movendo o quadril com o ímpeto de acabar com ele, de levá-lo ao êxtase extremo.
“Gosta disso, né, seu puto do caralho?” O mais novo grunhiu, agarrou os tornozelos de Namjoon e jogou a cabeça para trás, o quadril se movendo sem piedade, rebolando e investindo mais e mais forte contra aquela bunda que o engolia tão bem. “Não consegue se satisfazer se não tiver duas rolas dentro de você, é isso?”
Namjoon respondia com gemidos altos, melódicos, chorosos, e acompanhado por lágrimas que corriam livremente por seu rosto. Quando Seokjin finalmente atingiu sua próstata, o homem passou a praticamente gritar por prazer, chamando por Seokjin, por Jungkook, por seu hyung, por seu dono .
E aquela última forma de tratamento fez Jungkook falhar em seus movimentos, sendo tomado por um súbito frio na barriga. “Porra, Joonie…” Ele disse baixo, levando os lábios para um dos tornozelos do homem, beijando-o devagar até arrastar a língua por ali, percorrendo até o calcanhar e em seguida deslizando-a pela planta do pé alheio.
Seokjin sabia que Jungkook estava muito perto e ele estava mais do que ansioso para ver seu brat sendo tomado pelo orgasmo enquanto era esmagado por outro pau, enquanto o sentia se movendo junto ao seu, por isso, voltou a enfiar o dildo por inteiro, afundando-o rápido, e o deslizar foi tão fácil que ele estalou a língua em um desprezo que disfarçava sua satisfação.
Namjoon era tão arrombado e Seokjin amava tanto aquilo.
Então, ele se dedicou a arrombar Namjoon só um pouco mais , movendo o dildo na mesma intensidade que Jungkook estocava seu pau, socando o silicone até combinar seus movimentos aos do outro. Daquele jeito, com a velocidade e a força que era fodido, não restava a Namjoon opção senão relaxar completamente ao redor dos dois paus, da espessura exagerada, mas que era muito bem vinda.
“Hyung... Hyung, isso. Ohh. Porra!” Namjoon teve o corpo tomado por espasmos enquanto chorava e gritava por prazer, o pau pulsando inutilmente sobre a própria barriga. “Quero gozar… Jungkookie… Por favor, meu Jungkookie… Amor… Por favor.”
“Caralho, Namjoon.” Jungkook rosnou e socou seu pau impossivelmente forte antes de sentir o orgasmo se formando em seu baixo ventre, aquele calor e torpor familiares, os arrepios que seguiam por toda sua espinha. “Jin-hyung, eu posso encher ele- Porra. Posso encher ele com meu gozo?”
“Sim, Jungkook, você pode.”
Seokjin não se importou de sua voz soar ali debaixo, duvidava que Namjoon fosse capaz de notar a sua ausência quando a mente era invadida pela vontade de ser preenchido por porra. O mais velho apenas continuou a mover o pênis de silicone, continuou a friccioná-lo contra o pau do seu namorado até tê-lo gozando lindamente.
Jungkook tinha a cabeça tombada para trás, os lábios separados e a voz emitindo gemidos roucos enquanto ele despejava cada gota do seu semen dentro de Namjoon, cobrindo o brinquedo com seu gozo também.
“Bom garoto, Namjoon-ah, fez o Jungkookie gozar pra caralho dentro de você.” Seokjin o elogiou. “Agora eu vou fazer a mesma coisa e quero que você goze pra mim.”
“Sim, senhor.” Namjoon respondeu ao expirar pesadamente.
“Pode sair de dentro dele, Jungkook-ah.”
“Ok…” O Jeon respondeu um tanto letárgico, sentindo o corpo um tanto anestesiado pelo orgasmo. Ele praticamente cambaleou até estar sentado no divã.
“Porra, Joon, você não sabe o quanto seu cu tá largo agora.” O dominador comentou assim que voltou a mover o dildo, circulando-o dentro do interior que tensionava, mas ainda sem estar habituado à falta do outro pau dentro de si. Seokjin podia ver o semen dentro de Namjoon e a forma que escorria para fora. “Você tá todo arrombado, meu amor…” Ele disse naquela voz mais terna, carregada de uma admiração que não era tão esperada em momentos como aqueles.
Seokjin socou o pau de silicone devagar, aproveitando de cada som lascivo que a penetração causava. A cena era sexy demais, explícita do jeito que mais agradava o dominador. Ele arrastou a glande contra as paredes do submisso, fazendo-a tocar a próstata brevemente, mas o suficiente para ter Namjoon contraindo um pouco mais, tremendo um pouco mais.
“Quer que o hyung te encha de leite também, Joonie?” Seokjin perguntou em um tom um tanto feral, entredentes e que poderia ser confundido com um rosnado. Estava se deixando levar pela imagem diante de si, pela forma que Namjoon estava tão fodido que era incapaz de se dar conta que era apenas um pau de silicone o fodendo ali. “Diz pro hyung que você é uma puta desesperada por porra, que quer que seu cuzinho sirva de depósito pra minha.”
“E-Eu s-sou, hyung… Só uma puta…” Namjoon choramingava entre gemidos. “S-Sou seu… Hmmm… Ah- Seu depósito de porra.”
“Isso, Joonie, tão obediente.”
Seokjin foi rápido em remover o dildo dali, logo ficando de pé, com um joelho apoiado no estofado e as mãos puxando o quadril de Namjoon um pouco mais, erguendo a bunda para que a porra não escorresse dali. E foi tão fácil para ele substituir o dildo com seu pau, que afundou fácil naquele buraco arrombado, molhado e quente.
“Filho da puta.” Seokjin rosnou enquanto metia sem dó, sem ter paciência, movendo o quadril rápido, buscando pelo próprio alívio. “Goza pra mim que eu te encho com meu leite, te encho de porra quente do jeito que você tanto quer.”
Seokjin acariciou as bolas rígidas de Namjoon, apalpando-as devagar e em seguida subindo com sua mão por todo o comprimento do seu pau, levemente, quase como em um carinho, sentindo o caralho pulsar logo abaixo de sua palma.
“Isso, Namjoonie, goza pro hyung, goza pro seu dono .” Com aquelas palavras, Namjoon se entregou, chorando ainda mais, deixando as lágrimas escorrerem por sua face ao que seu quadril tremia ao redor do pau de Seokjin, o pau pulsando violentamente enquanto derramava porra por todo o seu abdomen e peitoral.
O mais velho considerava aquela visão como algo que beirava o celestial, mesmo sendo pecaminoso, carregado de luxúria. Namjoon ficava lindo daquele jeito, com o gozo manchando sua pele, escorrendo pelo seu tronco ao que Seokjin o fodia em busca do próprio alívio, segurando firmemente no quadril alheio, as mãos por vezes percorrendo lentamente o começo das coxas, apenas o suficiente para arrepiar, ainda mais, o seu submisso.
Em outras ocasiões, Namjoon certamente estaria apertando Seokjin, estaria contraído ao redor do pau do dominador, porém, ali, quando o homem tinha o cu tão fodido e largo, mesmo que o orgasmo o levasse a tensionar, não era o suficiente para impedir Seokjin de continuar a meter livremente, deslizando na bagunça de lubrificante e o gozo do seu namorado.
Com um gemido arrastado e uma mão apertando uma coxa de Namjoon forte o suficiente para deixar uma marca, Seokjin, enfim, gozou. Ele cessou seus movimentos assim que sentiu o borbulhar do prazer tomando todo seu tronco, fazendo seu coração bater um pouco mais rápido ao que a adrenalina o dominava em conjunto com todas as reações físicas de prazer.
O suspiro em alívio veio logo em seguida, quando Seokjin foi tomado pelo relaxamento, pela realização e uma felicidade quase arrebatadora. Era como se após seu orgasmo, tudo se tornasse mais real e palpável, como se o que estava diante dos seus olhos finalmente tomasse uma forma que ele era capaz de sentir inteiramente .
“Joon-ah…” Ele sussurrou com um sorriso preso no canto dos seus lábios. “Agora você tá cheio de mim e do Jungkookie…”
Após a fala, Seokjin logo se retirou do interior do outro, a boca salivou com a visão da porra abundante escorrendo dali.
Apressou-se para soltar Namjoon, removendo as tornozeleiras e as faixas de couro que envolviam coxas, ajudou o submisso a descer ambas as pernas, permitindo a ele relaxar os músculos doloridos. Por fim, removeu a venda do rosto molhado, encarando os olhos um tanto inchados e que demoraram a se adaptar ao cômodo iluminado.
Jungkook estava apoiado no divã, os olhos parecendo sonolentos, mas que ele mantinha abertos, acompanhando cada movimento do seu dominador. Tinha a aparência tão cansada quanto a de Namjoon, e Seokjin só queria cuidar dos seus garotos naquele momento.
“Tudo bem, Kook? Posso tocar em você?” O dominador questionou, recebendo um aceno positivo do garoto e logo deslizando as costas de uma mão por sua bochecha. “Onde eu te bati ainda dói? Você consegue andar até o quarto?”
“Eu tô bem, hyung, não se preocupa comigo, não agora, cuida do Namjoon-hyung.” Jungkook o respondeu, ele também tinha aquele ímpeto de cuidar de Namjoon, pois também havia assumido a posição de o dominar. Jungkook não era capaz de fugir de suas responsabilidades como dominador.
Deixando um beijo suave na testa de Jungkook, Seokjin direcionou sua atenção a Namjoon, que não possuía força alguma restando em seu corpo, estava drenado por todas as sensações às quais foi submetido.
“Joonie…” Seokjin chamou calmamente. “Tudo bem se o hyung limpar você?”
“Sim… Tudo bem.” A resposta veio baixa e sussurrada.
“Eu já volto, ok?” Ele avisou antes de se afastar em direção ao móvel mais próximo, aquele ao lado da cama que guardava as coisas que Seokjin precisava sempre ter ao seu fácil acesso.
Dali ele tirou um pacote de lenços umedecidos e não demorou a estar deslizando-os sobre a pele de Namjoon, com cuidado e delicadeza, Seokjin limpou todo o peitoral e abdômen, em seguida limpou a virilha, se livrando parcialmente do lubrificante. Por último, deslizou um lenço entre as pernas de Namjoon, limpando o sêmen dali vagarosa e superficialmente, deixaria o resto para o banho.
“Preciso levar você pro meu quarto, amor…” Seokjin disse, acariciando a bochecha de Namjoon devagar, deslizando um dedo sobre a pele um tanto manchada pelas lágrimas. “Você consegue ficar de pé se eu te ajudar?”
“Acho que consigo, hyung.”
“Ok, vou te apoiar nos meus ombros, tudo bem?” Namjoon concordou com um aceno.
A tarefa não foi assim tão complicada, assim que Seokjin tinha um braço de Namjoon sobre seus ombros, foi fácil para o homem se levantar, e o dominador logo estava com a outra mão firme em sua cintura, sustentando-o de pé.
“Tudo bem?” Seokjin quis assegurar.
“Sim, hyung, minha bunda dói, mas nada demais. Tô inteiro.” Namjoon riu baixinho ao fim da fala e Seokjin derreteu com a visão das covinhas.
Surpreendendo os dois, Jungkook tomou o outro braço de Namjoon sobre seus ombros, sorrindo levemente para seu dominador, um sorriso que dizia algo como “achou que eu não iria tomar conta dele também?” e Seokjin deixou os lábios se esticarem em reflexo a expressão do outro, sorrindo na direção do seu brat petulante.
Caminharam até o quarto do casal e Seokjin precisou de um pouco de tempo para convencer Jungkook a ficar na cama com Namjoon enquanto ele preparava a banheira para os dois. Jungkook não gostava de sentir que não estava cumprindo seu papel, mas não podia negar o quanto gostava do pós-cuidado de Seokjin, seu dominador era atencioso e carinhoso demais. Ele tinha prazer em tomar conta de seus submissos da melhor maneira possível.
Encheu a banheira com água morna, acendeu uma pequena vela aromatizada com propósitos relaxantes e separou shampoo, condicionador, óleo corporal e gel de massagem, deixando tudo ao seu rápido alcance. Voltou para o seu quarto apenas para separar dois robes de seda e dois pares de toalhas, porém parou para apreciar Jungkook e Namjoon deitados em sua cama.
Jungkook tinha Namjoon entre suas pernas, uma mão entre os fios castanhos do mais velho, lhe concedendo um cafuné que parecia delicioso mesmo de longe. Namjoon tinha os olhos fechados e um sorriso sereno, conversavam baixinho sobre algo que Seokjin não podia ouvir, mas que certamente era o motivo do olhar apaixonado que seu garoto direcionava ao maior.
Seokjin os chamou assim que tinha tudo pronto, aguardando-o na porta do banheiro, já vestindo um short confortável e seus chinelos. Jungkook guiou Namjoon consigo, com a mão do mais velho entre a sua, os dedos entrelaçados. A calmaria que ocupava o ar entre os três sequer parecia real se comparada ao caos criado quando estavam entre outras quatro paredes, mas era aquele contraste que fazia tudo mais encantador.
Se o mais velho era rígido e impiedoso quando os dominava durante uma cena, ele era carinhoso e gentil enquanto os ajudava a entrar na banheira e lavava seus corpos com cuidado, tomando o tempo para massagear o couro cabeludo de cada um, a ponta dos dedos fazendo um carinho que os derretia totalmente. Seokjin os beijava e tocava com suavidade, usava o pequeno chuveiro móvel para remover a espuma do shampoo e em seguida condicionava seus fios, se deliciando com a maciez enquanto corria os dedos pelos cabelos.
Namjoon foi o primeiro a deixar o banho, tendo Seokjin secando-o inteiramente, cada dobra, cada curva de seu corpo sendo acariciada pela toalha macia, Seokjin também enrolou uma toalha na cabeça dele e por fim deslizou o robe pelos braços de Namjoon. Beijou-o na testa, pedindo para que esperasse na cama enquanto o mais velho fazia o mesmo com Jungkook.
Assim que Seokjin assegurou que as marcas nas coxas de Jungkook estavam bem tratadas com pomadas anestésicas e aquelas que ajudariam os hematomas a desaparecem mais rápido, ele também hidratou todo o corpo do garoto, como fez com Namjoon e após tê-lo igualmente vestido, o levou de volta para a cama.
O dominador organizou os travesseiros para que seus garotos sentassem confortavelmente e foi até o pequeno frigobar ao lado da cama, retirando dali três garrafas d’água, destampou todas e entregou duas delas nas mãos de Jungkook e Namjoon, que não demoraram a beber o conteúdo quase inteiro.
“Eu deixei comida preparada na geladeira, então, se quiserem comer, não hesitem em me falar, ok?” Seokjin disse antes de se juntar aos dois na cama, sentando no espaço entre eles.
“Eu só tô cansando, Jin-hyung… Tudo que eu quero fazer é dormir.” Foi Namjoon a dizer, já deitando sobre o ombro do mais velho.
“Eu imagino, Joon…” Seokjin levou uma mão para a coxa do outro, acariciando devagar. “E você, Kookie, tudo bem?”
“Hmmm…” Jungkook também repousou a cabeça no ombro do mais velho, esfregando a bochecha contra a pele de Seokjin. “Vou ficar melhor depois que você me abraçar por três horas seguidas.”
Seokjin riu baixo, mas é claro que não desconsiderou aquele pedido, Jungkook tendia a ficar um pouco mais carente e manhoso após sessões, fossem elas leves ou intensas, o garoto gostava de receber todo o carinho que não recebia quando estava em seu estado de submissão — ou de ser domado, como era seu caso.
“Eu sei que estão bastante cansados agora, então vamos deixar pra conversar sobre algumas coisas a mais amanhã, ok?”
“Tudo bem, hyung. Amanhã…” Namjoon concordou, abraçando o braço de Seokjin que o acariciava.
“É, amanhã.” Jungkook concordou.
Não houve muita opção além de permitir que os dois se entregassem ao sono, um tranquilo e pesado, estavam exaustos e é claro que Seokjin compreendia. Ele fez questão de abraçar e acarinhar os dois até que estivessem ressonando baixinho.
Após fugir para um banho rápido, Seokjin também não demorou para adormecer, envolto pelo calor dos seus submissos, seus amores e, se tudo ocorresse como desejava, seus dois namorados.
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Seokjin foi o primeiro a acordar, deixando o aconchego daquela cama para iniciar seu dia, ainda dedicado a seus rapazes e a vontade de tratá-los feito príncipes.
Ele cozinhou o café da manhã e organizou muito bem sobre seu carrinho metálico, o qual arrastou para o quarto, deixando-o ao lado da porta enquanto ia acordar os dois que agora ocupavam toda a sua cama.
Chamou-os baixinho, beijando e acariciando seus rostos até ter os olhos grandes, redondos e sonolentos sobre si, as pálpebras abrindo preguiçosamente.
“Trouxe o café da manhã de vocês, já são quase 11 da manhã, dormiram bastante.”
Jungkook foi abraçado pela realidade com a mesma felicidade que sentia em seus sonhos, nos quais expressava todos os seus verdadeiros desejos, seu amor por Seokjin, e seu amor por Namjoon também.
Tê-lo consigo durante uma sessão foi algo que reafirmou as vontades de Jungkook, aquelas relacionadas aos mesmos sentimentos de amor, a vontade de ter Namjoon consigo em âmbitos muito mais rotineiros de sua vida, queria que acordar ao lado de Namjoon e Seokjin se tornasse parte de sua vida cotidiana.
“Obrigado, hyung.” O garoto exibiu um sorriso sonolento para o mais velho. “ Joonie-hyung …” Ele chamou naquela voz adorável, carregada de doçura, também abraçou Namjoon por trás, beijando-o sobre o ombro. “Vamos tomar café com a gente, hyung…”
É claro que mesmo não estando tão desperto assim, Namjoon não cogitava resistir a Jungkook e a forma que ele o chamava. Namjoon abriu os olhos com lentidão, era difícil abandonar aquele estado tão relaxado.
Entretanto, quando viu Seokjin arrastando o carrinho de comida para mais perto, ele se espreguiçou e abraçou Jungkook de volta, logo sentando no colchão e trazendo o Jeon para seu abraço, aproveitando da pouca diferença de tamanho para cobrir o mais novo com seu corpo.
“Bom dia, Kook.” Namjoon o beijou no rosto. “Bom dia, Seokjin-hyung.”
“Só Jin-hyung, amor, não me incomoda.” O tom de Seokjin era calmo e amável, aquele que levava Namjoon a relaxar e confiar no outro plenamente.
Era uma entrega que parecia perigosa, Namjoon não controlava a velocidade em que despencava em direção aos outros dois, ele só queria tê-los o mais rápido possível. Namjoon também não imaginou que teria uma oportunidade como aquela, de amar e ser amado por duas pessoas as quais sempre desejou.
Se ele soubesse mais cedo…
Mas, estava tudo bem! Mesmo que aquela atração mútua viesse durando muito mais do que Namjoon imaginava, agora ele finalmente tinha a chance de estar com Jungkook e Seokjin de uma forma permanente, queria realmente pertencer a eles. Como os dois pediram que fosse deles.
“Me diz, você gostou de ontem?” Seokjin perguntou ao que estendia uma torrada com geleia de morango para Jungkook, e para Namjoon, um delicioso hotteok. Os olhos de dragão brilharam e Seokjin riu com aquela visão tão bela. O sorriso que se estendeu pelos lábios de cores distintas foi dos mais puros.
“É claro, Jin-hyung.” Namjoon disse antes de morder um pedaço do seu pão. “Ontem foi ótimo…” Namjoon encarava o açúcar que cobria o doce em suas mãos. “Vocês me deixaram muito satisfeitos.”
“Sabe, Namjoon, tudo que eu fiz foi algo que você me disse que gostava ou o que me enviou naquele arquivo.” Seokjin lhes estendia bebidas, um copo de leite quente para Jungkook e um café para Namjoon. “E lá você disse que queria ser controlado desde o físico até o que você sentia e pensava…”
“Sim… Eu pedi isso.” Namjoon concordou com o rosto um tanto aquecido. “Você fez isso comigo, eu não consegui parar de pensar em vocês dois me fodendo a semana inteira.” Ele disse antes de dar mais uma mordida em seu pão açucarado. “Quando aconteceu… Foi simplesmente incrível, eu nunca senti tanto prazer antes.”
“Ah, é? Foi tão bom assim?” O mais velho tomou um pedaço de pão em suas mãos, sentando na ponta do colchão enquanto erguia uma sobrancelha para Namjoon.
“Foi… Delicioso, hyung.” Foi a afirmação final.
“Você gostou de sentir nós dois, Joonie-hyung?” Jungkook lançou um olhar de canto para Namjoon, também erguendo uma sobrancelha e cutucando o interior da bochecha com a língua, uma mania que Namjoon considerava uma total covardia, mexia consigo em todas as vezes, deixava-o agitado e quente .
O homem só foi capaz de concordar com a cabeça, seus olhos se movendo entre os olhos brilhantes e a língua que em seguida correu pelos lábios delicados do Jeon.
Jungkook sabia que a boca rosada e brilhante era uma tentação, uma com a força suficiente para fazer Namjoon ceder, o rosto indo em direção ao do outro. O Jeon, no entanto, apenas mordeu sua torrada, contendo Namjoon com uma mão, esta que logo desceu pelo peitoral nu do homem, o robe não fazia um bom trabalho.
Namjoon deixou um suspiro escapar, tão facilmente domado por Jungkook.
“Namjoon, e se eu te falar que nós nunca fodemos você ao mesmo tempo?” A pergunta de Seokjin atraiu a total atenção de Namjoon.
“Eu não acreditaria, eu sei o que senti.” Namjoon deu sua resposta convicta.
“Mas não aconteceu, o que te comeu junto com o Jungkook foi um pau de borracha, você gozou feito um puto num pau de borracha, mas só porque achou que fosse o meu.”
O escárnio na voz de Seokjin era abundantemente, escorria nos cantos de seu sorriso amplo, exibindo aqueles dentes lindos e os lábios cheios e rosados. Namjoon acreditava nele, acreditava e o pensamento o excitava aos montes. Seokjin realmente era capaz de controlá-lo naquele nível e Namjoon adorava.
“Hyung, eu senti como se fosse você mesmo!” disse, verdadeiramente impressionado.
“É o que acontece quando sua mente se submete a mim.” Seokjin acariciou um calcanhar de Namjoon sobre o cobertor. “Você se sente confortável comigo, com essa dinâmica, Namjoon-ah?”
“É claro que sim, Jin-hyung, eu adorei ser dominado por você e pelo Jungkook, foi uma experiência inesquecível.”
“Não fala como se fosse a última vez.” Foi Jungkook a pedir.
“Eu não quero que seja.” Namjoon não hesitou a afirmar. “Não quero que exista uma última vez… Se possível…”
“É que claro que é possível, Namjoonie.” Seokjin afirmou com aquele sorriso terno, o olhar cálido pelo carinho neles expressos. “Nós queremos você conosco, queremos que você se junte a nós para que possamos dividir com você todo o prazer e a felicidade do nosso relacionamento.”
“O que ele quer dizer é, Namjoon-hyung, você quer ser nosso namorado?”
A pergunta de Jungkook causou em Namjoon um sorriso amplo, seguido de um riso incrédulo, olhos lacrimejando e uma boca que dizia a única resposta possível.
“Sim!”
E o sorriso que estampava o rosto de cada um deles refletia a felicidade que aquela resposta causava, assim como tudo mais que ela significava.
Um envolvimento igual entre todas as partes, a divisão exata de amor e prazer, a quantidade necessária, talvez fosse até extravagante, de sentimento que habitava o coração de cada um.
Namjoon concluiu que cada momento anterior em que sentiu culpa e arrependimento pelo o que desejava serviu para que pudesse aproveitar de uma felicidade plena, sem uma gota sequer de dúvida em seu coração, sem considerar errado um amor que era tão bem recebido, que causava tanto calor em seu peito.
Se alguém lhe contasse, no começo daquela história, quando organizava um encontro para os seus melhores amigos, que ele também seria parte daquele relacionamento, Namjoon consideraria bobagem, algo muito longe do seu alcance.
Porém, ali estava, aceitando o pedido que selava o momento a partir do qual iriam dividir não apenas uma cama e uma coleira, mas, um amor e toda uma vida.
Notes:
twitter: @joontetas

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