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To the Memory of Your Lips | Teaduo

Summary:

"— Preciso de ajuda para encontrar o assassino do meu noivo."

Bagi e Cellbit eram os detetives mais respeitados da pequena cidade de Quesadilla. Uma madrugada chuvosa, Tina, uma mulher linda e rica, aparece na porta dos gêmeos pedindo ajuda para resolver o assassinato de seu noivo.
Bagi aceita o caso, e logo começa a investigar o ocorrido. Desvendar o crime é a parte fácil, agora lidar com os sentimentos confusos que logo florescem entre as duas, é a parte complicada. Afinal, ela está lidando com um assassinato. Mas conforme a brasileira investiga, mais as coisas se tornam estranhas.

Notes:

A história se passa no século 19, no entanto, eu não sou nenhuma expert ou gênia, então já aviso que terão erros.

Muito obrigada aos meus amigos por revisarem a história e me ajudarem!

(See the end of the work for more notes.)

Chapter 1: Enchanting Night

Chapter Text

Bagi sempre foi muito esperta. Desde criança adorava resolver mistérios e aprender coisas novas. Seu desejo e paixão por mistérios e segredos era tão grande, que ninguém ficou surpreso quando a jovem abriu uma agência de detetives com seu irmão, Cellbit. Os dois não só resolviam diversos casos que seus clientes lhes traziam, mas também ajudavam a polícia da cidade, logo se tornando muito conhecidos e respeitados. 

Recentemente, as coisas estavam meio paradas da agência, e Bagi estava ficando muito entediada. Os últimos três casos que ela pegou foram os típicos casos de “ah, eu suspeito que meu marido está me traindo!”, e que por mais que até fossem interessantes, depois de um certo tempo eles começavam a ficar chatos.

Ela esperava que as coisas mudassem logo, precisava de uma distração…

                                                                                                                                     ♡♡♡

Estava chovendo, as janelas e portas de madeira da casa velha batiam e rangiam com o vento forte. Devia ser perto da uma da manhã, e Bagi e Cellbit estavam sentados à mesa do jantar. O irmão escrevia uma carta, enquanto a irmã lia um dos vários livros de mistério da casa. A lareira no canto da sala iluminava o cômodo com uma luz alaranjada, trazendo um ar confortável e calmo para o ambiente, sobrepondo-se com a agressividade e o frio da chuva do lado de fora.

Bagi estava quase dormindo em cima de seu livro quando ouviu uma batida na porta. Os dois olharam para a porta, confusos e um pouco assustados. Quem poderia estar batendo na porta deles à uma da manhã? E no meio de uma tempestade dessas, também? Bagi olhou para seu irmão, com uma pergunta silenciosa de ‘devemos abrir a porta?’ Tudo parecia muito com as histórias de terror que sua mãe contava quando eram menores. 

Deixando o livro em cima da mesa, e caminhando com passos lentos, Bagi abriu a porta. Parada no lado de fora, havia uma moça e um homem, encharcados pela chuva, mesmo com a mulher segurando um pequeno guarda-chuva. 

Assim que viu a mulher, o coração de Bagi acelerou. Ela era linda. Seus cabelos marrons presos em um coque bagunçado, fazendo algumas mechas caírem sobre seu rosto e pescoço, a franja ao redor do rosto pálido. Tinha lindos olhos escuros, cor de café, que combinavam com os lábios carnudos e vermelhos, que tremiam um pouco. Usava um vestido roxo, adornado com pérolas e delicados panos transparentes que combinavam com as luvas claras, e na cabeça, tinha uma pequena presilha dourada que combinava com as joias que usava. Era óbvio que a mulher tinha dinheiro.

Atrás dela, estava um homem alto e musculoso, a pele bronzeada e os olhos verdes como esmeraldas. Ele vestia um terno chique azul e parecia preocupado.

— Erm, olá? — A mulher disse, tirando Bagi de seu transe.

— Ah! Desculpe! Entrem, por favor! Está chovendo muito. — Ela disse, envergonhada. Do canto do olho, conseguia ver o irmão abrindo um sorriso debochado enquanto olhava a irmã.

— Obrigada, — Ela sorriu, e Bagi pensou por um momento que iria morrer. O sorriso da moça era tímido, mas muito bonito. 

— Desculpe vir aqui nesse horário, mas é muito importante. — Perguntou o homem.

— Não se preocupe, madame, já estávamos acordados. — Disse Cellbit, ao seu lado. Em resposta, a moça soltou um suspiro aliviado. 

— Vocês são Cellbit e Bagi, não? Detetives? — Perguntou. Os gêmeos assentiram.

— Por favor, sentem-se, — disse seu irmão, apontando para o pequeno sofá verde. Os (possíveis) clientes se sentaram, agradecidos, e a moça sorriu mais uma vez, olhando de canto para Bagi. 

— Bem, mais uma vez, peço desculpa pelo horário, mas como Foolish disse antes, é muito importante. — O homem, Foolish, pôs a mão no ombro dela, e o coração de Bagi deu uma parada. Eles são um casal, não são? Não sei porquê estou surpresa…Ela é linda

— Vai ficar tudo bem, Ti — Foolish disse, envolvendo a mulher em um abraço. Ela parecia nervosa.

— Obrigada. Bem, meu nome é Tina, e eu gostaria de contratar o serviço de vocês. — Tina disse, puxando uma bolsinha lilás, abrindo-a e pegando um pequeno maço de dinheiro. 

Os gêmeos arregalaram os olhos, aquilo era muito dinheiro! 

— Como podemos ajudá-la, srta.? — Cellbit se sentou em frente aos convidados, ansioso. 

— Preciso de ajuda para encontrar o assassino do meu noivo. 

Chapter 2: I didn’t know that much at all ‘bout love before

Summary:

Bagi vai até a cena do crime pela primeira vez.

Notes:

(See the end of the chapter for notes.)

Chapter Text

— Meu noivo e eu nos conhecemos há alguns anos, e começamos a namorar ano passado. Nós estávamos morando juntos em um dos casarões do outro lado da cidade, em uma colina. Temos um jardim muito grande, foi lá que ele me pediu em casamento… — Tina olhou para baixo, suspirando — Estávamos fazendo os preparativos, já tinhamos quase tudo pronto…íamos ver o bolo amanhã, mas… — Ela suspirou, limpando os olhos com a manga do vestido.


— Calma, Ti, vai dar tudo certo. — Murmurou Foolish


— Esta noite, estávamos dando um baile para comemorar o noivado, foi ideia dele, e todos os amigos dele estavam lá. Mais para o fim da festa, Foolish e eu estávamos conversando quando ele veio, tão bravo que a boca chegava a espumar… — Ela parou para respirar. — E então…ele caiu no chão, imóvel. — As mãos finas de Tina tremiam levemente, mesmo estressada e em uma situação como essa, ela continuava linda.


— Minha nossa! — Murmurou Cellbit, ao seu lado. Tinha uma mão no queixo e a outra no bloquinho de anotações que usava para registrar os casos que a dupla trabalhava. — Que horas isso aconteceu, mais ou menos?


— Uma ou duas horas atrás, talvez…Não tenho certeza, estava tudo muito caótico… — Murmurou Tina.


Bagi pôs a mão no ombro da moça, tentando confortá-la. Tina a olhou, tímida e um pouco assustada de início, um rosado se formando em suas bochechas.


— Certo, — Cellbit limpou a garganta — Srta. Tina, o corpo de seu noivo ainda está no local de sua morte? Eu gostaria de vê-lo e confirmar uma hipótese… — Isso tirou a irmã de seu transe (de novo). Os olhos de Tina arregalaram.


— Ah, sim, claro. Ele está lá, sim. — Ela brincava com as luvas e pulseiras. — Se quiserem, posso os levar agora.


— Está muito tarde já, Ti. Acho que os detetives querem descansar. — A lembrou Foolish.


— Quê isso! Não se preocupem com o horário. Afinal, estamos acostumados com isso. Aliás, é sempre melhor inspecionar o corpo o quanto mais ‘fresco’. — Sorriu Bagi.


— Então…vocês aceitam o caso? — Tina olhava entre os irmãos, esperançosa.


— Aceitamos. — A irmã respondeu.


— Jura? Ah, muito obrigada! Muito obrigada mesmo! — Tina sorria, radiante. Ela quase pulou de sua cadeira, segurando as mãos de Bagi junto de si. — Sabia que poderia contar com vocês! — A detetive corou, esquecendo como falar.


Enquanto as duas estavam em seu mundinho privado, os homens se entreolharam, com as sobrancelhas erguidas, como quem diz “Olhe só essas duas”.


— Acho melhor você ir, Bagi. — Disse Cellbit depois de um tempo. — Estou meio…ocupado, essa semana.


— Ocupado ficando com o filho do prefeito, só se for — A irmã sussurrou em Português, recebendo um tapinha no ombro do outro. Ele se levantou para apertar a mão de Foolish e reverenciou Tina, que lhe entregou a sacolinha com dinheiro.


— Boa sorte. — Sorriu, e com isso, entrou por uma porta e sumiu. Bagi sabia que ele provavelmente teria ido dormir, ou escrever mais cartas para Roier, o filho do prefeito e namoradinho de Cellbit, mas tinha que admitir que sua saída deu um efeito legal e suave de mistério.


— Bem… — Tina observava suas mãos, estava visivelmente nervosa. — Quando consegue começar?


Sorrindo, Bagi se levantou do sofá. Pegou seu casaco, chapéu e um caderninho de couro, estava pronta. — Quando você quiser.

♡♡♡

A mansão de Tina era grande. Grande não, enorme. Envolta por um grande muro de pedra e portões de aço, a mansão tinha enormes janelas e vidraças, com cortinas pesadas e chiques cobrindo a vista completa do interior. No lado de fora, havia um lindo jardim. A porta de entrada estava aberta, agindo como a única fonte de luz naquela madrugada chuvosa. Foolish as guiou para dentro da mansão, onde diversas pessoas se encontravam. O interior era mais do que tudo que Bagi já imaginara. As paredes eram altas e adornadas com quadros belíssimos. Haviam porta retratos, cada foto relatando a imagem de uma família rica, imponente. Ao fim do corredor onde estavam, havia outra grande porta. Esta dava para um salão de baile, decorado em tons de branco e lilás, repleto de nobres cansados, assustados e bravos. No fundo do salão, um corpo estava caído.


Quando Tina se aproximou, diversas pessoas tentaram chamá-la, perguntando o que aconteceria agora, quando poderiam sair. Ela os ignorou no entanto, optando por puxar Bagi pelo braço, a levando em direção ao corpo. Mesmo morto, o homem exalava um ar de dinheiro e poder. Ele usava um terno marrom e uma camisa creme. Seu cabelo era preto e, assim como sua barba, era muito bem cuidado. A alguns centímetros de seu corpo, havia um chapéu e uma bengala caídos. O que mais chamava atenção, no entanto, era seu rosto. Ele tinha espuma ao redor de sua boca, seus olhos revirados, manchas vermelhas em seu pescoço e queixo. Sua expressão era uma mistura de raiva e pânico.


— Então? O que acha? — A voz de Tina era fraca, suas mãos tremiam levemente. Bagi observou o corpo por mais um instante, antes de se virar para Tina novamente.


— Bem, parece que ele foi envenenado, mas ainda não posso ter certeza absoluta. Preciso de um pouco mais de tempo para investigar. No entanto, uma coisa é certa: alguém nesta festa matou o seu noivo.

Notes:

Obrigada por ler!
Mais uma vez, peço desculpa por qualquer erro e pelo tamanho do capítulo.
Até a próxima!!

Chapter 3: Let You Break My Heart Again

Summary:

O começo das investigações.

Notes:

Terceiro capítulo!!
Já vou dizendo que esse capítulo tem muitas falas, peço perdão se ficar chato.
Muito obrigada aos meus amigos por me ajudarem com os nomes dos personagens! Amo vcs, papagaios <3

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

Fazia tempo que Bagi não lidava com um caso de assassinato, ela estava animada. Era de madrugada, ela estava com sono,  o que deixava tudo ainda mais empolgante. Era como se estivesse em um livro, onde o detetive cansado lida com o caso mais importante de sua carreira! Adrenalina percorria por seu corpo, Bagi estava pronta para desvendar esse caso!

Com as mãos tremendo levemente, a detetive colocou suas luvas e se ajoelhou ao lado do cadáver, inspecionando seu corpo com mais cuidado. A camisa do homem estava molhada e manchada, com um cheiro forte que Bagi não sabia identificar. As mangas do terno estavam um pouco rasgadas, sua pele muito pálida. De longe, não era possível ver isso, o que Bagi julgou ser uma coisa boa. Afinal, ela não queria assustar ainda mais os convidados de Tina. 

— Bem, eu gostaria de fazer algumas perguntas, estão todos aqui? — Disse, se virando para Tina. A mulher parecia assustada, ela tremia e girava seu anel de noivado no dedo. 

— Ah, claro. Vou pedir para Foolish conferir, só um segundo. — Ela então, foi em direção ao homem, que conversava com quem Bagi acreditava ser empregados da mansão. 

A detetive não podia parar de encarar a viúva, que mesmo em uma situação como essas, mesmo tremendo e assustada, não perdia a compostura, a elegância e nem sua beleza. Tina era belíssima.

— Estão todos aqui. Pedi para que reunissem todos e que liberassem a biblioteca. Você pode levá-los lá para a interrogação. Qualquer coisa, me avise, certo? — Tina abriu um sorriso, fazendo Bagi tremer um pouco. Caralho…

— Ah..certo. Muito obrigada. — Merda! Nem sua voz saía direito perto de Tina. O que caralhos estava acontecendo com ela? — Bom, eu queria começar com você e Foolish. Tudo bem?

— Vou chamá-lo, então. Vou pedir para Fit lhe mostrar onde fica a biblioteca.

Fit era um homem alto, careca e musculoso. Sorrindo, ele acompanhou a detetive até a enorme biblioteca de Tina. O lugar tinha dois andares, quase todas as paredes com estantes altas, repletas de livros. Havia também uma lareira, um sofá e algumas poltronas. Aquela biblioteca era que nem Bagi sempre sonhou em ter. A chuva batia nas janelas altas, criando uma atmosfera confortável e, honestamente, muito gostosa para dormir. É, Bagi deveria parar de virar a noite com tanta frequência assim. 

Bagi mal teve tempo de sentar e puxar seu caderninho, que logo Foolish e Tina apareceram. Ambos sentaram no sofá em frente à brasileira, encarando com certo nervosismo. 

— Bom, vamos começar então, — A detetive limpou a garganta — Poderiam me dizer seus nomes completos, por favor?

— Tina Demino e Foolish Totem. — Respondeu a garota.

— Certo. Vocês se conhecem a quanto tempo? — Os dois se entreolharam, rindo levemente.

— Acho que nossa vida inteira. Mas se quiser um número exato, há 22 anos. Foi quando Tina nasceu. 

— Ah? São amigos de infância, então?

— Sim. Somos primos, também. Mas Foolish é mais como um irmão.

Ótimo, assim não teria nenhuma chance deles terem um relacionamento romântico. Foco, Bagi! 

— Podem me explicar os eventos desta noite? Quanto mais detalhes, melhor. 

Tina fechou os olhos, engolindo em seco. Foolish segurou sua mão, a apertando levemente. A luz da lareira iluminava os cabelos marrons da garota, tornando-os quase dourados. 

— Tudo começou aproximadamente às 14hrs. Eu estava supervisionando os empregados enquanto eles começavam a arrumar o salão, quando Isaac, meu noivo, me disse que havia uma emergência em sua família. Seus pais moram na cidade ao lado, e eram para ter vindo esta noite. Isaac foi encontrá-los, e ficou algumas horas fora. Enquanto isso, eu comecei a me arrumar, e logo em seguida fui receber Foolish e minha amiga, Marina.

— Quem é essa? — A detetive anotava tudo em seu caderno, cuidadosamente destacando nomes, horários e informações que mais chamavam atenção. 

— Marina Karnique. É uma velha amiga, estudou comigo na Escola para Damas de Quesadilla, antes da escola fechar. 

— Uma chata, por sinal. — Resmungou Foolish, cruzando os braços. Isso fez com que Tina arregalasse os olhos e desse um leve tapa no braço do primo.

— Foolish! Coitada! Não diga isso. — Ela se vira para Bagi, que anotava as palavras “Foolish a acha uma chata”,  — Por favor, não anote isso. Ele só não gosta que Marina deu em cima dele há três anos atrás. Foolish é um chato. 

Antes que os dois começassem a discutir, Bagi limpou a garganta novamente, voltando a atenção dos primos para si. 

— Srta. Tina, pode continuar, por favor?

— Ah, sim. Claro, me desculpe. — Envergonhada, Tina ajustou a saia de seu vestido antes de continuar seu relato. — Enfim, como eu ia dizendo, fui receber Foolish e Marina, que me ajudaram a escolher minhas joias. Mas isso não é muito importante. Isso deve ter sido umas 17h, talvez. Aproximadamente às 17:30, Isaac voltou, e foi direto se arrumar, nem falou comigo direito. Ele estava agindo meio estranho, agora que paro para pensar. Estava paranóico, e mais agressivo. Quando a festa começou, às 20h, nós ficamos bastante tempo cumprimentando os convidados, antes de nos separarmos por uns minutos, já que eu estava conversando com meus pais. 

A festa ocorreu normalmente, até que mais ou menos uma hora antes de Isaac morrer, ele, Marina e Sebastian, melhor amigo de Isaac, sumiram. Quando apareceram novamente, os três pareciam muito nervosos. Logo após isso, Isaac foi buscar bebidas para nós dois, e quando voltou, estava todo vermelho, sua boca espumando. Ele estava gritando, mas não consegui compreender o que dizia. Ele morreu na minha frente. — Tina limpou suas lágrimas com um lencinho que carregava. 

Quando terminou de anotar, Bagi passou alguns segundos pensando. Ela teria que interrogar Marina e Sebastian logo, então. 

— Foolish, há algo que queira adicionar ou dizer?

— Acho que não. Ah! Sim, tem sim. Eu escutei Isaac discutindo com Marina, ontem. Não sei se isso é relevante, nem sei sobre o que estavam brigando. Mas eu escutei. 

— Certo, obrigada. Poderiam me dizer onde essa Marina está? Eu gostaria de conversar com ela.

— Vou mandar alguém buscá-la. Obrigada, Bagi. — Tina sorriu em sua direção, e como todas as outras vezes, Bagi sentiu suas bochechas esquentarem. Ela tinha que dar um jeito de controlar isso, imediatamente. 

Os primos então saíram da biblioteca, deixando a detetive sozinha com seus pensamentos. Ela já conseguia ver que essa seria uma noite longa.

 

♡♡♡

 

Logo, entrou uma mulher na biblioteca. Ela era baixa, com cabelos marrons claros que escorriam por seus ombros. Seu vestido era um tom de verde esmeralda, era chique, porém a saia estava amassada. Ela usava um colar dourado, combinando com a presilha em seu cabelo e seus óculos. 

— Você é a detetive, não? Prazer, sou Marina Karnique. — Se apresentou. Bagi se levantou, apontando na direção do sofá à sua frente.

— É um prazer. Eu gostaria de fazer algumas perguntas, tudo bem? — Era uma pergunta retórica, claro, mas Bagi sempre ficava aliviada quando as pessoas concordavam. Afinal, não era muito legal ter que usar força física ou ameaçá-las para ficarem no lugar. 

— Poderia me dizer qual é a sua relação com os noivos? — O rosto de Marina empalideceu um pouco. Hmm.. tem algo de errado aí.

— Ah, claro. Eu conheci Tina há uns dez anos atrás, acho. Estudávamos juntas na Escola para Damas de Quesadilla. Já o Isaac, — Marina olhou para os lados, envergonhada — Nos conhecemos há uns três anos. Eu que os apresentei sabia? 

— Então você era amiga do falecido? 

— Bem, sim. Isaac é…quer dizer, era, meu amigo. É estranho pensar que ele morreu… — Ela cochichou a última parte, limpando as lágrimas que comecaram a cair. Bagi ofereceu um lenço para a mulher, que aceitou de bom grado. 

— Pode me explicar sobre esta noite? — A intrevistada se endireitou no sofá, passando as mãos na saia amassada. 

— Bom, eu cheguei aqui perto das 15:30, um pouco antes do primo de Tina, Foolish. Nós dois entramos e ajudamos a Ti a se arrumar e terminar os preparativos para a festa. Depois ficamos conversando enquanto caminhávamos pelos jardins. Quando Isaac chegou, lembro de ouvir os funcionários comentando que ele estava agindo estranho. A Tina disse que ele parecia paranóico, quase. Não faço ideia do porquê. — Ela pausou por um instante, esperando a detetive terminar de anotar. — Você já sabe o que aconteceu com ele? Já sabe quem o matou? Quer ajuda? Ah, se eu fosse você eu investigaria aquele nojento do Sebastian bem de perto. Ah! E aquele irmão dele, também, o Leonard. Ele sempre teve inveja do Isaac, era óbvio de se ver. 

— Ah…srta. por favor, mais devagar! — A detetive coçou os olhos. Estava exausta. — Ainda não sei quem o matou, mas tenho algumas suspeitas do como. Sebastian e Leonard, você diz? Certo. Mas… por quê?

Os olhos de Marina brilharam, como se abrirem brecha para ela falar da vida alheia fosse um presente de Natal adiantado. 

— Bem, o Sebastian é o melhor amigo do Isaac. Bem, era. Sempre me pareceu que eles tinham um ar de hostilidade, sabe? Como se eles estivessem em uma eterna competição para ver quem era o melhor. O mais rico, o mais pegador. — Ela revirou os olhos. — Mas todos sabemos quem realmente é o melhor, óbvio.

— E esse seria…? — A detetive já havia utilizado quase metade das folhas de seu caderninho. Ela precisaria buscar outro. 

— Isaac! É óbvio! — Ela parecia até…revoltada, com a insinuação de que o morto não fosse o melhor. Interessante.

— Certo, e o Leonard? 

— Ah isso aí já é mais briga de irmãos, sabe? — Bagi sabia bem de como era briga de irmãos. Chegava até a ser engraçado. Mas ela e Cellbit nunca matariam um ao outro por causa de uma briguinha besta. — O Leonard também tinha inveja, já que o Isaac era o filho favorito do sr. Mortisse.

— Sr. Mortisse… — Onde ela havia escutado esse nome antes? Imagens dos políticos de Quesadilla apareceram brevemente em sua memória. — O político? Amigo do prefeito Vegeta?

— Isso! Pai do Isaac! — A mulher abrira um sorriso enorme. Que garota estranha. — O sr. Mortisse é bem rígido, sabe? Ele não gosta quando o Leonard faz mer- — ela se calou rápidamente, levando as mãos à boca. — Digo, quando ele faz besteira. Perdão, me exaltei.

— 'Tá.... E você tem certeza que Leonard e Sebastian estão envolvidos? 

— Certeza absoluta! Eu os vi, sabe? Eles arrastaram o pobre do Isaac para longe no meio da festa. Eu fui atrás, claro! Precisava saber o que estava acontecendo. E sabe o que eu ouvi?

— O quê? — A detetive se sentou mais perto da outra mulher, suas mãos já doíam de tanto escrever. 

— Os ouvi discutindo! Estavam falando sobre dinheiro, gritando uns com os outros. Isaac parecia tão nervoso, coitado. Teve uma hora que Leonard o empurrou no chão, e ele caiu pertinho de mim. Eu quase gritei de susto, e saí correndo. 

Bagi se segurou para não chorar. Como assim ela saiu correndo?!

— Então você não viu mais nada? Você se lembra de quando foi isso? 

— Não, não vi mais nada. Eu saí correndo e voltei para a festa. Encontrei a Tina depois disso, fiquei com ela. — Ela parou por um instante, pensativa. — Acho que foi perto das 22:30.

Perto do horário que Tina havia falado. 

— Certo. Obrigada, srta. Karnique. — Ambas se levantaram, e Bagi acompanhou a mulher até a porta da biblioteca. 

— Você vai falar com o Sebastian e o Leonard, né? Eles estão envolvidos, eu tenho certeza!

— Vou, não se preocupe. Obrigada. 

Quando a porta se fechou, Bagi soltou um suspiro que nem sabia que carregava. Essa mulher era muito estranha. 

Ela olhou suas anotações. Sebastian e Leonard. Precisaria falar com eles então. Parece que esse caso não será tão fácil de resolver. Mas vai conseguir. Ela precisa . Tina merece saber quem matou seu noivo.

Notes:

Espero que tenham gostado! Peço perdão por qualquer erro!
Novamente, não sei quando será a próxima atualização
:DD

Chapter 4: I'll break it first, I've had enough

Summary:

As investigações continuam, e Bagi está cada vez mais cansada.

Notes:

.......oi

Depois de não sei quantos milênios, eu retornei!!!!!!!!!!!!!!!! E com um capítulo maiorzinho!

eu trabalhei bastante nesse capítulo, espero que gostem e que tenha valido a espera <33

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

O corredor era longo e escuro. As paredes repletas de pinturas de políticos e da cidade de Quesadilla. Pelas janelas fechadas entrava pouca luz, a única real fonte de iluminação, além das poucas velas -essas que já derretiam- vinha por baixo de uma grande porta: a porta para a Sala de Reuniões.
Vegeta De Luque estava atrasado. Ele corria pelo corredor, segurando uma pasta roxa e uma bengala de ouro.

O prefeito era um homem elegante, musculoso, e muito bonito. Ele usava um terno púrpura, seus cabelos pretos cuidadosamente penteados e estilizados. Ele parecia preocupado, uma pequena e única gota de suor escorria por sua testa.

Chegando em frente à porta, ele respirou fundo antes de abrí-la, fazendo todos os presentes se levantarem para recebê-lo. Todos menos um. Walter Mortisse nem sequer olhou para o prefeito de Quesadilla.

— Sr. De Luque! Que bom que chegou! — Baghera, uma das deputadas da cidade, o olhava com alívio. Ela era uma mulher alta, de cabelos loiros longos. Seu casaco e saia eram marrons, e sua camisa um tom de amarelo clarinho. Ela vai até o encontro de Vegeta, se curvando levemente em sua presença.

— Perdón pelo atraso. Não é toda noite que te acordam para relatar um assassinato. — Seu relógio de pulso mostrava que eram 4 horas da manhã. Internamente, ele se perguntava se não poderiam ter esperado mais duas horas, para acordar em seu horário normal.

— Quero o assassino executado. — Walter Mortisse olhava para o prefeito com sangue nos olhos. Ele era um homem alto, rico e imponente. Um homem de negócios, poderoso. Era o tipo de pessoa que demitia outros por errarem uma crase em relatórios. Walter Mortisse era um homem respeitado e muito temido.

— Não se preocupe, sr. Mortisse, estamos fazendo o possível para resolver esse caso. — Uma nova voz disse. Era um homem alto, forte. Seu cabelo era loiro escuro com uma mecha branca. Seus olhos eram azuis brilhantes. Era Cellbit, irmão de Bagi.

— Cellbit? ¿Qué haces aqui? — Perguntou o prefeito. Ele sabia que o detetive tinha horários estranhos—coisa que seu filho, Roier, havia reclamado mais de uma vez— mas aparecer na prefeitura às quatro horas da manhã era certamente incomum.

O brasileiro fechou a porta da sala e foi em direção a Vegeta, estendendo a mão. O prefeito chacoalhou-a com uma pegada firme.

— Recebemos um novo caso. Bagi foi investigar a cena do crime, então decidi vir até aqui. Afinal, coletar o relato do pai da vítima é sempre importante. Ainda mais quando o pai é o senhor, sr. Walter Mortisse.

♡♡♡♡

Eram quase cinco horas da manhã, e Bagi estava quase desmaiando de sono. Os convidados da festa ficavam cada vez mais irritados. Bagi havia feito quase 4o interrogações/entrevistas e, por mais que elas tenham apresentado novas informações para o caso, a detetive sentia que não estava indo a lugar nenhum.

Ela sabia do horário que todos chegaram, as relações com os noivos, onde moravam, etc. Quase todos apontavam os dedos, jogando a culpa do assassinato como um jogo de tenis. Porém, a bola costumava cair para quatro nomes com uma certa frequencia. Ela olhou suas anotações:

Leonard Mortisse (irmão de Isaac, sumiu durante boa parte da festa, parecia não gostar do irmão)

Marina Karnique (amiga de Tina, sumiu perto do horário do crime, parecia estar apaixonada por Isaac)

Sebastian Lorrahn (melhor amigo de Isaac. Sumiu durante boa parte da festa, maltratava Tina)

Quase todos os convidados mencionaram o trio. Estavam convencidos de que eles tinham algo haver com o crime. Mas o outro nome mencionado, aquele nome… não, Bagi não acreditava nisso. Ela precisaria falar com Cellbit urgentemente.

A porta da biblioteca se abriu novamente. Tina e Foolish se dirigiram à detetive. Ela se levantou, arrumando o cabelo branco, sua mecha loira escura caía em seus olhos.

— Uhm, Bagi? — Tina parecia nervosa. — Nós não encontramos Sebastian.

— Ele deve ter fugido enquanto iamos te buscar — Foolish cruzou os braços. Merda! Ela deveria ter pensado nessa possibilidade. Teria que pedir ajuda para seu irmão.

— Pelo menos encontramos Leonard. Quer falar com ele? — Tina olhava para a porta, Leonard deveria estar lá fora.

— Ah. Por favor! Precisamos encontrar Sebastian então… — Ela se sentou novamente, se preparando para a próxima conversa.

Instantes depois, um homem entrou na biblioteca. Ele era alto, com cabelos escuros, olhos marrons. Ele vestia um terno escuro, e parecia furioso. Leonard Mortisse era muito parecido com seu irmão.

— Que palhaçada é essa? — Sua voz era grossa, como a de um fumante.

— Sr., por favor, sente-se. — Bagi se aproxima do homem, com caderno em mãos. Ele a olha com desprezo, no entanto, como se fosse ela que matou seu irmão.

— Quero falar com o detetive. Onde ele está? — A brasileira respira fundo antes de responder, com frieza em sua voz. Ela estava muito cansada para isso.

— Eu sou a detetive, Sr. Mortisse. É um prazer, — Ela estendeu a mão, mas o homem apenas se sentou, ignorando-a. Ele puxou um charuto do bolso do terno, acendendo-o com um isqueiro de prata.

— Uhm, Leonard? — A voz de Tina tremia um pouco, ela parecia desconfortável. — Por favor, não fume dentro da biblioteca.

Leonard riu, olhando para a garota com um olhar predador:

— Ah? E se eu fumar? O que você vai fazer, hein?

— Eu vou quebrar a sua cara. — A voz de Foolish era curta, grossa. Seus olhos de esmeralda queimavam com ódio.

— Chega! Sem brigar, por favor. A Bagi está aqui há horas esperando, precisamos descobrir quem matou Isaac. — Mesmo tremendo, Tina ainda tinha um ar confiante, ela era a dona da casa e todos teriam que escutá-la. — Estamos todos exaustos, confusos e tristes, mas não podemos brigar agora.

Bagi foi até a mulher, pousando a mão sob seu ombro.

— Obrigada, Tina. — Ela sorriu para a viúva antes de olhar feio para Leonard. — Por favor, guarde seu charuto para que possamos começar.

Leondard resmungou, mas fez o que lhe foi pedido. Ele analisou Bagi de cima a baixo, julgando-a até a alma. Ele usava um anel dourado, com um símbolo cravado; parecia ser o brasão da família Mortisse.

— Você é irmão de Isaac, certo? Poderia me dizer como é a relação de vocês? — A brasileira puxou seu caderninho, pronta para a última entrevista da noite, e se sentou mais uma vez.

— Hmph. Sou o irmão mais novo dele. — Ele cruzou os braços — Isaac é o primogênito, o herdeiro de basicamente tudo. Nós nunca fomos tão próximos assim, nosso pai é ocupado e costumava levar Isaac para trabalhar com ele- para que meu irmão se acostumasse com o seu futuro ou algo do tipo.

— Certo… E ontem? Quando chegou para a festa?

— Uh, acho que umas 17h. Eu estava em uma reunião importante, sou advogado, sabe? Meus dias costumam ser muito cheios. — Ele falava com um ar esnobe, algo que irritava Bagi um pouco.

— E o que fez quando chegou?

— Deixei o presente com as criadas e fui cumprimentar os outros convidados, claro. Só encontrei os noivos uns trinta minutos depois disso.

— E durante a festa? O que fez? Onde estava?

Leonard revirou os olhos, obviamente entediado e irritado com a situação. Ele não respeitava a detetive, isso era fácil de entender.

— Fiquei conversando com as pessoas, bebendo e comendo, também. Você sabe, assim como todo o resto.

— Dá ‘pra parar de ser um babaca e responder as perguntas direito? — Os olhos de Foolish brilhavam com um fogo incomum. Ele estava puto.

— Ah, cale essa boca, Foolish. O que é que você ‘tá fazendo aqui, hein?

— CHEGA! Parem de brigar. Quantas vezes eu vou ter que gritar? — Tina cerrava os punhos, olhando com ódio para o cunhado e o primo.

— Foolish, se você for continuar assim, brigando com as pessoas, eu vou te pedir para sair. E você, Leonard; pare de fazer o trabalho da Bagi mais difícil!

Antes que a discussão pudesse aumentar, Bagi se levantou novamente, fechando seu caderno com força.

— Tá bom, já chega. Por favor, escutem Tina e parem de brigar. Entendo que vocês estão cansados, e entendo que é uma situação complicada, mas eu já estou acabando as perguntas. — Ela fecha os olhos, respirando fundo para não surtar. Bagi estava exausta.

— Alguns convidados mencionaram que você desapareceu por boa parte da festa. O que estava fazendo nesse tempo?

— Fumando no jardim.

— Por três horas?

— Encontrei alguns conhecidos, ficamos conversando. Já posso ir?

— Última coisa: Onde você estava quando seu irmão morreu?

— Você…não está suspeitando de mim, está? Espero que saiba que eu posso e vou tornar a sua vida um inferno caso esteja.

— Estou suspeitando de todos. Por favor, responda a pergunta.

— Você deveria tomar cuidado com suas palavras. Uma mulherzinha como você não tem todo o poder que pensa.

— Eu não tenho medo de você. Responda a pergunta.

Ele ri, revirando os olhos antes de se levantar.

— Bebendo, e conversando com algumas mulheres. Você sabe, as que sonham em me ter como um pretendente. Você é casada? Acho que não, deve ser por isso que está aqui. Encontre um homem logo.

Com essas palavras, ele vira as costas, saíndo da biblioteca.

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Quando Bagi entrou pela porta de casa, ela soltou um grito de alegria. Tirando os sapatos e seu casaco molhado, ela imediatamente se joga no sofá, pronta para dormir no mínimo 16 horas seguidas. Esse havia sido uma noite extremamente cansativo, seu cérebro nem funcionava mais. Tudo o que a detetive queria era fechar os olhos, pegar uma coberta e…

— ‘Tá dormindo, é? Já são 5:30, maninha; hora de acordar.

Levantando a cabeça com certa dificuldade, Bagi dá de cara com seu irmão gêmeo, Cellbit, parado na porta da cozinha.

— Vai se fuder, Cellbit.

— Nossa, alguém tá de mal humor, né? Grossa.

— Explode, por favor. Eu tive uma das piores noites da minha vida, juro. — O outro caminhou até uma das poltronas, segurando o pequeno caderno de Bagi. Ela havia o deixado cair? Estava tão cansada que nem conseguia pensar direito.

— Percebi… Só pelos garranchos que tu fez, já dá ‘pra ver que você tá cansada. O quê é isso? “Amerrdornlado”? Ah, não- “Amedrontado”!

A garota revirou os olhos, sentando-se um pouco no sofá verde.

— Ao contrário de certas pessoas, eu estava trabalhando! Você ‘tava sendo vagabundo que eu sei! Deve ter passado a noite inteira lá com o Roier. — Isso o fez corar um pouco, antes de revirar os olhos e jogar uma das almofadas da poltrona na cara da irmã.

— Na verdade, eu também ‘tava trabalhando, fui conversar com o Vegeta e com o pai do falecido, o sr. Walter Mortisse.

Ah pronto! Mais trabalho! Bagi já não aguentava mais isso, ela só queria dormir. Mas o sogro de Tina era uma peça importante neste quebra-cabeça.

— O que ele disse? Espera, porque ele ‘tava com o Vegeta?

— Ele é um empresário importante, claro que ele conhece o prefeito. Pelo o que eu entendi, ele foi falar com o Vegeta sobre a morte do filho, descobrir quem matou, sabe? — vendo a irmã quase morta de cansaço, largada no sofá que nem um gato molhado e patético, Cellbit não conseguia segurar a risada.

— Do que ‘cê ‘tá rindo, otário? — Falar ficava cada vez mais dificil, a detetive era lentamente consumida pelo sono.

— Do quão cansada você ‘tá. Pode dormir, depois a gente conversa sobre o caso, tá?

Antes mesmo dele terminar de falar, Bagi já havia pego no sono.

♡♡♡

Tina estava exausta. Ela suspirava, cansada, enquanto observava o nascer do sol. Todos já haviam ido embora, e ela finalmente poderia descansar. Ela estava com o cabelo solto e uma camisola lilás de seda, sentada em sua cama. Tudo o que ela queria era paz, mas ela sabia que não ia conseguir isso tão cedo, não com a investigação que começara.
Bagi era uma boa detetive. Esperta, atenciosa e obviamente dedicada a seu trabalho. Ela era muito bonita também…mas isso não importa tanto. Por um lado, ela tinha certeza que a brasileira conseguiria resolver o caso facilmente, mas por outro…não, não é hora de pensar sobre isso.

A luz do sol já iluminava quase todo o quarto da mulher. Com um suspiro, ela se levanta e fecha as cortinas, antes de se deitar na cama grande e confortável.

Era melhor que ela fosse descansar, ela lidaria com os problemas outra hora.

Notes:

Novamente, eu não faço IDEIA de quando o próximo capítulo vai sair, mas enfim-
Até a próxima<3

Notes:

Esse primeiro capítulo é um pouco curto, mas conforme a fic for sendo atualizada, eles vão aumentar!
Espero que tenham gostado, estou trabalhando nessa história há uns meses já...

Não tenho datas para atualizar, e provavelmente não vão ser updates muito frequentes, já me desculpo desde já.
<3

Feliz ano novo!!